Claudete Fraporti Autora e Escritora

Claudete Fraporti  Autora e Escritora Este espaço é disponível para um olhar diferenciado sobre a vida, evitando fechar questão ou usa

16/10/2022

"Falando sobre nós "
O que signif**a verdade
para quem vive pela metade.
Uma metade toda inteira,
uma verdade de mentira.
Ou uma mentira repetida e bem contada.
O que signif**a o signif**ado,
para confusos, aparentemente,
que sinceramente, mentem.
Como é o mundo de mentira
de quem não sabe fazer a diferença,
entre o real e o imaginário.
Que pensa ser esperto,
mas não passa de um otário.
__Claudete Fraporti

13/10/2022

"Me conte outra"
Ao denotarmos que podemos estar sendo ‘abatidos ‘ nesta batalha de egos, nos ofendemos, e passamos a impor mais e mais crenças obsoletas. Nesta arena, entram práticas recorrentes e bastante doentias:
Abusos, mais julgamentos, que na tentativa de afagar este ou aquele, somos agressivos, violentos, verbal ou fisicamente, disparando contra um suposto oponente, como que um pente de uma metralhadora descontrolada.
Agora, ao chegar neste ponto, é fundamental que alguém no papel de vítima, se manifeste, com sua incrível destreza e expertise.
Exatamente isso. Vítimas “enculcadas” neste papel, podem ser extremamente amáveis, dóceis, afinadas na sua postura de salvadora da humanidade, se comportam como algozes, se apresentando e se mantendo como vítimas, arrebanhando aliados, numa teia tacanha, onde só pode cair, quem carrega em si também, outro alguém que também é vítima.
Vítimas se auto afirmam quase que o tempo todo, como referências heroicas de superação, compaixão, empatia, pena, que ofertam amorosamente, muita resiliência, força e poder.
E não há nada de errado em viver o papel ou lugar de vítima. Está tudo ok, exceto pelo fato de ser a causa de tanto adoecimento profundo, tanto do corpo, quanto mental e todo o interior, dos seres envolvidos, irradiando para aqueles que não adentram nesta zona ou arena de disputas insanas.
Não há o que se discutir sobre o que motiva um ser a se plantar neste papel doloroso e pesado. Por certo, ali existem feridas intensas, latejantes, que sangram, em muito. Só que ali permanecer é uma escolha. Vítimas têm ganhos reais, secundários, terciários, e assim por diante. O que faz uma vítima feliz, é conquistar cada vez mais aliados e ser bastante aplaudida. Por tudo o que está relatado, por hora, podemos afirmar, que vítimas são doentes.
Bastante sofridas, doentes e ocultam até para si, um desejo imenso e crescente de vingança.
Quando o ser escolhe se manter no lugar da vítima e joga com tanta destreza, ela dá inúmeras pistas, deixa rastros, culpando a qualquer outra pessoa que cruzar, ou atravessar, atrapalhar seus objetivos e seu caminho!
Até onde pudemos chegar, dizer que atualmente, este movimento ou escolha de se postar como vítima, tem crescido de forma preocupante; não é exagero!
A auto exigência de seguir crenças, criar outras tantas, pode tornar uma pessoa já “adultecida”, facilita bastante para que alguém se torne uma vítima, muito embora, a imensa maioria traga esta dinâmica de uma infância de muita dor e muitos abusos, não reconhecidos como atitudes violentas e comprometedoras.
Muito embora não haja justif**ativa para que alguém continue se comportando como um algoz que se esconde atrás da vítima que venceu sendo assim, há bastante conhecimento sobre este assunto, incluindo um tratamento desafiador.
Havemos agora de falar diretamente, sobre características e indícios que seres que “postulam seu lugar como que um sacerdócio”; usam:
Queixas frequentes contra qualquer fato, ou mesmo contra outra pessoa vise apoiá-la, com ou sem interesse, declarados.
Ninguém ou nada para ela é suficientemente ef**az. É como se o mundo estivesse em débito para com ela.
Reclamações em meros detalhes, que para quem não está neste papel de vítima, nenhuma importância, ou signif**ado, tem.
A maximização da própria dor, versus a minimização da dor alheia.
A vítima carrega e conta muito de seus traumas. Do outro, não quer saber, é nunca!
Vítimas parecem não ter ouvidos, sendo que ao ter quem as ouça, disparam suas feridas sempre abertas, em forma de uma busca de afeto, via piedade, demonstrando compaixão e pena de outras pessoas; desejando receber exatamente isso. Ser alguém que deva ser visto com compaixão e piedade, quando não contente, solicitando orações segundo seu credo, emendando com aconselhamentos; ou praticando muito abuso. Da vítima, avançam para a vitimização, com um riso largo na boca e brilho de vitória no olhar
A escassez em várias áreas ou setores de sua vida, é um indício de que existe ali, um ser se comportando e agindo como vítima de tudo, de todos e do mundo.
A escassez proveniente de uma visão estreita e de possibilidades findas. Vítimas, levantam muitos problemas para a execução de uma tarefa, seja simples ou mais complexa, e só então, vê a solução para um problema que não existia:
A exclusão de todo ou outro ser que a questione sobre sua condição.

