Psicóloga Luciane Carbonara

Psicóloga Luciane Carbonara Psicóloga clínica e hospitalar. Escritora. Desenvolve materiais lúdicos. Atende crianças, adolescentes e adultos.
(7)

Ansiedade nossa de cada diaMãos suando, coração palpitando, tensão no corpo, pensamentos acelerados, um nó na gargante e...
06/06/2020

Ansiedade nossa de cada dia

Mãos suando, coração palpitando, tensão no corpo, pensamentos acelerados, um nó na gargante e no estômago, dificuldade de sair do lugar. Eis alguns dos sintomas da velha conhecida para muitos, a ansiedade. Essa ansiedade, a negativa, dói sim. Faz seu corpo sofrer, sua mente também. Os pensamentos negativistas e distorcidos estão presentes, emoções consideradas negativas também comportamentos, distorcidos e não saudáveis, como resultado. Tudo o que pensamos é sentido em emoções, e passa para nosso corpo e nossos comportamentos.
A ansiedade é uma emoção tal como muitas outras. Em essência, é um estado de alerta, e sua função é nos mantermos atentos para a preservação da vida, defendo-a. Ela torna-se desconfortável, negativa e prejudicial, quando está em excesso. Quando os pensamentos são distorcidos, catastróficos, embasados em medo, cobrança, pressupostos negativos acerca do futuro, sem uma verdadeira comprovação de sua validade. Ansiedade significa não estar no aqui-e-agora.
Mesmo sendo desconfortável, o que ela está querendo dizer? O que a faz despertar? Quais gatilhos?
E então, para lidar melhor com essa velha conhecida, é preciso aceitá-la como parte de nós, conhecê-la, desacelerar, rever os pensamentos, escolhas, conhecer-se melhor, olhar para o que é angustiante, conhecer suas raízes e ressignificá-las. Pede novos mecanismos criativos. Criar centralidade, conhecer e controlar os pensamentos, refletir sobre posturas viciadas, habituais, que até então eram um porto seguro, embora não mais satisfatórias e eficazes. Experienciar novas formas de viver e colocar-se no mundo, flexibilizar, criar um novo espaço interno, mais amplo.

Quando a ansiedade negativa surgir:

- Compreenda que ela é uma reação do organismo quando sente-se ameaçado,
- Pratique respirações lentas, focalize-se na inspiração e expiração, sentindo o movimento do corpo e do ar entrando e saindo (ótima prática diária): oxigena o cérebro possibilitando pensamentos funcionais.
- Escute uma playlist calma,
- Procure identificar o que desencadeia a ansiedade: um pensamento? Uma situação?
- Procure nominar suas emoções, reconhecendo-as, sem julgamentos,
- Questione-se se há algo que pode fazer para amenizar a situação, o quanto é ruim, qual a pior coisa que pode acontecer, qual a possibilidade real do pior acontecer,
- Escreva sobre o que pensa e sente.

Além, há a estratégia chamada "ACALME-SE", criada por Bernard Rangé, psicólogo da PUC/RJ, composta por oito passos simples, que podem ajudar a lidar melhor com a ansiedade:

Estratégia A. C. A. L. M. E. - S. E:

