
23/05/2025
Tem dias em que a sua mente se torna o palco de vozes duras, críticas, implacáveis. Vozes que dizem que você não é suficiente, que falhou de novo, que nunca vai ser o bastante. Vozes que um dia vieram de fora — da mãe cansada, do pai ausente, do chefe abusivo, da escola cruel, da sociedade exigente, da cultura padronizante — mas que hoje moram dentro de você e se disfarça de pensamentos. E nesses dias, é difícil lembrar do autoamor como uma escolha intencional. Uma prática diária. Um caminho de volta.
Porque autoamor, especialmente nos dias em que tudo dentro diz o contrário, é uma decisão profunda de não repetir o abandono emocional que um dia foi vivido. É parar o ciclo. É oferecer a si aquilo que talvez nunca foi dado: compreensão, colo, paciência, gentileza. É resistir ao impulso de se punir e, no lugar disso, se escutar. É escolher se tratar como se já fosse digna — mesmo antes de se sentir assim.
Ceder a essas vozes pode lhe arrastar de volta para a criança ferida que aprendeu que precisava se moldar para ser aceita, lhe colocar no piloto automático da autossabotagem, da comparação, do cansaço emocional. E é nesse cenário que a vida vai perdendo cor e a autoestima vira apenas um ideal distante.
Mas quando você começa, mesmo com medo, a caminhar na direção do autoamor, algo dentro muda. A crítica perde força. A rigidez amolece. O corpo descansa. A alma respira. E, aos poucos, uma nova narrativa começa a nascer: aquela em que você não precisa merecer o próprio afeto. Você só precisa se permitir.
Então hoje eu te convido a refletir: que gesto você pode oferecer a si mesma quando as vozes internas forem cruéis? Como seria escolher o autoamor como caminho — e não como recompensa?
Se isso te tocou, curta e deixe nos comentários uma palavra que represente o que você deseja se oferecer a partir de agora porque toda vez que você escolhe se amar, você também inspira outra mulher a fazer o mesmo.