31/01/2024
Com o alcance das redes sociais, e o próprio envelhecer de pessoas que se fizeram ídolos de toda uma população, inicialmente pelos rádios e jornais, passando pelas telas que cada vez se tornam menores, mais inteligentes e acessíveis, é comum no século atual, vivenciarmos esse “LUTO COLETIVO”.
Afinal, antes da internet a grande maioria da população não tinha como expressar a perda de um ídolo, quiçá saber de seu falecimento.
Essa conexão que a internet criou, essa “proximidade”, faz com que tenhamos uma afinidade com pessoas totalmente distantes, pessoas essas que mal sabem da existência desse “fã”, e que, mesmo assim, causaria tanta dor após sua partida.
Porém, é correto afirmar que seria um exagero, chorar por um ídolo que mal sabe que você existe? Seria exagero, comoções a níveis mundiais, como por exemplo, nossa eterna Lady Di?
Não! Acontece que, o luto coletivo, é também uma vazão. É por onde se extravasa inúmeras emoções abafadas. Muitas vezes é o espaço que se encontra para se expressar tristeza sem censura. Eu choro por ela; enquanto também choro pelas mortes dos meus; enquanto choro por me dar conta que o dinheiro não vai dar jeito em tudo; enquanto choro por duvidar das minhas crenças; enquanto choro por me revoltar com a morte; enquanto choro por me reconhecer finito.
É permitido e totalmente compreensível pegar emprestado esse luto para chorar suas dores. É permitido f**ar angustiado, com nó na garganta, aperto no peito. É permitido viver todo e qualquer luto sem censura (como deveria ser todos os dias).
Se você está se sentindo assim neste momento, f**a aqui meu abraço (mesmo que virtual)🤍
👨⚕️Dr. Gustavo Adolfo Matos
🧠Psiquiatra - Saúde Mental
🩺CRM 8960 RQE 7321