A - ACEITE a sua ansiedade. Concorde em receber as suas sensações de ansiedade. Substitua seu medo, raiva e rejeição por aceitação. Não lute contra as sensações.
C - CONTEMPLE as coisas à sua volta. Deixe acontecer com seu corpo o que ele quiser, sem julgamento: nem bom, nem mau. Olhe à sua volta, observando cada detalhe da situação em que você está. Descreva-os minuciosamente para você, como um meio de afastar-se de sua observação interna.
A - AJA com sua ansiedade. Aja como se você não estivesse ansioso. Diminua o ritmo, a velocidade com que você faz as coisas, mas mantenha-se ativo. Continue agindo bem devagar.
L - LIBERE o ar de seus pulmões, bem devagar! Respire devagar, inspirando o ar pelo nariz e expirando longa e suavemente pela boca. Conte até três, devagarinho, na inspiração, e até seis na expiração. Faça o ar ir para seu abdome, estufando-o ao inspirar e deixando-o contrair-se ao expirar.
M - MANTENHA os passos anteriores. Repita cada um, passo a passo. Continue a aceitar sua ansiedade, contemplar, agir com ela e respirar calma e suavemente.
E - EXAMINE seus pensamentos. Talvez você esteja antecipando coisas catastróficas. Você sabe que elas não acontecem.
S - SORRIA, você conseguiu! Você merece todo o seu crédito e todo o seu reconhecimento. Você conseguiu sozinho e com seus próprios recursos, tranquilizar-se e superar estes momentos.
E - ESPERE o futuro com aceitação. Livre-se do pensamento mágico de que você terá se livrado para sempre de sua ansiedade. Ela é necessária para você viver. Em vez de considerar-se livre dela, surpreenda-se pelo jeito como você aprendeu a manejá-la. Agora ficou muito mais fácil controlá-la!
❤️
Luciane Carbonara Griffante
Psicóloga CRP 12/2773
Whats (48)996964188



Nenhuma descrição de foto disponível.

O medo, uma emoção muito negada e vista como negativa por muitos, não é sinal de fraqueza ou covardia. Muito pelo contrá...
06/06/2020

O medo, uma emoção muito negada e vista como negativa por muitos, não é sinal de fraqueza ou covardia. Muito pelo contrário: é uma emoção e reação natural e involuntária. É um mecanismo de alerta e proteção que nos mantém vivos. No entanto, quando esse medo evolui e passa a comprometer o dia-a-dia e as suas relações, há o risco dele ter se tornado uma fobia.
O medo pode ser incômodo e paralisante, bem sabemos. No entanto, eliminá-lo por completo é como deixar a porta e janelas da nossa casa abertas, como andar descalço em um chão pontiagudo e acidentado. É como tirar a proteção que temos. Ou seja, um risco sem sentido que afetaria de forma direta o nosso equilíbrio e a nossa sobrevivência.
Convivemos com essa emoção o longo de vários momentos de nossas vidas e muitas situações podem desencadeá-la: desde ver uma barata, o simples ato de atravessar a rua e olhar para ambos os lados é um sinal de que o mecanismo de preservação da vida (medo) está presente, um revólver na cabeça, pensamentos catastróficos e, atualmente, a pandemia que assola o mundo - COVID-19. Nesses momentos, o cérebro é ativado involuntariamente ao perceber estímulos estressantes, liberando substâncias que disparam o coração, tornam a respiração ofegante e contraem os músculos (ansiedade, angústia, medo). Essa é a conhecida reação de luta ou fuga, afinal, o medo está associado ao instinto de sobrevivência.
Se as pessoas não sentissem medo, não viveriam por muito tempo. Isso porque sem essa emoção faríamos qualquer coisa sem pensar duas vezes: andaríamos entre os carros em alta velocidade nas avenidas, ficaríamos lado a lado de animais ferozes, pularíamos de prédios, colocaríamos nossa saúde em risco frente a doenças, etc. O medo, portanto, é uma “trava” que nos ajuda a pensar nos riscos e consequências antes de fazermos algo, e também é uma resposta imediata nos momentos em que nos sentimos amedrontados e precisamos agir.
Diferente do que podemos imaginar, pessoas corajosas e ousadas não apagam esse sentimento das suas mentes: continuam, com o medo junto, pois sabem que ele existe, que faz parte.
O medo sempre está presente. Só é preciso saber administrá-lo. Por ser uma reação normal e necessária, continuará existindo e evitando que você se exponha a grandes riscos, no entanto, em alguns momentos é possível trabalhá-lo para que ele não te impeça de viver e se relacionar com as pessoas.
Se você tem medo de altura, falar em público, andar de avião, medo em excesso de ser acometido por doenças, mesmo com medidas protetivas, que tal começar agora mesmo a superá-los para que não se tornem impeditivos em sua vida e possa colocar em ação soluções práticas para a vida?

