20/05/2025
O oposto de vício não é abstinência, é vínculo.
Muitas vezes, o vício surge onde faltam relações seguras. Onde há solidão, dor não nomeada, histórias que não puderam ser contadas.
Abstinência pode interromper o comportamento. Mas o que sustenta uma mudança real costuma ser a presença de vínculos que fazem sentido. Gente que escuta. Espaços que acolhem. Relações em que não é preciso fugir de si para continuar existindo.
O que transforma não é apenas interromper o uso, mas oferecer espaço real de presença, construção e escuta.
Relacionamentos consistentes, ambientes sem ameaça, vínculos que não se desfazem ao primeiro tropeço.
A Psicologia pode ser esse lugar de reconstrução — com técnica, ética e compromisso com o cuidado que faz diferença na vida real.
Aprofunde essa temática em nosso blog: https://encr.pw/santefoz
#
Referências
Hari, Johann (2015).Chasing the Scream: The First and Last Days of the War on Drugs. Bloomsbury.
Alexander, Bruce K. (2010). The Globalization of Addiction: A Study in Poverty of the Spirit. Oxford University Press.
Mate, Gabor (2009). In the Realm of Hungry Ghosts: Close Encounters with Addiction. North Atlantic Books.
Volkow, Nora D. et al. (2016). The Neuroscience of Drug Reward and Addiction. Neuropharmacology, 76(B), 367–380.
Lewis, Marc (2015). The Biology of Desire: Why Addiction Is Not a Disease. PublicAffairs.
Maria Helena Chiaradia Dall`Alba
CRP 08/11997
Graciela Dall`Alba
CRP 08/22471