10/05/2025
Na cidade mais proibida do mundo eu fui aceita e ali, sem precisar ser de lá, eu me tornei parte. ✨- A entrada na cidade sagrada de Meca (Makkah) é exclusiva para muçulmanos. - É o lugar mais sagrado do Islã — onde nasceu o profeta Muhammad. -
Sem maquiagem, com roupas que me cobriam dos pés à cabeça, senti que há liberdade até nos véus, quando estes não são impostos mas acolhidos com respeito. Por 7 horas orei, me emocionei, aquietei, observei e agradeci.
Fomos ensinados a temer o que é diferente, como se a verdade de um fosse ameaça ao outro. Deus não cabe nos limites que impusemos à Ele. ✨Ele não é propriedade de uma fé, Ele é presença viva que se manifesta em corações abertos, na humildade e na busca sincera.
Meca não me afastou da minha fé, simplesmente a ampliou. E para quem continua achando “perigoso” se misturar com outras religiões, ✨afirmo que perigoso para mim, é viver presa a uma só janela, achando que ela mostra o céu inteiro.
Lembro da fala do meu amigo e guia israelita Jaime, quando há anos atrás, eu estava um tanto confusa, pois acabara de retornar da Índia, local onde vivenciei da fé profunda em Shiva e, naquele momento estava mais uma vez me preparando para o batismo no rio Jordão. Falei a ele que não sabia se eu merecia viver novamente esse ritual. Jaime me respondeu sabiamente: “Cris, Deus criou a fé, e o homem inventou a religião.” Nesse momento senti que estava no caminho certo.
Quando falei para Basayer – uma amiga que conheci lá – que eu estava em êxtase pela permissão recebida, ela me respondeu: “Uma honra rara porque o acesso é altamente regulado. O fato de “ser autorizada” signif**a que você foi vista como alguém que respeita, compreende e valoriza o que é sagrado para os outros – uma embaixadora de respeito entre culturas e crenças”.
Meca não foi um destino que escolhi, foi um chamado que atendi. Não precisei planejar, só aceitar, porque alguns lugares não pedem mapas, só rendição.