Psicóloga Mariana Faturi

Psicóloga Mariana Faturi Pós-graduada em Psicologia Clínica e Saúde Mental
Pós-graduada em Problemas do Desenvolvimento

O domingo tem uma pressa estranha. Não a de quem corre, mas a de quem sente que o tempo escorre por entre os dedos. É um...
22/06/2025

O domingo tem uma pressa estranha. Não a de quem corre, mas a de quem sente que o tempo escorre por entre os dedos.

É um dia que começa lento, com cheiro de café e preguiça, mas já carrega a sombra da segunda-feira. A mente tenta aproveitar, mas o corpo já se inquieta.

Há uma urgência silenciosa em ser feliz no domingo, como se fosse preciso preencher o dia de sentido antes que ele acabe.

E nessa tentativa apressada de viver o ócio, o descanso vira tarefa.

O domingo então não é só dia de pausa, é também o ensaio da angústia do recomeço.

Talvez seja possível pegar essa angústia e dançar com ela, pois é disso que a vida é feita: de começos e fins. Fins de semana, começos de semana.

Ok, talvez você não seja. Afinal, você não é todo mundo. Mas que a ansiedade está em todos os cantos, ela está. Ou se se...
16/06/2025

Ok, talvez você não seja. Afinal, você não é todo mundo.
Mas que a ansiedade está em todos os cantos, ela está.
Ou se sente ela ou se fala dela.

Há sentimentos que nos distraem.
Outros que nos protegem.
Mas a angústia não.
Ela chega sem pedir licença,
e nos coloca diante do que somos.

Lacan dizia:
“A angústia é o único afeto que não engana.”

Ela aparece quando o desejo do Outro escurece,
quando não sabemos mais qual lugar ocupamos, nem o que esperam de nós.

Não é medo.
Não é tristeza.
É um nó.
É o real (aquilo que não colocamos em palavra) que se infiltra pelas bordas do simbólico.
É o corpo que fala quando as palavras falham.

A angústia nos despede do conforto e nos apresenta ao nosso desejo.
Crua, sem legenda, mas ela não aprisiona, é passagem.

Poder escutar sua angústia é escutar também o início de uma verdade.
Uma verdade que nos seja própria. Afinal, cada um tem a sua.

A angústia não é um erro do psiquismo.Ela é a borda, o contorno do sujeito diante de algo que não se deixa nomear.Para L...
11/06/2025

A angústia não é um erro do psiquismo.
Ela é a borda, o contorno do sujeito diante de algo que não se deixa nomear.

Para Lacan, a angústia não é um afeto qualquer.
Ela não se acomoda ao campo das representações.
Ela rompe o véu do simbólico, revelando o aquilo que escapa à linguagem.

Ela emerge quando o desejo do Outro se torna enigmático, quando o sujeito não sabe mais o que é para o Outro: objeto de amor? de gozo? de nada?

Nesse hiato entre o que se é e o que se espera ser,
a angústia se instala como sinal de verdade.
Ela não engana porque não se traveste de sentido. Ela apenas aponta para a falta,
para o furo estrutural que constitui o sujeito que fala.

Ao contrário do medo — que tem um objeto —
a angústia é puro deslocamento.
Ela não indica um perigo,
mas uma presença estranha: a do desejo do Outro, quando ele se volta para nós… e nos atravessa. E a célebre pergunta emerge: o que querem de mim?

Na clínica, não se busca eliminar a angústia,
mas escutá-la como bússola.
Pois onde ela pulsa, há algo do sujeito em jogo.
Algo que merece ser dito, mesmo que doa.

A gente faz terapia porque algo não vai bem, porque algo começou a transbordar e não tem mais mecanismo psíquico defensi...
12/08/2024

A gente faz terapia porque algo não vai bem, porque algo começou a transbordar e não tem mais mecanismo psíquico defensivo que dê conta disso.

Às vezes a gente se sente bem, diz que está tudo bem, segue dando conta até que não dá mais.

O motor de uma análise é a angústia, sem ela o processo não acontece.

Acho que a gente faz terapia/análise principalmente para se dar conta do óbvio e daquilo que passamos a vida toda driblando e não querendo olhar.

As vezes dói, mas dá para fazer da dor muitas coisas bonitas 🤍

Psicóloga Mariana Faturi

Feliz dia dos pais a todos os pais presentes e que fazem jus a sua função!Para ser pai, é preciso que alguém assuma essa...
11/08/2024

Feliz dia dos pais a todos os pais presentes e que fazem jus a sua função!

Para ser pai, é preciso que alguém assuma essa função, pois está para além do gênero. Está em um fazer que é tão importante quanto o fazer de uma mãe.

É aquele cujo papel é fazer uma interdição na relação dessa criança com sua cuidadora primordial. É aquele que mostra que o mundo não gira em torno do nosso umbigo e que precisamos aprender a dividir, aprender que o mundo é maior do que a nossa própria bolha.
É aquele que impõe leis, nos ajuda a entender que não podemos tudo e que, isso pode ser até bom.

