Aline Veiga - Psicóloga Clínica & Psicanalista

Aline Veiga - Psicóloga Clínica & Psicanalista Psicóloga clínica & Psicanalista
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O indomável em Ney, o indomável em nós:o enigma que nos captura. E sobre a interpretação de Jesuíta Barbosa: eu ainda nã...
29/06/2025

O indomável em Ney, o indomável em nós:
o enigma que nos captura.

E sobre a interpretação de Jesuíta Barbosa: eu ainda não tenho palavras. É visceral. É assombro.🖤

Sustentar o tempo do inconsciente, sem pressa, sem conselhos, sem atalhos. Acompanhar o analisante até que ele encontre ...
27/06/2025

Sustentar o tempo do inconsciente, sem pressa, sem conselhos, sem atalhos. Acompanhar o analisante até que ele encontre outra posição diante do que o faz repetir.

Escutar, não pra curar, não pra apagar o sofrimento, mas pra tocar o ponto cego, ali onde o sujeito goza, ainda que sem saber.

É disso que se trata: uma mudança na forma como ele se enlaça ao que retorna sempre igual.

Li essa frase há pouco e dei uma paralisada. Ruído e silêncio por aqui. Kafka registra aí, com precisão, a justaposição ...
22/06/2025

Li essa frase há pouco e dei uma paralisada. Ruído e silêncio por aqui. Kafka registra aí, com precisão, a justaposição brutal entre o horror histórico e o cotidiano que insiste. De um lado, o início da Primeira Guerra Mundial; do outro, um gesto simples, íntimo, ordinário: ele vai nadar.

Paralisei um tanto porque a frase me parece uma das expressões mais exatas do absurdo — um mundo onde o trágico e o banal coexistem, lado a lado. E isso, talvez, seja uma das coisas que mais nos angustiam.

Talvez Kafka soubesse que, diante do irrepresentável, do excesso, do real, como diria Lacan, o sujeito precisa encontrar uma forma de seguir. Um pequeno gesto de vida.

O tempo da catástrofe e o tempo do íntimo não coincidem. E isso também é o humano.

Não é preciso um Outro absoluto, mas alguém que, por um instante, segura tua mão, te empresta uma panela, ouve tua dor o...
19/06/2025

Não é preciso um Outro absoluto, mas alguém que, por um instante, segura tua mão, te empresta uma panela, ouve tua dor ou acompanha o teu silêncio. De tudo, o que mais me ficou.

*Nomadland, vencedor de 3 Oscars, tá disponível no Disney+.

Às vezes, o amor fura o espelho e mostra que há vida além de nós. Um mundo fora do reflexo. Um outro que não nos complet...
12/06/2025

Às vezes, o amor fura o espelho e mostra que há vida além de nós. Um mundo fora do reflexo. Um outro que não nos completa, mas nos desloca.

Aos deslocados, feliz dia.♥️

Em meio às andanças destes dias de férias, avistei essas cadeiras: “It’s not a crime to take a rest”, dizem elas. Mas, s...
01/06/2025

Em meio às andanças destes dias de férias, avistei essas cadeiras: “It’s not a crime to take a rest”, dizem elas. Mas, sabemos bem, na lógica atual parece ser.

Vivemos sob o imperativo de produzir, e até o desejo é convocado a performar. Descansar? Só se for “para voltar melhor”, “para render mais”. Mas o sujeito do inconsciente — este que a psicanálise nos ensina a escutar — não obedece a essa contabilidade. Há um tempo da pausa que não serve a nada. Um tempo em que não se produz, não se melhora por obrigação ou como meta e compromisso.

É claro: nem todos podem se “dar ao luxo” de parar. E não por acaso dizemos assim — luxo — como se a pausa fosse privilégio, e não um direito ou uma necessidade do humano. Justamente por isso, quando possível — do modo que for, no tempo que se conseguir — sustentar uma pausa se torna um gesto político. Um ato de resistência frente a um mundo que nos quer incansáveis.

O tempo da pausa é precioso, porque ali, no vazio do descanso ou do descompromisso, não há exigências. Nada precisa emergir — e justamente por isso, o que surgir, se surgir, será do tempo do desejo, não do imperativo de produção. Sem pressa. Sem função. Apenas ser.

Vocês contaram, perguntaram, desabafaram… Em diferentes momentos e por motivos diversos. E eu trouxe um pedacinho dessas...
16/05/2025

Vocês contaram, perguntaram, desabafaram… Em diferentes momentos e por motivos diversos. E eu trouxe um pedacinho dessas trocas pra cá. Alguém soprou a ideia, e eu gostei.🖤

*da série Conta Pergunta Desabafa

O melhor de tudo são os pássaros que voam dentro das nossas conversas infinitas. (E também nossas caipirinhas.)Dia das M...
11/05/2025

O melhor de tudo são os pássaros que voam dentro das nossas conversas infinitas. (E também nossas caipirinhas.)
Dia das Mães✨

[os pássaros dentro das conversas - zack magiezi]

Freud me deu um chão estranho. Aprendi a andar sem mapa, guiada por perguntas. E me marcou de um modo que não cicatriza ...
06/05/2025

Freud me deu um chão estranho. Aprendi a andar sem mapa, guiada por perguntas. E me marcou de um modo que não cicatriza - por isso mesmo, me mantém viva.
Freud,169🎂

Um livro cheinho de camadas. Eu me atrevo aqui a tocar, com cuidado, uma delas.O que é viver sem ter lugar no desejo do ...
05/05/2025

Um livro cheinho de camadas. Eu me atrevo aqui a tocar, com cuidado, uma delas.

O que é viver sem ter lugar no desejo do Outro? O que resta quando a linguagem não nos atravessa?

Macabéa é uma jovem sem nome no mundo. Não passou pelo espelho do Outro que inscreve, nomeia, deseja. Vive no automático, no sem-sentido, como alguém que habita o real sem ter entrado no simbólico. Não sabe desejar porque talvez nunca tenha sido desejada.

O narrador, Rodrigo S.M., também se debate: quer dar existência a quem talvez nem saiba que existe. E aí Clarice nos lembra o quão delicado é falar do outro - e de si mesmo - quando não se tem linguagem suficiente.

O fim de Macabéa, justo quando escuta que terá “uma estrela”, me pareceu um trágico despertar tardio do desejo. Um destino que aponta pra falta como condição humana, e pra urgência de escutar até quem não sabe que tem algo a dizer. É uma possibilidade de traçar um contorno possível pra falta que nos habita - e, quem sabe, fazer dela matéria de existência.

Clarice🖤

Fragmentos de Abril.Não por ordem, nem sentido.Por sentimento.🖤
03/05/2025

Fragmentos de Abril.
Não por ordem, nem sentido.
Por sentimento.🖤

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