A necessidade persistente e premente de difamar quem quer que seja, ou que desafie seus planos e projetos, que em muitas das vezes é a busca do poder. Aqui, por hora adentramos a um paradoxo: _Como que alguém que almeja poder, fama e fortuna pode se plantar no papel de vítima?
Pois vejamos, que neste paradoxo, tal ser, passou a vida fortalecendo sua postura, e a cada ganho direto ou secundário, atingiu seu objetivo de controlar uma gama imensa de outras pessoas que se afinaram com ela. Mais do que isso: Com fama e poder, a malícia se esconde por detrás de um aparente carisma e capacidade de acolhimento. Não são tantos que alçam grandes voos neste lugar. Só que existem, sim!
Meio que em geral, pessoas que controlam ou tentam controlar tudo, praticam abusos, e podem eventualmente se fazerem de vítimas. Este caso é bastante comum.
O que implica para o todo. Para o conjunto da sociedade, a existência de tantas vítimas, que sabemos ser um grande número?
Ocorre que deste lugar de adoecimento coletivo, uma pessoa cola na outra, criando guetos, tribos, separações, violência útil, agressões múltiplas, doentes e doenças em potencial, estratosférico!
__Claudete Fraporti, autora

Reencontro de almas"Ao fechar a porta de sua casa, Margo avistou Rudi saindo de cabeça baixa enquanto as lágrimas cobria...
10/10/2022

Reencontro de almas
"Ao fechar a porta de sua casa, Margo avistou Rudi saindo de cabeça baixa enquanto as lágrimas cobriam seu lindo rosto.

Ele estaria voltando para sua rotina insustentável e infeliz. Mas esta foi uma escolha dele e ela não se submeteria a ser um co***lo, uma vez ou outra, quando ele estivese passando por ali.

A dor que dilacerava seu peito também a desafiava. Agora mais do que nunca ela devia dar um basta, matar aquele sentimento tão forte que ela acreditava já estar se livrando, signif**ativamente.

Recolhida em seus aposentos,chorava copiosamente e parecia estar vendo seu amado,seguindo pela estrada afora, sentindo a mesma dor.

Após chorar muito, ela levantou-se, colocou-se em pé e decidiu afogar aquela dor como as outras pessoas fazem.Então arrumou-se mais bela e sensual do que já havia feito, e foi para a roda de samba.

Seus olhos estavam inchados, denunciando o pranto que rolou.Mesmo assim, conseguia disfarçar, dançando e sambando como nunca o fez.

Isto durou até a madrugada, quando voltou para seu aconchego.

