16/01/2018
É comum que notícias trágicas como a de um suicídio despertem angústia e também a curiosidade em nós. Entretanto, como devemos proceder quando essa notícia chega até nós por meio de uma mídia, seja por um vídeo, uma foto ou um áudio? Será que divulgar tais mídias é uma atitude ética? Será que, desse modo, estaremos prevenindo que outros suicídios ocorram ou só estimulando ainda mais a ocorrência de outros?
Observa-se a correlação entre a divulgação de cenas de suicídio, em filmes, novelas, em vídeos amadores e até mesmo livros que descreviam o ato suicida de maneira detalhada, e o aumento de suicídios, geralmente com métodos semelhantes. Além disso, a veiculação de tais mídias, quando são registros da vida real, desrespeitam a pessoa e seus familiares e amigos.
Então não devemos falar nada sobre suicídio? Não, precisamos falar sobre mas focando na prevenção do suicídio, para que novas tentativas sejam evitadas. Podemos fazer isso de algumas maneiras:
- Nos informando e divulgando sobre os sinais de alerta de comportamentos suicidas para assim poder ajudar pessoas com tal ideação;
- Tratar com respeito o que o outro fala sobre suas dores (isso inclui a ideação suicida), não tentando minimizá-las ou ignorá-las, mas mostrar-se aberto a acolher e estar presente deste que precisa;
- Nos esclarecendo e divulgando que o comportamento suicida frequentemente associa-se com depressão, sendo que esta é uma condição tratável;
- Demonstrações de empatia aos sobreviventes (familiares e amigos das
vítimas) com relação ao seu luto, oferecendo números de telefone e endereços de grupos de apoio. Isso inclui também ter prudência em que tipo de mídia você está veiculando a respeito do ato suicida. - Indicar a procura por ajuda profissional.
O serviço do PRAVIDA é especializado nessa demanda e é gratuito. Para entrar em contato conosco ligue (85) 984005672. Nossos atendimentos ocorrem às quintas-feiras na Rua Capitão Francisco Pedro, 2290. Em caso de emergência você pode acionar o serviço do CVV, ligando para 141.