27/12/2022
A dependência emocional caracteriza-se pelo apego excessivo a outra pessoa. Esta pode ser um cônjuge, um parente ou um amigo. Todavia, é mais comum ver esse tipo de dinâmica em relacionamentos amorosos, onde são investidas mais emoções e sentimentos.
Essa dependência é mais presente quando há uma dinâmica doentia, envolta em possessividade e ciúmes, entre duas pessoas. O dependente quer ser o centro do mundo do outro, sufocando-o com suas demandas e necessidades. As partes envolvidas deixam de querer ficar juntas por prazer e sentem-se obrigadas a permanecerem no relacionamento.
O dependente exige que a outra pessoa dedique todo o seu tempo livre somente para ele. Recorre a manipulações e chantagens emocionais para fazer com que o outro desmarque compromissos, deixe de socializar com suas amizades e evite passar muito tempo junto a família.
As experiências vividas com outras pessoas são consideradas menos importantes. O indivíduo dependente as critica abertamente na tentativa de desvalorizá-las.
Em outras palavras, o indivíduo dependente emocionalmente tenta isolar o cônjuge para que possa tê-lo só para si. É igualmente comum ele buscar reafirmações do laço afetivo, questionando o outro sobre os sentimentos nutridos por ele e se algum dia será capaz de deixá-lo.
Nem sempre o dependente está totalmente consciente desse comportamento. A necessidade de ter a atenção integral do parceiro pode ser motivada por insegurança extrema ou medo irracional de perder a pessoa amada.
A pessoa dependente costuma ter baixa autoestima e pouco apreço por si mesma. Ela corre atrás de outros indivíduos para preencher o vazio emocional dentro dela. O outro assume a responsabilidade de completá-la e, quando isso não acontece, ela faz uso da persuasão para convencê-lo a ficar ao seu lado.
O acompanhamento psicológico é quase sempre um requisito para elevar a autoestima da pessoa dependente emocionalmente, além de ajudá-la a desapegar de traumas e lembranças prejudiciais para a sua saúde mental.