O sentimento de decepção e de perda eram tão fortes que mesmo exausta, não conseguia adormecer.

Tomou um batom em sua mão e escreveu em um de seus espelhos: "Adeus Rudi que amei.A ilusão acabou."

Era exatamente assim que se sentia. Iludida e machucada novamente. Mas seu corpo estremecia quando a imagem daquele homem vinha tão forte à sua frente.

Para conter-se, poder relaxar e dormir, tomou um calmante e deitou-se. Aos suspiros, adormeceu, tendo a impressão de que uma lâmina muito afiada rasgava-lhe a carne e alvejava seu coração.
__Claudete Fraporti

08/10/2022

ME CONTE OUTRA
Dedicatória
Eu, Claudete Fraporti, dedico este livro em especial aos meus pais. Ambos (In Memorian)
Minha mãe, foi professora, palestrante, escritora e terapeuta da linha de Parapsicologia clínica, que para ela, era considerada como de grande importância e valia. De fato, era, levando em conta que ajudar pessoas, ela acreditava ser sua missão de vida. Minha mãe, Dona Ana Mercedes Fraporti, foi uma escritora e palestrante de autoajuda. No ano de 2.015, revelou unicamente a mim, que gostaria de ser mais ousada, desafiadora e atrevida na aventura da escrita, mas que isso lhe causava muito desconforto ou mesmo um “medo pouco nobre”. Escrever, registrar o que ela via na vida real, seria pesado para suas obrigações para com o credo que seguia. Não contendo a emoção, voltou a afirmar, que meu pai, Jolvino Luiz Fraporti, tinha como sonho, que essa filha, o fizesse. Que cumprisse o legado que ele não pode e não teve tempo de fazê-lo. Por ser um homem direto, forte e de tiro livre, um franco atirador, seu desejo é que eu, sua filha estranha e esquisitinha, honrasse sua nobreza, que veio da Áustria, mesmo que a Nobreza, a Riqueza da Coroa, tenha f**ado lá, durante a fuga por conta do período pré Holocausto!
__Claudete Fraporti , autora

05/10/2022

"Me conte outra"
Por serem tantos “pequenos detalhes, gigantes”, afirmo por minha conta, conhecimento próprio e próprio risco, quê
_ É nojento o plano!!!
E mesmo assim, você não é vítima !?
E agora, como f**a, se é nojento o plano e ninguém é vítima de ninguém !?
Simples e básico de responder ao questionado:
Considerando que tudo nos remete à escolha, só permanece no papel ou lugar de vítima, quem a isto escolhe !!!
__ Claudete Fraporti, autora

05/10/2022

"Me conte outra "
Não faz tanto tempo que ousei mostrar quem sou.
Eu sei bem quem sou, sei bem o quanto me divirto com a realidade aparente. Também sei, o quanto tudo isso me entristece. Gostaria muito que fôssemos capazes de viver a própria verdade de cada um, com respeito às escolhas e verdades dos outros.
Mas isso seria o ideal. E o ideal não existe, para além de projeções e expectativas, que geram frustrações, mais dores e sofrimentos neste mundo.
O ideal só existe no imaginário dos sonhadores e românticos, cegados pela dificuldade de enxergar e enfrentar a realidade de frente, e só então; mudá-la.
Seguindo tal visão, f**a claro que aqueles que vivem de sonhos e fantasias, atrapalham em muito, a evolução, os avanços interessantes para todo o nosso Planeta.
Quem dera, estivesse apenas em julgamento que recairia sobre mim, atrapalhando somente a mim. Só que o que acabo de dizer, não é julgamento:
É constatação!
Vivemos todos nós como zumbis, tendo certeza de quase tudo e de nada sabendo. Não buscamos o Saber.
Buscamos alvos humanos.
Buscamos, a nós mesmos!!!
IV

