15/07/2025
“Nunca fui fã da minha filha…” – o peso invisível da rejeição emocional
Essa frase dita pela mãe da Marília Mendonça gerou repercussão — e não é para menos. Para muitos, pode parecer apenas uma opinião. Mas para quem entende de saúde emocional, ela escancara algo muito mais profundo: o impacto da falta de reconhecimento e validação na infância.
Na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), chamamos de crença nuclear de desamor aquela ideia internalizada, muitas vezes inconsciente, de que “não sou digno de amor”, “não sou importante”, ou “ninguém me valoriza”.
Essas crenças nascem em ambientes onde o amor é condicional, onde o elogio é raro, onde os filhos são comparados ou ignorados. E o pior: crescem silenciosamente. 🌱
🧠 Crianças que não se sentem amadas podem se tornar adultos que:
• Se doam demais para serem aceitos;
• Suportam relações abusivas por medo de serem abandonados;
• Se cobram ao extremo tentando “ser bons o suficiente”;
• Têm medo de se mostrar vulneráveis por não se acharem merecedores de cuidado.
✨ A boa notícia? Essas crenças podem ser reconhecidas e reestruturadas na terapia. Com acolhimento, autoconhecimento e novas experiências emocionais, é possível reconstruir o que foi ferido.
Mas precisamos falar sobre algo ainda mais poderoso do que curar: prevenir.
💡 Quando pais validam seus filhos, demonstram amor, reconhecem suas qualidades, eles plantam a semente da autoestima. E um filho com autoestima não precisa provar seu valor o tempo todo — ele apenas vive, confia, se expressa.
Por isso, se você é pai, mãe, cuidador…
Seja fã do seu filho. Diga que ama. Veja o que ele tem de especial. Mostre que ele importa.
Porque no silêncio da infância, formam-se as vozes que vão ecoar por toda a vida adulta.
🫂 Acolher uma criança hoje pode evitar uma dor crônica amanhã.