Algumas ações são importante para lidar melhor com o medo:
1. Aceite os seus medos;
2. Escreva sobre os seus medos;
3. Cultive pensamentos positivos;
4. Ressalte as suas vitórias;
5. Crie uma rede de contatos, mesmos à distância. Converse sobre os seus medos com amigos e familiares;
6. Foque na sua respiração;
7. Procure auxílio profissional psicológico, especializado.

Percebeu a ocorrência de medos em demasia, não hesite em contatar.
💻📱Atendimento Presencial e On-Line - (48) 996964188

Luciane Carbonara Griffante
Psicóloga - CRP 12/2773

Assim como o processo de escrever (principalmente lápis, caneta, papel), outras atividades manuais também propiciam clar...
16/11/2019

Assim como o processo de escrever (principalmente lápis, caneta, papel), outras atividades manuais também propiciam clareza e consciência. Representam uma maneira de acalmar o estresse, aumentam a plasticidade neuronal, a destreza, a concentração, capacidade de relaxar a mente, obter decisões mais eficazes e maior bem-estar.

'A conexão mão-cérebro representa aquela aliança essencial que permite nosso desenvolvimento neurológico."

Tocar, modelar, tricotar, jardinar, pintar ... Todas essas atividades manuais são boas para o cérebro porque estimulam a produção de endorfinas e reduzem o estresse e a ansiedade.

16/11/2019
16/11/2019

É importante bater na tecla que a educação emocional precisa ser trabalhada desde o útero, quando seu filho ainda está se desenvolvendo antes de nascer

Cuidar de Si, cuidar do Ser. Esse Ser que habita em mim, em você, em nós.Esse Ser que tem seus altos e baixos, em meio a...
16/11/2019

Cuidar de Si, cuidar do Ser.
Esse Ser que habita em mim, em você, em nós.
Esse Ser que tem seus altos e baixos, em meio a uma vida cheia de nuances, que é impermanente.
A psicoterapia nos auxilia a lidar com essa impermanência de forma mais saudável. Aumenta a resiliência, amplia a consciência, melhora as relações, promove um desenvolvimento mais adequado e satisfatório.
Bem-vindos! ❤️

16/11/2019
"Vamos conversar""A depressão é a principal causa de problemas de saúde e incapacidade em todo o mundo. De acordo com as...
21/10/2017

"Vamos conversar"
"A depressão é a principal causa de problemas de saúde e incapacidade em todo o mundo. De acordo com as últimas estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 300 milhões de pessoas vivem com depressão, um aumento de mais de 18% entre 2005 e 2015. A falta de apoio às pessoas com transtornos mentais, juntamente com o medo do estigma, impedem muitas pessoas de acessarem o tratamento de que necessitam para viver vidas saudáveis e produtivas."

http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5385:com-depressao-no-topo-da-lista-de-causas-de-problemas-de-saude-oms-lanca-a-campanha-vamos-conversar&Itemid=839

30 de março de 2017 – A depressão é a principal causa de problemas de saúde e incapacidade em todo o mundo. De acordo com as últimas estimativas da

Para refletir... Somos um todo...
21/10/2017

Para refletir... Somos um todo...

31/01/2017
Por onde anda nossa resiliência?Resiliência é a habilidade de se adaptar e superar, com sucesso, desafios e situações es...
18/01/2017

Por onde anda nossa resiliência?

Resiliência é a habilidade de se adaptar e superar, com sucesso, desafios e situações estressantes. É a superação das adversidades de forma saudável, positiva e construtiva.

O termo é oriundo da física e trata-se da capacidade dos materiais de resistirem aos choques e pressões sem alterar suas qualidades. É a cpacidade do material sofrer choques e conseguir, mesmo assim, retornar ao estado original, sem que haja danos.

Nos anos recentes o termo foi incorporado pelas ciências humanas e é considerado como uma combinação de fatores que propiciam ao ser humano condições para enfrentar e superar problemas e adversidades. Ou seja, é a capacidade do indivíduo de lidar mais adequadamente com problemas, enfrentar crises, traumas, perdas, graves adversidades, transformações, rupturas, desafios, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas - choque, estresse etc. - sem entrar em surto psicológico, elaborando as situações e recuperando-se diante delas.

