
12/05/2024
Sobre um maternar cheio de romances.
Teve um momento da vida que me vi em uma encruzilhada.
Seguir uma carreira profissional de muito sucesso e amplitude.
Ou formar uma família, e contribuir com a caminhada de outro ser nessa terra.
Me lembro nitidamente essa escolha, e os porquês dela. Foi a muitos, muitos anos atrás. E contribuiu para os passos e escolhas que fiz depois dela.
Hoje, trilho uma carreira profissional modesta, porém com muito zelo.
E divido meu tempo com as funções domésticas que desempenho para o cuidado com a minha familia.
Lavo, passo e cozinho. Planto flores, frutas e cuido de uma horta.
Faço bolo para o café, e brinco na grama com meu bebê.
Passeamos quando possível, e transformamos muitas refeições em picnic.
Além de todas as funções pertinentes ao viver
Há um ano, me tornei mãe de um menino que sorri para as pessoas na rua. Que me chama na madrugada e me abraça para dormir.
Um menino que manda beijo para o pai dele quando sai para trabalhar.
Há um ano eu vivo os momentos mais bonitos da minha vida.
Tem sobrecarga. A lombar dói diariamente e a fadiga já se aprochega para tomar café da manhã.
É puxado. Mas não pesado.
É romântico porque eu materno dentro das minhas capacidades.
Me autorizei a aprender. Exercito a flexibilidade todos os dias. Sinto o tempo, e não luto com ele.
É romântico porque esse menino me ensina, dia após dia a sorrir. A respirar. A amar
É romântico porque dentre as escolhas da vida. Eu escolhi essa.
E isso permite que os desafios, se tornem apenas mais possibilidades na minha evolução enquanto ser, que ganhou de presente nessa vida à possibilidade de ser mãe.
Que honra é maternar.
Feliz vida, à todas às mamães