
05/08/2025
O câncer de próstata pode variar de formas mais lentas e pouco agressivas até tipos mais rápidos e com alto risco de se espalhar. Compreender essa distinção é crucial para definir a melhor estratégia terapêutica, evitando tratamentos desnecessários para doenças de baixo risco e garantindo intervenção precoce para as agressivas.
A principal ferramenta para diferenciar a gravidade é a pontuação de Gleason, obtida a partir da biópsia da próstata. Valores elevados nesta escala representam câncer mais agressivo.
Existem tipos de câncer de próstata que se desenvolvem de forma lenta e silenciosa, sem comprometer outros órgãos ou causar sintomas significativos ao longo do tempo. Esse tipo de câncer geralmente está associado a Gleason 6 (3+3), que indica tumor de baixo grau, e, em alguns pacientes, a Gleason 7 (3+4), que, apesar de ser risco intermediário-baixo, ainda mantém características menos agressivas.
Em contrapartida, os cânceres agressivos (Gleason 8-10) demandam tratamento imediato e intensivo, como cirurgia (prostatectomia radical) e/ou radioterapia, devido ao seu potencial de metástase e impacto na sobrevida. A decisão terapêutica é complexa e leva em conta não apenas o Gleason, mas também o PSA (Antígeno Prostático Específico), o estadiamento clínico (avaliação da extensão do câncer) e a saúde geral do paciente.
A personalização do tratamento do câncer poderá ser beneficiada por avanços em biomarcadores e te**es genéticos, que possibilitam diferenciar melhor os tumores agressivos dos mais lentos.