De todo o tempo de vida que já vivi, talvez a metade, segundo regras ou pontos de vista de uma humanidade, sociedade que pouco altera, ou timidamente, pouco muda, vejo que o hoje e o ontem, bem de longe, se enfrentam e se encontram.
Ao mesmo tempo que isso me aborrece, me alivia!
Pode parecer muito estranho e controverso, aos olhos de muitos que nasceram “sem óculos! ”
Só que estranho não é. O que digo neste exato momento, é o mesmo que diria há centenas ou milhares de anos atrás.
Ou será que já eu disse isso e nem disso posso ou devo lembrar?
Estamos passando por um período longo de uma travessia para a mudança, e a choradeira é geral, e, é real, tanto por parte de quem se afina com quem comanda a manada, quanto por parte de quem discorda de tais comandantes, se juntando a outra manada.
Não me toca apontar dedos ou “esbravatar”. Aos gritos ou cochichando, temos muitos fazendo isso: “esbravatando!”
__Claudete Fraporti , autora

AliançaPerversa, política e religiãoA obra A percepção sobre a ligação entre religião e política, que são dois sistemas:...
01/10/2022

AliançaPerversa, política e religião
A obra
A percepção sobre a ligação entre religião e política, que são dois sistemas: Dois sistemas políticos, que agem num horizonte obscuro e oculto, contra a consciência cidadã, usando da “necessidade” da maioria das pessoas em crer num poder maior, em maior do que o próprio poder pessoal, que para quase todas e todos é inexistente, segundo a doutrinação planejada e executada com primor, colocando a massa dominada em um lugar de medo e de vítima de ambos os Sistemas. Percebendo e constatando isso, desenvolvi tal obra, respeitando o ponto de vista de cada Ser; mas apresentando uma visão diferenciada sobre a trama tacanha, tirana e cruel. O conjunto da sociedade civil, sequer se atenta para a existência de um jogo de poder, em favor de uma minoria privilegiada, se colocando como refém, e, que, inclusive o voto deve seguir a doutrina dogmática de seus supostos “líderes iluminados e exemplares, como pessoas de extrema fé!”
Prefácio
O que penso ser eu, apenas penso. E se penso, não enxergo e não percebo o que de fato existe por detrás das ações do Estado. Se penso, não sei e nem percebo que a existência do Estado, é o espaço de “Serviço”. Sequer vejo, quem mais está por detrás de decisões tomadas, onde “me opor”, pode me tornar marginal, segundo a influência da normatização religiosa. Salvo; raras exceções.
Crítica pública
Ao ler e reler esse livro, me deparei com a realidade política atual, e em partes,a Teoria dos Sistemas. Intrincados entre si,de forma clara com uma linguagem acessível ao leitor, porém, profunda, a autora Claudete Fraporti, apresenta a influência, a atuação e a presença das religiões no âmbito político,que, mesmo por detrás das cortinas e véus,desde sempre existiu. O título do livro, como “Aliança perversa”, faz muito sentido e clareia de onde pode vir a saída para tantos problemas. Percebo também, que esse livro é atemporal, até que a sociedade tome consciência e venha de fato a participar da política. E como bem diz a autora,não unicamente um eleitor e vítima de ambos os sistemas. O político e o religioso que também é político,ambos muito bem alinhados entre si. “Impossível é só um ponto de vista, até que alguém vá e faça.” Isso dito por Claudete Fraporti é desafiador, algo bem próprio dela, de suas obras e sua postura.
Refletindo sobre, aprovo o conteúdo e assino a Crítica pública.
Kayo Serquettani
São Paulo _SP
Nota da autora e escritora
Considerando que, por mais que troquemos os atores políticos, personagens e figuras públicas,eventualmente, ocorrem pequenas alterações,no que tange ao que deveria atender a todos os habitantes de um País maravilhoso,que não raro, enfrenta crises institucionais,econômicas e sociais, beneficiando quem não necessita do Estado, ao buscar a origem disso tudo, a mim foi claramente evidenciado o jogo obscuro que por poucos é percebido. A relação entre meros discursos, tanto da classe política, quanto das religiões, ou igrejas, como queiram. A meritocracia que ignora e nega a Sociologia e a Filosofia que são o real conhecimento secular e/ou milenar. O merecimento por extremo esforço, como se todos tivéssemos as mesmas oportunidades e que se doando o sangue, suor e lágrimas, quando não a própria saúde, a vida, fosse o único caminho para viver melhor e obter a ascensão social. “O Ser vem perdendo seu valor, frente ao Ter”, inclusive a partir das famílias. Como contribuição para alterar essa lógica, haja visto que pouco ou nada se fala sobre o assunto, decidi registrar tais percepções.
Concluo pontuando, que a política é nossa, da qual devemos participar ou ao menos acompanhar. Quanto a religião, crença ou credo, é escolha de cada Ser,até mesmo, a de crer ou não crer!
Dedico o que verás aqui a você, nobre leitor, que se dispuser a ler este livro!
Com carinho, Claudete Fraporti!



