
22/08/2024
Um dia, conversando com uma amiga, chegamos a seguinte indagação: será que as cirurgias faciais sucumbirão à versatilidade das tecnologias ou injetáveis?
E a nossa conclusão foi, não!
Primeiramente, nem todas as cirurgias faciais são estéticas. Temos necessidade de cirurgias decorrentes de traumas na face, tumores ou correção funcional.
Dentro do campo da estética facial, nem todas as queixas são satisfatoriamente resolvidas com harmonização ou bioestimuladores de colágeno e a indicação passa a ser cirúrgica.
Estamos no boom dos injetáveis, como se costuma dizer, no pico da onda. Mas eu, como fisioterapeuta, busco analisar os desdobramentos dos procedimentos do momento e o comportamento das pessoas.
Não entendi, Gabriella!
Eu explico.
Pessoas que realizam procedimentos injetáveis e, mais tarde, passam por uma cirurgia facial precisarão ainda mais do acompanhamento da fisioterapia, pois há emprego maior de força para fazer o descolamento dos planos da pele. Consequentemente, maior será a resposta inflamatória - ou seja, de inchaço, hematoma, possibilidade de formação de fibrose e aderência.
Por isso, há algum tempo tenho investigado na consulta de avaliação a realização de procedimentos injetáveis prévios e/ou realização de altas tecnologias para tratamentos faciais.
Para você que é paciente, a minha orientação é: informe ao profissional que fará a sua cirurgia e também ao profissional que te acompanhará na recuperação pós-operatória sobre a realização, tempo e natureza desses procedimentos. Essa informação é valiosa para guiar nossas condutas.