05/08/2020
🧡 O Despertar da Mulher Ancestral 🧡
Como diz a Sabedoria das Curandeiras Andinas, antes de curarmos aos outros, precisamos nos curar.
Nós mulheres carregamos em nossa bagagem diversas roupas sujas e escuras, que já não nos servem mais, e o medo de quando lavarmos a mesma não mais nos servir.
Carregamos mesmo sabendo que já não nos serve mais, pelo simples fato de termos medo de desapegar.
Temos medo de desapegar de ciclos, de relacionamentos desgastantes, de empregos que não mais nos acrescentam; o medo nos domina e paralisa.
Nos colocamos em situações de desgaste e esgotamento, e quando o nosso coração nos diz que algo chegou ao fim, não escutamos e seguimos levando o fardo, acrescentando em nossos ombros pesos que não seriam mais necessários.
Nos colocamos em situações que nos geram magoas e sofrimentos, quando poderíamos ser responsáveis por deixar a alegria e a paz em nosso interior.
Por carregarmos por tanto tempo esses pesos conosco, passamos a não mais reconhecer a nossa leveza, a nossa pureza e sensibilidade; não nos conhecemos mais como fêmeas, entrando em jogos de competição, de disputa e de chateações, ao invés de lembrarmos que o dom da mulher é o AMOR.
Quando nos abrimos para o despertar da Mulher Ancestral, começamos a desvelar em nosso ser muito dos nossos dons, como o de cuidar, acolher e curar.
Começamos a perceber que conosco trazemos uma medicina, seja o tecer, o falar, o cantar, o cozinhar, algo que fazemos que faz bem a nós e aos outros, assim começamos a perceber que somos mulheres curandeiras, mulheres sabias; somos cíclicas e conosco carregamos o dom da alquimia!
Mas antes de qualquer coisa devemos lembrar que para ajudar o processo de cura de cada ser que nos chega, a primeira a ser curada é nós mesmas. Precisamos conhecer nossas sombras, nossos medos, nossas projeções, nossos erros e acertos, pois só assim conseguiremos enxergar o outro com compaixão, respeito, amor e principalmente sem julgamentos.
Para acolher e demonstrar amor ao outro, é primordial nos amarmos; e só podemos nos amar quando primeiramente formos as curandeiras de nós mesmas.
(Texto adaptado de Carol Shanti)