Aliança Perversa; e mais que isso
I
A complexidade da mente humana é inatingível caso fiquemos na visão ou consciência rasa sobre a vida e o mundo. Da mesma forma,parece improvável que pensamentos e comportamentos equivocados ou então, assertivos sejam evitados. Considerando que toda pessoa tem pleno e total direito de crer ou em nada crer,de escolher e se identif**ar com algo que foge a nossa compreensão ou ao nosso alcance, seja analisando racionalmente ou não,o fato é que aquilo que deveria unir as pessoas, as afasta,desumaniza,segrega,oprime,impõe,arroga,assoberba,gera execração pública sobre o outro que pensa diferente, ou simplesmente exerce seu direito de atender aos apelos da própria alma: Suas escolhas!
Ponderar,refletir sobre a própria conduta, respeitando ao próximo, ao semelhante é mais do que tolerar. É sim, evoluir,aceitar a vida com toda sua diversidade de opiniões,características,comportamentos,filosofias, teologias, ceticismo sobre qualquer crença ou descrença total na existência do imaterial. Tudo o que vemos hoje em se tratando deste assunto ou de outros mais, sempre existiu. A pluralidade, as opções e opiniões diversif**adas fazem parte da História da humanidade. Entretanto, dentro deste contexto, muito amplo e irrestrito,está evidenciada outra vez,a incapacidade de aceitação da diferença existente entre todos, absolutamente todos os seres do Planeta Terra. Conflitos se manifestam sem o menor pudor ou cautela por parte dos defensores do próprio exercício político, cidadão,ou religiosidade que acaba os afastando do princípio mais importante da criação. A vontade do Criador X a postura da criatura.