Pai é aquele que pode nos dar coragem, nos mostrar que podemos nos separar de nossa mãe e ainda sim sobreviver e, mais que isso, viver uma vida digna de ser vivida, apesar das dificuldades e sofrimentos.

Um pai é fundamental. Que todos possam se fazer mais presentes!

E nessa data, sei que para muitos pode ser um dia difícil e de alguma dor, então envio meu mais sincero abraço e acolhimento!

E nunca esqueçam que pai é quem levanta o dedo e assume essa função, independente de ser biológico ou não, de ser homem ou não.

O clube de leituras vem com a proposta de incentivar e disseminar o gosto pela leitura e o compartilhar de ideias, perce...
20/07/2024

O clube de leituras vem com a proposta de incentivar e disseminar o gosto pela leitura e o compartilhar de ideias, percepções e teorias. Podendo, dessa forma, aproximar pessoas e ideias. Assim como poder discutir conceitos e percepções sobre a nossa sociedade como um todo, mas também de forma singular, podendo pensar sobre temas que nos habitam e que muitas vezes são tidos como tabus.

Quem pode participar?
Qualquer pessoa interessada em livros, psicanálise e nessa temática proposta.

Como serão os encontros?
Coordenados pela psicóloga Mariana Faturi, sócia-fundadora do Nosso Lugar Psicanalítico, os encontros serão atravessados pela teoria psicanalítica de forma prática e acessível.

Datas: 09, 16 e 23 de setembro
07, 14 e 21 de outubro
04, 11 e 18 de novembro
02 e 09 de dezembro

Investimento: R$ 285 reais ou R$ 85 reais por livro avulso

Inscrições: (47) 99221-4181 ou via DM

Convidamos a todos interessados em compartilhar saberes, teóricos ou não, sobre temáticas que nos habitam. Por que pensa...
07/07/2024

Convidamos a todos interessados em compartilhar saberes, teóricos ou não, sobre temáticas que nos habitam.

Por que pensar sozinhas se podemos pensar juntas?

Encontro aberto e gratuito no Nosso Lugar Psicanalítico

Para participar basta se inscrever através do (49) 99175-3433

Acreditamos na potência de um espaço como esse. Para poder reunir, pensar e repensarmos juntas questões que nos habitam ...
03/07/2024

Acreditamos na potência de um espaço como esse. Para poder reunir, pensar e repensarmos juntas questões que nos habitam e que concernem ao feminino.

Poder falar livremente, escutar e ser escutada sobre o que é ser mulher, ser filha, ser mãe. Sobre nossas ambivalências, medos, raiva, ciúmes, inveja, traição, o papel do homem e a desconstrução de papéis heteronormativos, questões de gênero, sexualidade… e tantas outras questões que não se esgotam na vida de cada uma!

Vamos?

29/06/2024
Reflexões que vê da vida, do amadurecimento, de muita análise, estudos e uma boa pitada do Clube de Leituras!Uma das par...
18/06/2024

Reflexões que vê da vida, do amadurecimento, de muita análise, estudos e uma boa pitada do Clube de Leituras!

Uma das participantes, no último encontro sobre o livro “A filha perdida” nos presenteou com uma fala se referindo a uma passagem do livro, que conta sobre o momento em que uma mãe precisou fugir por 3 anos para não morrer metaforicamente e, de certa forma, proteger as filhas de seu adoecimento mental.

A participante disse algo mais ou menos assim: “o que são 3 anos perto de uma vida inteira?”

Pois é minha gente, as vezes é preciso sumir (literal ou metaforicamente) por um tempo para depois poder voltar e curtir uma vida inteira…

Venham compartilhar com a gente!Será uma manhã de sábado de psicanálise, conversa boa e coffee break.Coordenação: Marian...
04/04/2024

Venham compartilhar com a gente!

Será uma manhã de sábado de psicanálise, conversa boa e coffee break.

Coordenação: Mariana Faturi
Inscrições gratuitas: (47) 99221-4181
📍Florianópolis - SC

Quem aí ainda joga com ou vê seus filhos jogarem jogos de tabuleiro?As crianças ainda pedem de presente?Você ainda lembr...
27/03/2024

Quem aí ainda joga com ou vê seus filhos jogarem jogos de tabuleiro?
As crianças ainda pedem de presente?
Você ainda lembra de comprar para elas?

Nas prateleiras os jogos de tabuleiro estão perdendo a vez.

Só que esse tipo de jogo é fundamental tanto para a diversão quanto para o desenvolvimento da criança e do adolescente. São jogos que exigem regras, cooperação e disputa, lidar com a frustração, poder comemorar a vitória, sofrer com a perda.

São eles quem tem mais chance “contra” o uso excessivo das telas.

Endereço

Rua Ricardo Pedro Goulart, 206
Florianópolis, SC
88035250

Horário de Funcionamento

Segunda-feira 08:00 - 20:00
Terça-feira 08:00 - 20:00
Quarta-feira 08:00 - 20:00
Quinta-feira 08:00 - 20:00
Sexta-feira 08:00 - 20:00

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