18/10/2025
Quando entrei na medicina, eu só sabia de uma coisa:
queria entender pessoas.
Achei que seria pela mente — me encantei por Freud, pela psicanálise, pelo que está por trás do que a gente sente.
Mas, com o tempo, percebi que minha forma de compreender o ser humano passava pelas mãos.
Sempre fui de criar, moldar, reconstruir.
E foi assim que encontrei a cirurgia.
A possibilidade de devolver, com gestos milimétricos, o que a dor havia tirado.
Nas cirurgias íntimas, encontrei propósito.
Vi mulheres que carregavam desconfortos físicos e emocionais há anos e que, depois da cirurgia, reencontravam algo muito maior do que estética:
reencontravam liberdade.
Ser médico é isso.
É transformar o invisível em cura.
É escutar o que o corpo tenta dizer, e responder com cuidado, técnica e amor.
Feliz Dia do Médico.
A todos que fazem da medicina um chamado e não apenas uma profissão.