Visto que é possível dizer que tudo gira em torno da política, seja ela partidária,humanitária ou religiosa, nós humanos,não contentes com o fato de sermos absolutamente ateus com relação à crença do outro, aparentemente seríamos mais felizes se todos pensássemos igualmente e acreditássemos, proferindo nossa fé,seguindo uma única linha ou corrente de pensamento, tendo uma única ideologia ou religião. Há que se ver que a existência de um número maior de possibilidades e formas de ser ou agir,é o caminho para o crescimento individual e coletivo. Com relação à política, a oposição tem um espaço, uma função importante e fundamental,que deve ser valorizada, uma vez que uma oposição fraca ou inexistente enfraquece e desobriga qualquer governo. Seguindo tal raciocínio,a diversidade religiosa também é extremamente importante, pois crenças hegemônicas não nos levam a lugar algum,para além do egocentrismo ou certezas, que são um impeditivo para o avanço pessoal e social, bem como,para o Planeta.
Neste emaranhado todo,o fundamentalismo por parte das religiões supostamente predominantes, se coloca disseminando ódio como sendo o grande fiel da balança,onde o que menos importa e atrai pessoas é a verdadeira defesa da vida e bem estar geral. “O que não promove vida; não tem razão de existir.” Eis aí a grande questão a ser observada na atualidade,num dado momento em que a História parece se repetir. Com objetivos nada claros para a quase totalidade da população do Brasil, a religião e a política proselitista, populista, fazem uso oportunista da necessidade humana de crer em um Ser Superior, transformando em palanque eleitoreiro aquilo que deveria ser exercido no íntimo bastante particular de cada pessoa, tornando esta fusão em algo nefasto para o progresso e a ordem de todo o País, servindo apenas a quem sempre serviu: O grande capital e os interesses da maioria da classe política, já tão desgastada por força de escândalos de desvio do dinheiro público, através da corrupção sistêmica, desde o menor,até o mais alto cargo de comando de uma Nação de proporções continentais.
Como nada acontece isoladamente, as instituições e as pessoas quase que em geral, refletem em voz acanhada o lamaçal de um País que teria tudo para ser um “lar para todos. Uma Pátria Mãe!”
Ao parar para refletir sobre toda e qualquer problemática,seja de foro íntimo e pessoal,ou sobre o coletivo e os acontecimentos recorrentes que causam indignação levando milhões de brasileiros à desesperança, voltamos o olhar para fora, para as ações alheias,como se não fizéssemos parte disto tudo. De alguma forma, todos fazemos. Contudo, ignoramos o fato de que os conflitos, os problemas e a solução, estão no mesmo lugar. Partem do mesmo princípio.
Com um enredo que se desenvolve naturalmente,são poucos os que param para refletir. Neste jogo todo, a luta individualista pela sobrevivência onde cada um cuida apenas de si, fala mais alto, abrindo um espaço generoso para o oportunismo e oportunistas de plantão que pouco ou nada tem a oferecer a não ser discursos mentirosos,vazios e inexequíveis no que trata de mudanças verdadeiramente sólidas. Desta forma,o conhecimento ampliado e a união popular se torna quase que impossível,dividindo opiniões baseadas em um pequeno grupo, que usando de todas as mídias disponíveis, fecham uma aliança entre política e falácias religiosas,o que causa ainda mais divisionismo entre um povo desavisado que parece ter sido pego de surpresa por um quadro caótico de crises generalizadas, num país gigantesco e de uma diversidade como nenhum outro. Seguidores de seus líderes,uma boa parcela da população que se diz possuída de uma fé inabalável,age como ovelhas de um rebanho mal conduzido. Este é o resultado da união perversa entre religião e política.
II_
Neste jogo tão bem armado não há ganhadores,exceto quem faz parte do topo da pirâmide, conhecendo seu povo bem melhor do que o contrário: Um povo romântico e iludido,que deveria conhecer seus líderes. A cada nova eleição,alguns nomes ou figuras públicas são substituídas, o que acaba por alterar apenas poucas peças de todo este grupo coeso e habilidoso em oferecer ilusões e promessas mirabolantes ou milagrosas. E outra vez vem a decepção,a frustração,o desencanto de quem quis outra vez acreditar. Contudo, se temos graves problemas dentro da política, inacreditavelmente é por este mesmo caminho que aos poucos podemos mudar a realidade,usando de mais consciência.
__Claudete Fraporti

