23/08/2024
Uma reflexão sobre os props
É impossível se ter os mesmos resultados e sensações fazendo uma postura de Yoga à maneira clássica quando comparada com a mesma postura suportada e/ ou com auxilio de materiais. Tome Viparita Dandasana por exemplo, o efeito que se tem na estrutura musculo- articular- esquelética na região sacro lombar é muito intenso na forma clássica, enquanto que quando feita no banco da baleia ou cadeira, e comparando, pouco agem proporcionando esse efeito ali. Mas nós, quando pretendemos realizar com os props devemos visualizar e montar a postura considerando a forma geométrica, a sensação interna, os efeitos , o tempo de realização e a mentalidade desse empreendimento o mais possível condizente e parecidos com como quando estamos realizando a postura clássica. Para isso vc sabe o ângulo da pelve, a ação da dorsal, etc. Também considere que o prop deve ter um caráter objetivo e deve ser usado tendo em vista um alvo, por exemplo, se usa um bloco nas escápulas/ dorsal se vc quer ter um efeito estrutural e energético ali antes da prática de pranayama, o que vai te ajudar a se manter sentad@ com a caixa torácica aberta durante pranayama. Dessa maneira, é importante entender que na grande maioria dos casos mesmo a postura com os props deve ter um caráter ativo, em que é necessário estar enpreendendo um trabalho ali, por exemplo manter as pernas estendidas intensamente. A postura com props trabalha para melhorar o seu despertar, acesso e alcance numa dada região do corpo enquanto outras regiões podem estar menos ativas, assim poupando a sua energia para manter um asana difícil ou que ainda não se consegue de forma independente.
A escolha e uso dos props deve considerar uma pré disposição individual de ter intensidade e direção na perspectiva do desenvolvimento da consciência e colheita de benefícios para dada situação/ objetivo. A nossa postura e mentalidade como praticantes é também de igual ou maior importância. Devemos nos comprometer, refletir e se sensibilizar antes, enquanto e depois de fazer cada postura vislumbrando a conectividade entre um asana e o próximo, e todos eles numa sequência.