11/05/2025
Ser mãe é mais do que um papel social — é uma experiência emocional profunda que toca as camadas mais íntimas do ser. Do ponto de vista da psicologia, a maternidade envolve a formação de um vínculo afetivo que será a base do desenvolvimento emocional de um filho. Mas também é um processo de autoconhecimento, de revisitar feridas, padrões e memórias da própria infância.
Ser mãe é ser espelho — mesmo sem querer, mesmo sem saber. É oferecer segurança emocional nos gestos mais simples: no colo que acolhe, no olhar que transmite proteção, na escuta que valida sentimentos. A mãe é, muitas vezes, a primeira figura que ensina ao filho que o mundo pode ser um lugar seguro.
Mas também é importante lembrar que mães não são perfeitas — e nem precisam ser. A psicologia nos mostra que a “mãe suficientemente boa”, como disse Donald Winnicott, é aquela que erra, aprende, acerta, cai e levanta — porque é humana. E nessa humanidade, ela ensina o valor da empatia, da resiliência e do afeto verdadeiro.
A maternidade, muitas vezes romantizada, também pode trazer culpa, exaustão e solidão. E tudo isso é real. Amar um filho não anula a necessidade de ser cuidada, de ter espaço para si mesma, de manter viva a própria identidade além do papel de mãe.
Neste Dia das Mães, que possamos olhar para elas com mais profundidade: com gratidão, sim — mas também com compaixão. Porque por trás de cada mãe, existe uma mulher que sonha, sente, luta e se reinventa a cada dia. FELIZ DIA DAS MÃES!