Uma pessoa resiliente, além de suportar mais adequadamente a pressão, aprende com as dificuldades e os desafios, usando sua flexibilidade para se adaptar, e sua criatividade para encontrar soluções alternativas.Pois que, muitas mudanças costumam ocorrer na vida pessoal, novos desafios estão sempre surgindo, sendo assim, é importante aprender a lidar adequadamente com os desafios.
A resiliência está na superação das dificuldades, a pessoa resiliente "dá a volta por cima" diante dos percalços. Mesmo diante de situações estressoras consegue ser produtiva, aprende e se desenvolve.

Dificilmente alguém pode ser resiliente sozinho: a interação com outras pessoas é fundamental para superar situações difíceis. O ambiente, a comunidade onde crianças e adultos vivem, podem ajudar a elaborar traumas e compor pessoas resilientes, pela energia vinda dessa interação e conexão.

A resiliência, para alguns, é uma característica de nascença. Algumas pessoas já nascem mais resilientes, assim como outras nascem mais agressivas ou mais passivas. Elas já têm uma capacidade de se reestruturar e se transformar dependendo do desafio.

No entanto, essa capacidade pode ser aprendida e adquirida em qualquer fase da vida. Além disso, resiliência não é uma característica que você possui ou não: há graus variados de como uma pessoa consegue lidar com as diferentes situações e com o estresse.

A resiliência é o resultado de fatores internos (sua subjetividade e estruturação psíquica) e externos (circunstâncias sociais, econômicas, profissionais...), e o produto disto é a criação de um sentido para a própria vida por meio do estabelecimento de um rumo, uma direção que perpasse os objetivos e projetos na vida de uma pessoa. Desta forma, é possível tanto aprender a ser resiliente como aumentar o grau da mesma.

Para encontrar novas formas de lidar com a vida, existem sete fatores importantes. Estes sete fatores foram selecionados por serem bem concretos, e podem ser aprendidos durante a vida, inclusive, principalmente, em processo terapêutico:

Fatores da Resiliência

Administração de emoções - Refere-se à habilidade de se manter sereno diante de uma situação de estresse.

Controle dos impulsos - Capacidade de regular a intensidade de seus impulso, não se permitindo agir «sem pensar».

Otimismo - Crença de que as coisas podem melhorar. É esperança e convicção da capacidade de controlar o seu destino.

Análise do ambiente - Trata-se da capacidade de identificar as causas dos problemas e das adversidades presentes no ambiente, habilitando a pessoa a se colocar em um lugar mais seguro ao invés de se posicionar em situação de risco.

Empatia - Significa a capacidade que o ser humano tem de compreender os estados psicológicos dos outros (emoções e sentimentos) e colocar-se no lugar do outro.

Autoeficácia - Convicção de ser eficaz nas ações propostas. Ex: Um homem alcoólatra propõe a si mesmo colocar em prática um destino longe desta doença pela seguinte ação convicta: não dar o primeiro gole.

Alcance de pessoas - Constitui-se da capacidade que a pessoa tem de se vincular a outras pessoas para viabilizar soluções para intempéries da vida, sem receios e medo do fracasso.

Neste processo para se tornar uma pessoa resiliente, é preciso força de vontade e na grande maioria das vezes, trabalhar com um profissional. A terapia pode ajudar a ter maior tolerância a mudanças, a definir objetivos de vida, a ser mais otimista, a respeitar seu próprio tempo, comportamento e a fortalecer sua estrutura emocional. Para tanto, inclusive, há duas varáveis fundamentais para o fortalecimento da resiliência: disciplina e auto-confiança.

Váriaveis: Disciplina e Autoconfiança

Disciplina - O problema não está na realidade, mas na forma como reagimos a essa realidade. O problema não são as coisas que nos acontecem, o problema é o que fazemos com as coisas que nos acontecem.

