14/02/2025
Que filme! Não podia de jeito nenhum deixar de falar um pouquinho do que vivi e senti depois de assisti-lo duas vezes. Tanto da primeira quanto da segunda, minha sensação foi de estar fora de órbita. Cada cena, cada detalhe foi como se estivesse naquele contexto. Que obra cinematográf**a profunda e sensível. Quantos detalhes e que atuação brilhante de todos! É “Cinema Nacional! ”
Embora o “Ainda Estou Aqui” seja uma trama que retrate tempos difíceis da ditadura com dores, perdas e sofrimentos, Eunice interpretada por Fernanda Torres, sensivelmente, mostra a força da mulher e a ressignif**ação interior para continuar a vida ao lado dos filhos, mesmo na ausência do seu marido Rubens Paiva, tão presente, interpretado por Selton Mello. A resistência f**a evidente quando a esposa reforça nas fotos de família: “Sorria, Sorria”!
Muitos dirão que as cenas foram tomadas de angústia e sofrimento e isso é real, mas para mim cada detalhe é o gosto amargo de uma vida e realidade tomados pela ressignif**ação e fortaleza feminina do não “desistir”. Não temos aulas para aprender sobre sabedoria de vida, aprendemos vivendo mesmo!
Por fim, apesar de alguns desfechos por trás de toda a trama, as marcas evidentes e traumáticas são inevitáveis: ‘”Já não quero mais lembrar o que tanto me doeu. Ou ainda dói?”.
Eunice (Fernanda Torres) se lembra de momentos vividos e inesquecíveis mesmo tomada pelo Alzheimer e, novamente, confirma sua fortaleza feminina na última cena ao posar para uma foto com seus filhos e sensivelmente com resquícios das boas memórias sorrir ao ouvir: “Sorria, Sorria”!
O meu desejo é que todos possam apreciar cada detalhe dessa trama de corpo e alma.
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