
31/08/2020
O primeiro conto do livro Mulheres que Correm com Os Lobos se chama La Loba. O conto diz respeito a a uma senhora que passa a vida recolhendo ossos de animais e leva para a sua caverna e os m***a até que eles estejam no formato original. Quando ela decide, ela ergue os braços e começa a cantar para eles. Quanto mais e mais forte ela canta, mais os ossos vão ganhando carne, pelos e por fim, a vida. A Autora explica sobre ele:
“La Loba é um conto de ressurreição acerca do vínculo do mundo subterrâneo com a Mulher Selvagem. Ele promete que, se cantarmos a canção, poderemos conclamar os restos psíquicos do espírito da Mulher Selvagem e trazê-la de volta à forma vital com nosso canto. Na história, La Loba canta sobre os ossos que reuniu. Cantar significa usar a voz da alma. Significa sussurrar a verdade do poder e da necessidade de cada um, soprar alma sobre aquilo que está doente ou precisando de restauração. Os ossos de lobo nessa história representam o aspecto indestrutível do Self selvagem, a natureza instintiva, a criatura dedicada à liberdade e ao que permanece incólume, que jamais aceitará os rigores e as exigências de uma civilização morta ou excessivamente civilizadora.”
E deixa algumas reflexões:
“O que aconteceu com a voz da minha alma? Quais são os ossos enterrados na minha vida? Em que condições está meu relacionamento com o Self instintivo? Quando foi a última vez que corri livremente? Como posso fazer com que a vida volte a ter vida? Para onde foi La Loba?”