08/08/2022

"A menina que tocava o sino"
De sentir o poder que o compromisso diário lhe dava, não abria mão. Era o único poder de fato, que tinha. Caso não fosse seu dia na escala, negociava, se desdobrava em cumprir as tarefas de outro escalado, a fim de se pendurar na corda bem amarrada, mesmo que suas pequenas mãos se machucassem ou fossem feridas, assim mesmo, persistia.
Diziam que era uma ‘capetinha’ que devia ser controlada. Quebrava tudo o que via pela frente que ameaçasse de pará-la.
Até parecia ter, desde cedo, a energia do boi doido. O boi descontrolado e imparável.
Só que um acontecimento drástico, por volta dos seus 5 (cinco) aninhos, a fez mudar e criar um medo abissal, que carregou consigo, até que depois de seus cabelos já grisalhos, acessou a causa e dele, livrou-se. A mulher foi em busca disso, sem intencionar livrar-se de uma dor que sequer o motivo, recordava. Sabia que ali havia algo para ser visto e revelado. Assim, o fez, atingindo a meta, o objetivo, chegando à resposta e solução do conflito.
A menina que tocava o sino tinha um parceiro traquino, porém mais discreto e obediente do que ela. Numa certa tarde, ele esteve envolvido com visitas ilustres que estavam em sua casa. Nada demais haveria dela ir sozinha, tocar o sino para a Ave Maria.
Acreditando estar sozinha, pendurou-se na corda se balançando e cantando. Enquanto seu vestido de chita rodava, alguém a observava; na espreita. A partir deste dia, ela não foi mais a mesma. Ali, justamente onde diziam que o lugar era o mais seguro possível, por ser a casa de Deus, ela enfrentou e conheceu o abuso sexual, que se repetiu aos 9 (nove) anos de idade, por outro ser sem alma e visto como um homem acima de qualquer suspeita.
Como o papel ou lugar de inocência é infantil e só existe na infância, a sua bela e maluca infância foi violada por duas vezes, dentro de um espaço que dizem ser sagrado. Um lugar, um espaço físico, sagrado; disseram...
Afinal, o que é sagrado, se aquele fato para ela foi trágico por ter perdido a “pureza”, conforme ela ouvia e desta vez foi direto contra e para ela?
Se aos 5 (cinco) anos tentou falar e foi acusada de ser a culpada, aos 9 (nove), não falaria novamente para outra vez, ser acusada. Durante a noite, sem nada relatar a ninguém e não conseguir dormir por conta do medo, fez sua escolha de vida:
_Serei uma advogada daquelas terríveis e a mais justiceira, dentre todas. Não importa o que vá me custar, eu serei isso e também dançarina. Já me acusaram de ser “puta”, pois “puta”, serei!
Seguindo os ensinamentos que toda criança recebe, cada dia estava mais calada, ao passo que articulava cada detalhe de sua vida adulta.
Pronto. Estava tudo definido e a justiceira, a temida seria ela, e não os demais, que tanto ela temia. A menina era o que era...
Só que tudo mudou, nada mais do que de repente.
A menina que tocava o sino era azarada?
Será?
O que essa menina trazia consigo que tanto a atrapalhava e tudo tinha que ser no “escamoteio”, no jeitinho ou segredo?
Após o acontecido, numa manhã, durante a mesma semana, acordou sem enxergar, poder falar e ouvir. Indo à um médico conhecido, obteve o diagnóstico de coqueluche. O tratamento foi rude, forte, e aparentemente a curou, mesmo deixando sequelas. Ficou surda de um ouvido que foi rompido e passou a usar óculos de lentes grossas. Seria consequência da tosse provocada pela doença; disseram.
Tudo bem. Se disseram, então, a causa foi aquela citada...
Agora, para menina madura, com os sinais dos anos passando e marcando seu rosto e seu corpo, nada daquilo lhe interessa mais. Se nada acrescenta, deixa que vá!
Até parece que é bem assim!!!

