25/11/2022
Quando cheguei nessa instituição, em fevereiro deste ano, elas me acolheram e, por vezes, me orientaram e me deram os dados necessários pra construirmos a experiência e a relação professora/supervisora-alunas.
Algumas escolheram o estágio na clínica com a perspectiva da Gestalt-terapia, outras “caíram” ali (por mais que tivessem, de alguma forma, sinalizado isso como opção). No início, se depararam com uma professora/supervisora perdida e sobrecarregada, que tinha aceitado um dos maiores desafios da vida (dar aula de psicofisiologia; conseguem imaginar isso?). Ainda assim, foram gentis e tiveram paciência até que eu me reorganizasse para acompanhá-las.
As que chegaram no segundo semestre (ou permaneceram nele), tiveram o benefício de (re)conhecer uma supervisora muito mais organizada, disponível e um pouco mais experiente e entendida das regras do jogo (institucionais). Mas também se depararam com alguém com mais exigências, eu confesso.
Desde o início, cada uma acompanhou a consulente que precisava, ainda que não escolhesse. Achei esse um processo lindo e fiquei ainda mais encantada com a clínica: como a terapeuta cresce com a psicoterapia da consulente! O campo não falha!
No penúltimo encontro do semestre, trabalhamos as formas possíveis de acompanharem seus consulentes nos processos de despedidas destes. Trabalhamos os afetos envolvidos nas próprias despedidas delas, as terapeutas. Foi um dos momentos mais especiais pra mim. Agradeço vocês por me permitirem conhecer um pouco mais do que levam pra relação terapêutica com quem acompanham.
Me dei conta que eu também precisava de despedir delas, pelo menos nessa configuração relacional. Confesso que quando percebi, doeu, e talvez tenha imaginado que me despediria sem dor.
Por outro lado, feliz de ter acompanhado vocês até aqui. Feliz de terem lido Teoria do Self (ainda que no primeiro semestre à base do desespero) e vivenciado a(s) clínica(s) gestáltica(s). Feliz, de um jeito diferente, nas quintas-feiras do segundo semestre de 2022. Obrigada! ❤️