Fernanda Lima Pediatra

Fernanda Lima Pediatra Meu objetivo é ajudar da melhor forma possível, considerando os benefícios de curto, médio e longo prazo, da saúde de cada paciente.

O puerpério é um dos períodos mais vulneráveis da vida da mulher e nunca tivemos tantas telas por perto.
O celular apare...
22/09/2025

O puerpério é um dos períodos mais vulneráveis da vida da mulher e nunca tivemos tantas telas por perto.

O celular aparece como companhia, fonte de informação e até anestesia emocional. Mas junto vem o excesso: informação em avalanche, comparações constantes, ruído sem pausa.

O cérebro materno, em especial no início da maternidade, está programado para afinar com os sentidos do bebê: captar expressões, entender choros, responder de forma quase instintiva. Quando esse radar é constantemente sequestrado por notificações e rolagens intermináveis, a conexão natural perde espaço para a sobrecarga cognitiva.

Precisamos entender o impacto: sono mais fragmentado, atenção mais dispersa, vínculos mais frágeis. O tempo que escapa para o digital é o mesmo tempo que poderia consolidar a conexão entre você e seu bebê.

E você? Já parou para medir quanto tempo passa nas telas?
T**a o desafio: um dia inteiro sem celular quando estiver com seu bebê?

Vitamina D orgânica  (apresentação indisponível nas farmácias.)Modo de uso: consumir junto com pé na areia, brisa no ros...
20/09/2025

Vitamina D orgânica
(apresentação indisponível nas farmácias.)

Modo de uso: consumir junto com pé na areia, brisa no rosto e água com sal.

“Essa escola separa meninos e meninas.
Mas não do jeito que você tá pensando…”E ela provoca exatamente o que precisa pro...
18/09/2025

“Essa escola separa meninos e meninas.
Mas não do jeito que você tá pensando…”

E ela provoca exatamente o que precisa provocar:
Desconforto, reflexão, (con/dis)cordância.

Eu, por exemplo…
Sempre fui uma mulher com algumas “habilidades masculinas”.
Empreendo. Resolvo. Calibrei o pneu essa semana sozinha, enquanto o frentista nem levantou.
Mas, às vezes, me pego cansada de ser sempre forte.
De ter desaprendido a pedir ajuda.
De não ter tido muito espaço pra autocuidado e suavidade.

Me pergunto se meninas como eu, nessa escola…
Teriam sido ensinadas a também receber, descansar e confiar.

E me pergunto também o que aconteceria com os meninos.
Porque nós, mulheres, entramos em muitos espaços masculinos.
Mas eles… ainda têm medo de adentrar no que é feminino.

➡️Você colocaria seu filho (ou filha) numa escola assim?

Tô aqui pensando e quero te ouvir também.

A tecnologia pode salvar vidas, mas jamais deve substituir o que realmente importa: você!O Skincubator é uma revolução n...
15/09/2025

A tecnologia pode salvar vidas, mas jamais deve substituir o que realmente importa: você!

O Skincubator é uma revolução na neonatologia, uma incubadora que permite contato pele a pele mesmo durante cuidados intensivos. Mas aqui vai a real: por mais incrível que seja essa tecnologia, ela só funciona porque potencializa algo que já sabemos há décadas.

Os dados não mentem: → Bebês em contato pele a pele têm 36% menos risco de morte → Temperatura corporal se estabiliza 4x mais rápido →  Menores níveis de cortisol ( hormônio do estresse)  → Desenvolvimento neurológico acelera significativamente

O Skincubator não é só sobre equipamentos de última geração. É sobre fazer o básico de forma extraordinária: manter mãe e bebê juntos quando mais precisam.

A ciência continua provando que o toque humano, o calor materno e a presença física são insubstituíveis. A tecnologia deve amplificar isso, não competir.

A inovação real acontece quando unimos o melhor da ciência com o mais fundamental da humanidade.

Esse final de semana foi de reencontro com alguns colegas de residência para celebrar 10 anos de pediatria.Entre muitas ...
14/09/2025

Esse final de semana foi de reencontro com alguns colegas de residência para celebrar 10 anos de pediatria.
Entre muitas conversas e trocas,pessoais e profissionais, também teve a alegria de ver as crianças brincando juntas. Para mim, foi especial ouvir as experiências de parentalidade de amigos que vivem a pediatria dentro e fora do consultório.

