
23/07/2024
Todas as emoções existem para nos comunicar algo importante. 💡
O medo sinaliza perigo. Contudo, muitas vezes, ele não só sinaliza, mas também paralisa. “Freezing” é uma das três principais reações comportamentais do estresse (além da luta e da fuga).
E nem sempre paralisar é a melhor solução: a paralisia vai progressivamente se refletindo em inatividade e muitas vezes deixamos de enfrentar ou viver alguma coisa; também nos faz perder a clareza, nos enrijece e nos faz ter a sensação que não estamos no controle ou que não temos capacidade para algo.
É legítimo sentirmos medo! Mas que tal encarar o medo como um sinal de alerta e cuidado, e não necessariamente um sinal de pare, recue e fuja?
Em casos mais extremos, como nos transtornos de ansiedade, mudar essa perspectiva de como o medo é processado é crucial para o tratamento.
Se por um lado nós desenvolvemos memórias emocionais de medo e condicionamos as respostas de medo, nós também podemos trilhar o caminho inverso. Na psicologia comportamental, é isso que busca-se fazer através de técnicas que trabalham o mecanismo de “extinção” (reaprender/reprogramar/recondicionar a exposição a um determinado estímulo/situação quebrando a associação do medo com esta esta experiência).
Respiração e meditação são técnicas que podem funcionar como aliadas importantes nos processos psicoterapêuticos que buscam trabalhar medo e ansiedade: elas têm potencial de impactar nas respostas fisiológicas e subjetivas relacionadas ao medo e auxiliam no processo de extinção (por exemplo, quando o praticante vai aprendendo a não reagir a um determinado pensamento ou situação).