04/12/2020
Amor Liquído... Você já deve ter ouvido falar, né? É um termo contemporâneo e cada vez atual. O que você pensa sobre isso, se aplica aos seus relacionamentos?
Zygmunt Bauman foi um sociólogo e filósofo polonês, que morreu em 2017, aos 91 anos. Ele escreveu mais de 50 livros, dos quais cerca de 30 foram traduzidos para o português e lançados no Brasil. Os que mais se destacaram foi: O mal-estar da Pós-Modernidade (1997), Modernidade líquida (2000), Amor líquido (2003) e Medo líquido (2006). Sua última obra, Estranhos à Nossa Porta (2016), dissertou sobre a crise de refugiados que migravam para a Europa naquele período.
Para o sociólogo, a fluidez dos vínculos, que marca a sociedade contemporânea, encontra-se inevitavelmente inserida nas próprias características da modernidade, discussão esta que está perfeitamente retratada nas primeiras obras do autor.
É impossível fugir das consequências da globalização, com suas vertiginosas ondas de informação e de novas idéias. Tudo ocorre com intensa velocidade, o que também se reflete nas relações entre as pessoas.
Os estudos sociológicos lhe permitem refletir sobre a angústia que reina nos sentimentos humanos, emoção despertada pela pressa de encontrar o parceiro perfeito, sempre mantido como meta ideal, nunca como realidade concreta.
Assim, os casais procuram manter relacionamentos abertos, que lhes possibilitem uma porta de saída para novos encontros. A insatisfação está, portanto, constantemente presente na esfera da afetividade humana. As pessoas desejam interagir, buscam a vivência do afeto, mas não querem se comprometer. É o que Bauman chama de amor líquido, vivenciado em um universo marcado pelos laços fluidos, que não permanecem, não se estreitam...
O amor líquido é aquele que escorre por entre os dedos feito água, é instável, não tem forma e substância, não dura; e encontrar alguém para fazer essa água se transformar em algo sólido e permanente é um grande desafio.
Fonte:
infoescola.com
mundoeducacao.uol.com.br
Imagem: .liquida