Autoconfiança - Essa é a maior característica do comportamento resiliente. A superação só acontece quando antes de tudo, você acredita em seu potencial, na sua capacidade de agir positivamente.

Como Conseguir Ser Resiliente?

Sabemos que não tem como evitar tudo quanto é situação desagradável, que acontece na sua vida ou na minha mas, a maneira como reagimos a elas é que vai definir o seu sucesso. Para tanto, para conseguirmos um melhor nível de resiliência, ou ainda, pode-se dizer que um bom desenvolvimento dos fatores que compõem a resiliência, é importante contar com um profissional especializado - Psicólogo e seu arsenal terapêutico. Além de que, existem certas atitudes / comportamentos no dia a dia, que irão contribuir para que alcançemos a tão sonhada resiliência, ou então, superação das adversidades e realmente ser feliz:

- Praticar atividades prazerosas
- Buscar o convívio com outras pessoas
- Envolver-se em projetos sociais
- Desenvolver atividades físicas e mentais correlacionadas - yoga, dança e esportes, por exemplo
- Desenvolver atividades que envolvam a criatividade e ampliam a plasticidades, como a pintura, desenho, música
- Caminhadas
- Leitura
- Eliminar pensamentos negativos e crenças errôneas, substituindo por uma visão positiva de si e da vida
- Dialogar
- Refletir a cerca de ações próprias e buscar soluções alternativas
- Afastar-se de situações estressoras, «respirar»...

Entre tantas outras possibilidades.

Além disso, é importante contar com o apoio do grupo em que se está inserido, e com o amor das pessoas que o cerca.

«A resiliência é uma bela dança bem sucedida na música da vida. Não uma dança com bailarinos solitários: ela pede parcerias, empatia, encontros, conjunto, união, compartilhamento. Ela fala de amor».

"Queremos ter certezas e não dúvidas, resultados e não experiências, mas nem mesmo percebemos que as certezas só podem s...
17/01/2017

"Queremos ter certezas e não dúvidas, resultados e não experiências, mas nem mesmo percebemos que as certezas só podem surgir através das dúvidas e os resultados somente através das experiências."
(Jung)

Ansiedade de Separação Infantil – Sentir medo é normal?Todos nós podemos ter ansiedade e medos, mas a duração, a intensi...
01/03/2015

Ansiedade de Separação Infantil – Sentir medo é normal?

