
18/06/2025
Hoje, 18 de junho, é o Dia do Orgulho Autista.
Mas como celebrar quando tantas de nós ainda estão morrendo em silêncio?
Ontem, uma jovem chamada Isabelly(autista, nível 1 de suporte, estudante de medicina) decidiu não continuar.
Ela foi vítima de bullying, perseguição institucional, invisibilização e falta de apoio real. Ela buscou ajuda. Tentou ser ouvida. Mas foi ignorada. O preço desse silêncio foi a própria vida.
Isabelly poderia ter sido uma médica brilhante, humana, sensível, potente. Mas foi engolida por um sistema que ainda não reconhece o sofrimento psíquico real de mulheres autistas.
Dados importantes:👇🏾
• Estudos mostram que mulheres autistas têm até 13 vezes mais risco de suicídio do que a população neurotípica.
• Em autistas nível 1 (com suporte leve), esse risco aumenta ainda mais quando há diagnóstico tardio, camuflagem social e sobrecarga sensorial/emocional.
Muitas são chamadas de frágeis, dramáticas, exageradas quando, na verdade, estão esgotadas por tentar se encaixar em um mundo que as rejeita.
Por isso, neste 18 de junho, o orgulho não pode ser dissociado da luta. Precisamos falar da dor, precisamos falar da negligência e precisamos, urgentemente, construir espaços verdadeiramente seguros, compreensivos e respeitosos para que mulheres autistas não precisem escolher entre sobreviver e serem quem são.
Que Isabelly não tenha partido em vão🙏🏼
Que sua história acenda em nós o compromisso com uma escuta mais empática, com diagnósticos mais responsáveis e com uma rede real de acolhimento.
Se você é mulher autista e está cansada, você não está sozinha.
E se você é profissional de saúde ou educação, que o nome da Isabelly te lembre da urgência em transformar o modo como enxergamos e cuidamos da neurodivergência.
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