Pequenos rituais no dia a dia como dar um beijo na hora de dormir, cantar juntos, preparar uma refeição especial em famí...
12/09/2025

Pequenos rituais no dia a dia como dar um beijo na hora de dormir, cantar juntos, preparar uma refeição especial em família ou ter um momento exclusivo de conversa antes de dormir criam previsibilidade, segurança e conexão.

John e Julie Gottman, que estudam relacionamentos há décadas, mostram que rituais compartilhados constroem um sentido de pertencimento e identidade familiar, aumentando a resiliência emocional das crianças.

Os rituais familiares estão associados a melhor bem-estar emocional, desenvolvimento social e até maior satisfação na vida adulta (Fiese et al., 2002).

Rituais não precisam ser elaborados: o importante é a constância e o significado que eles carregam.

❓Qual é o ritual que você já tem com seu filho e que faz parte da história da sua família?

Você já percebeu como os bebês humanos chegam ao mundo diferentes de qualquer outro mamífero?
São frágeis, dependentes d...
08/09/2025

Você já percebeu como os bebês humanos chegam ao mundo diferentes de qualquer outro mamífero?

São frágeis, dependentes de contato constante e com um cérebro ainda em construção. Ao nascer, o cérebro humano tem só 25% do tamanho que terá na vida adulta, um contraste enorme com outros animais. Zebras, por exemplo, precisam correr com a manada poucas horas depois de nascer. Para isso, já vêm ao mundo com um cérebro mais maduro, pronto para a sobrevivência em ambientes cheios de predadores.

Mas a natureza nunca deixa nada ao acaso. Se não é a maturidade neurológica que garante a sobrevivência dos bebês humanos, qual é a estratégia? É simples e revolucionária: nós, os cuidadores. O bebê humano depende totalmente de proximidade, braços, toque, leite e presença para seguir vivo. Seu comportamento é programado para manter os pais por perto, quase o tempo todo.
E aqui está o ponto: o que muitos consideram “mimar” um bebê, é necessidade biológica. É o alimento invisível que sustenta o desenvolvimento do cérebro e da saúde física e emocional.

Nos três primeiros anos de vida, o cérebro da criança cresce em ritmo impressionante. Nos primeiros mil dias, cerca de 1 milhão de conexões neurais são criadas a cada segundo. É essa arquitetura que define se teremos um cérebro capaz de regular emoções, lidar com frustrações e responder ao estresse de forma equilibrada.

A genética dá o esboço, mas é o ambiente que a criança vive e sente, que constrói as conexões. Cada repetição de afeto, cada resposta sensível às necessidades do bebê, fortalece as rotas que vão sustentar sua vida.
Por isso, segure, embale, amamente, olhe nos olhos, esteja junto. É assim que se constrói um cérebro e infância saudável.

A indústria da maternidade movimenta bilhões todos os anos explorando uma única fragilidade: a insegurança materna. Pesq...
06/09/2025

A indústria da maternidade movimenta bilhões todos os anos explorando uma única fragilidade: a insegurança materna. Pesquisas mostram que mães expostas a mensagens fragmentadas e alarmistas têm até 2,5 vezes mais risco de desenvolver ansiedade no puerpério (AAP, 2021). Não é à toa que cursos, pacotes e serviços prometendo ‘consertar’ cada fase do bebê encontram terreno tão fértil.

Mas o que fortalece de verdade não é a promessa de atalhos. A ciência mostra que quando a informação é estruturada e o apoio começa ainda na maternidade, a taxa de desmame precoce cai em até 25% (WHO, 2018). Informação e acolhimento transformam.

O ciclo de lucro se sustenta da sua dúvida. Mas a sua confiança é o que sustenta o vínculo, as escolhas conscientes e o protagonismo no início da maternidade.

Não se trata de rejeitar recursos, mas de entender: o instinto não é erro. Ele é ciência em prática. E quanto mais você conhece o seu bebê, menos espaço sobra para que o mercado dite quem você deve ser como mãe.

Essa manchete não é só sobre uma mulher.
É sobre o que acontece quando informação e cuidado se encontram.Através da rela...
30/08/2025

Essa manchete não é só sobre uma mulher.
É sobre o que acontece quando informação e cuidado se encontram.