Todos nós podemos ter ansiedade e medos, mas a duração, a intensidade e a frequência com que ocorrem é que determinam se é uma perturbação, ou não.
A ansiedade, bem como o medo são emoções básicas do ser humano, que fazem parte da adaptação e conservação da espécie, podendo surgir em determinadas situações, como forma de proteção. A criança, ao longo do seu desenvolvimento, na exploração do mundo que a rodeia, vai experienciando medos comuns para cada etapa de vida:
- Até aos 2 anos de idade: medo da separação/afastamento, medo de estranhos, medo de novos estímulos, medo das alturas;
- 2/3 anos de idade; medo do escuro e de animais;
- 5/6 anos de idade: medo de pessoas consideradas pela criança como «más», medo de quedas/dores, medo de dormir sozinho;
- 7/8/9 anos de idade: medo dos assaltos, catástrofes, acidentes, medo da morte, medo da aparência física, medo da aceitação social... À medida que a criança cresce, estes medos vão desaparecendo de uma forma natural e espontânea.
A simples presença do medo de separar-se da mãe, pai ou qualquer outra figura de forte ligação afetiva não é necessariamente sinal de patologia emocional, pelo contrário, faz parte do desenvolvimento infantil.
No entanto, a Ansiedade de Separação só se torna numa perturbação quando as reações de medo e de ansiedade perante a separação de uma das figuras de forte ligação ou perspectiva de separação da mesma, passam a comprometer a adaptação e o desenvolvimento infantil, em função do estádio em que se encontra. Isto significa, que nos devemos preocupar quando a criança tiver medos que ultrapassam os períodos ditos normativos; quando são persistentes e excessivos; quando os sintomas provocam mal-estar considerável à criança/família; quando estas manifestações interferem com a sua capacidade de desempenho ou envolvimento em contextos/tarefas que a criança evita ou enfrenta com muito sofrimento; quando algumas queixas se mantêm, sem a existência de uma causa médica. Caracteriza-se essencialmente pelo medo e angústia excessiva e intensa perante a separação ou a ideia de separação das Figuras de Referência, podendo traduzir-se em dificuldades em adormecer (pesadelos), medo de ficar sozinha, dificuldades de interação social e recusa em ir à escola. São crianças que estão constantemente e excessivamente a necessitar de atenção. Sentem-se sozinhas na ausência das suas Figuras de Referência (FR). Podem estar no meio de uma multidão, mas se as FR não estiverem presentes, olham à volta e não veem ninguém, sentem-se sozinhas, perdidas num mar imenso. Mas então, o que é que isto significa? Significa que é preciso que a criança tenha a representação mental dos seus pais, que os consiga imaginar, sentir a sua presença, quando eles, por alguma razão, têm de se ausentar fisicamente. Mas, para que a criança adquira esta representação mental, é preciso que os laços afetivos, o apego que vai construindo (a sua vinculação) seja feito de uma forma segura, utilizando as FR (principalmente a mãe) como base segura a partir da qual exploram o meio. Tal como afirma Mary Ainsworth, nos momentos de separação, as crianças demonstram sinais da falta da mãe. Nos momentos de reunião, saúdam ativamente a mãe com um sorriso, uma vocalização ou com gestos. Se perturbadas, sinalizam ou procuram contato com a mãe. Uma vez reconfortadas, regressam à exploração.

O diagnóstico para esta perturbação deve ser efetuado o mais precoce possível, com a finalidade de realizar uma avaliação e intervenção adequadas, proporcionando objetivos específicos, bem como atividades e estratégias a implementar, a fim de proporcionar um desenvolvimento harmonioso nos seus diversos contextos.

Algumas estratégias, entre outras, são importantes para criar laços seguros, desenvolver a boa auto-estima, a resiliência, autonomia, a imagem mental das Figuras de Referência e seu próprio bom auto-conceito:
Construir um espaço seguro, agradável e acolhedor, que deverá ser o quarto da criança;
Ter uma disponibilidade afetiva e corporal para a criança;
Coresponsabilizá-la na criação e manutenção de regras das atividades;
Utilizar constantemente o reforço positivo e interrogativo, para que a criança desenvolva a consciencialização das suas ações, aumentando a sua autoestima e autoconfiança, através da sua valorização pessoal;
Dar significado às expressões/emoções, com respostas e ações que proporcionem segurança, conforto e contenção;
Estimular a sua capacidade de iniciativa e atitude crítica, através de elogios, propostas de atividades e perguntas que promovam o seu diálogo...

Atividades desenvolvidas em conjunto – pais e filhos, são fundamentais:
Jogos lúdicos – jogos com regras (estipuladas antes de iniciar a atividades), jogos de cooperação/oposição;
Atividades de Relaxação e de Consciencialização Corporal - Massagem infantil;
Jogo do esconde-esconde – Ao sair do campo de visão, o objeto, ou a figura significativa não desapareceram/deixaram de existir, e nunca mais retornarão.

Enfim... entreguem-se aos laços afetivos, confiem em si e no outro, permitam-se... Uma vida saudável, com pessoas saudáveis se fará!

Abraços profundos!
)O( Luciane Carbonara Dal Bó )O(

Endereço

Florianópolis, SC

Notificações

Seja o primeiro recebendo as novidades e nos deixe lhe enviar um e-mail quando Psicóloga Luciane Carbonara posta notícias e promoções. Seu endereço de e-mail não será usado com qualquer outro objetivo, e pode cancelar a inscrição em qualquer momento.

Entre Em Contato Com A Prática

Envie uma mensagem para Psicóloga Luciane Carbonara:

Compartilhar

Categoria

Consultórios nas proximidades