Através da relactação, uma técnica ainda pouco falada, mas reconhecida pelo Ministério da Saúde e pela OMS. Uma sonda leva o leite até a boca do bebê, enquanto ele suga o peito da mãe. Uma forma de manter o contato, vínculo e em outros casos um pouco de leite humano.

Como pediatra, eu vejo diariamente o impacto da informação certa, na hora certa. Essa história é sobre ressignificar, acessar caminhos menos óbvios e lembrar que há alternativas possíveis mesmo quando tudo parece perdido.

👉🏻Conhecia a técnica da relactação?
Compartilha com alguém que precisa saber que isso existe.

E essa história é ainda mais especial, pois contou com a ajuda da Sandra, que foi minha colega de pós de aleitamento materno e uma referência para mim. ♥️

Entre os mamíferos, a composição do leite não é aleatória. Ela segue uma lógica precisa, adaptada ao ritmo de vida e ao ...
26/08/2025

Entre os mamíferos, a composição do leite não é aleatória. Ela segue uma lógica precisa, adaptada ao ritmo de vida e ao comportamento de cada espécie.

Nos humanos, essa lógica foi moldada para um bebê que vive colado na mãe, no colo, no cheiro, no calor. O leite é pensado para ser oferecido muitas vezes ao dia, junto de contato físico e resposta imediata.

Mas nosso estilo de vida moderno nos separa e controla nosso tempo juntos criando um descompasso entre o que o corpo planejou e o que a rotina impõe. É como esperar que uma equação se mantenha igual quando mudamos as variáveis.

Quanto mais próximos mãe e bebê estão, mais essa matemática funciona: o corpo produz, o bebê mama, o vínculo se fortalece. Quando a distância aumenta, o sistema precisa se adaptar e nem sempre a adaptação favorece a amamentação.

A natureza já desenhou a fórmula. O desafio é vivê-la no mundo que construímos.

Você sente que a sua rotina atrapalha a matemática do leite?

Nunca tivemos tanto acesso a orientações sobre criação: grupos, aplicativos, consultorias, cursos. Mas o excesso de ajud...
19/08/2025

Nunca tivemos tanto acesso a orientações sobre criação: grupos, aplicativos, consultorias, cursos. Mas o excesso de ajuda pode ter um efeito colateral silencioso: pais que terceirizam decisões simples e se afastam da observação real dos filhos.

📊 O que mostram as evidências
- Pesquisas da American Academy of Pediatrics apontam que a confiança parental está diretamente ligada ao tempo de observação ativa do filho e que depender de terceiros para validar cada ação reduz essa autoconfiança.

-Segundo a psicologia do desenvolvimento, a “sensibilidade responsiva” é a capacidade de perceber e responder aos sinais do bebê, que é fortalecida pela experiência direta, não por instruções constantes de fora.
Quando cada banho, ma**da ou hora de sono depende de um “posso?” ou “devo?”, o instinto vai sendo silenciado. E, sem instinto, o vínculo perde força.

O papel de quem orienta não é decidir pelo pai ou pela mãe, mas ajudar para que eles próprios desenvolvam a segurança de decidir.

Endereço

Rua Sidney Nocetti 62, Sala 401
Florianópolis, SC
88025-320

Horário de Funcionamento

Segunda-feira 08:00 - 19:00
Terça-feira 08:00 - 19:00
Quarta-feira 08:00 - 19:00
Quinta-feira 08:00 - 19:00
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Dra. Fernanda Lima.

Durante a faculdade de medicina, me apaixonei pela pediatria e, mais especificamente, pela puericultura. Apesar da carga horária do curso, fiz muitas horas extras no ambulatório, pois simplesmente ficava encantada e amava estar perto de tudo aquilo.

Nesta época, ganhei o apelido carinhoso de Felícia (Personagem do desenho animado Tiny Toons, conhecida pela frase: Eu vou te abraçar, te beijar e te apertar até seus olhos pularem para fora e eu destruir todos seus ossinhos), pois minha vontade era de realmente cuidar, dar carinho e ajudar os bebês e crianças que passavam por mim com dedicação plena o tempo todo.

Com todas as experiências que vivi, entendi que para verdadeiramente cuidar destas pequenas pessoinhas, é necessário também conhecer e atender a família, para conhecer o ambiente e situações que os rodeiam.