02/08/2022

"Me conte outra"
Por não acessar ou não recordar com clareza para além do que os registros históricos, filosóficos, sociológicos ou psicanalíticos apresentam, nada posso afirmar com certeza de que esta zona de batalhas e conflitos, sempre favoreceu, menos de 1% da população mundial, não afirmarei, isso!
Entretanto, tudo aponta para uma estatística afirmativa, de que isso desde sempre foi assim.
Para bons e vorazes leitores de várias fontes, não há dúvida de que pouco ou nada mudou com intuito de avançar. Ressalto, que cito o que digo, como bom leitor. E que bom leitor, é todo aquele que lê, interpreta e ainda questiona o que leu!
Ouvindo o estouro de fogos neste exato momento, discorro para outro extremo oposto. Vivendo em outra zona perigosa:
A zona da distração infantilizada, banalizada e romântica, outra vez, entramos na polarização entre bem e mal, certo e errado, bom ou mau, decente ou indecente, onde criamos o “bom feitor e o mau feitor.” Isto tudo denuncia claramente o quanto de amadorismo, usamos naquilo que afirmamos com muita e tanta certeza.
Sem nenhum pudor ou medo, outra vez é possível apontar para um horizonte que em nada pode ser animador.
Assim como muitos sabem e falam isso com frequência, toda pessoa da qual não podemos discordar, está nos controlando e em nada contribuindo conosco. Quem contribui, não fala em ajuda, que oculta controle e rédea curta sobre a outra pessoa.
Também neste quesito, entra a polarização, talvez de forma sutil àqueles que não “usam óculos.”
Contudo, para aqueles que dominam um tanto a área da observação e percepção, a intenção de controlar tudo é cada vez mais evidente, extrapolando da vida pessoal e de grupo fechado, para o controle do público.
Ainda afirmamos categórica e raivosamente, que estamos sendo democráticos e buscando progredir. O “ progressismo farsante.”
O que vemos com uma certa apreensão, sem gerar tensão desnecessária, podemos citar o que estas dinâmicas estão criando e implantando.
A separação entre as pessoas e outros seres vivos, se dá pela disputa insana que provém do desejo de provar o quão certo cada ser humano, está. Justif**ativas alongadas nada mais são, do que palavras soltas, sem fundamento saudável, algum.
Portanto, a polarização tem uma raiz bem profunda, que podemos chamar e considerar um vício: O auto julgamento, que precede o ato insano de ter que comprovar o que sou e o que digo. O que pouco ou nada é notado ou percebido, é que todo excesso esconde uma falta, e que todo exagero é uma grande mentira. O que importa aqui, é articular o discurso retórico, carregado de pré conceitos, repetidos há décadas ou séculos!
__Claudete Fraporti , autora e escritora

O tempo que ele levou para desaparecer, foi menor do que o tempo necessário para voltar. Afinal, quando conhecemos o cam...
30/07/2022

O tempo que ele levou para desaparecer, foi menor do que o tempo necessário para voltar. Afinal, quando conhecemos o caminho, este parece encurtar.
Catarine se contorcia em cólicas e não segurava seu pranto,quando de seu quarto ouviu um cantar assoviado bastante conhecido. Num susto, se compôs em traje “decente” a fim de olhar pela janela,enquanto toda a casa dormia, após um dia exaustivo de trabalho e de negócios, pouco lucrativos. Mais uma crise que atingia os desfavorecidos,desta vez havia chegado lá e em outras famílias que jamais imaginaram ser atingidas. Por conta disto, o silêncio se fazia necessário e cada passo que ela trocava, o fazia com cuidado extremo.

Sim. Ela não estava sonhando acordada. Lorenzo estava há poucos passos, e aguardava por Catarine com os braços estendidos. Os corações apaixonados pareciam bater no mesmo ritmo. Talvez isto seja um fenômeno, ou apenas um sei lá da vida dos apaixonados.
_Lorenzo? Quanta angústia e saudades!
_Catarine! Eu; tanto quanto você. E não abraço apenas a ti,mas a quem trazes em teu ventre!
_Como sabes, se sequer eu tenho a certeza, e por certo mamãe nada percebeu?
_A Luz que me impulsionou a deixar o orgulho de lado e me fez retornar, me mostrou muita coisa, Catarine. Inclusive o que preciso fazer.
_Luz? De onde Lorenzo amado? De onde?
_Clamei aos céus e aos infernos e me foi revelado. Esperas um filho meu, que se não lutarmos unidos, poderemos ser vencidos pelo moralismo das tradições familiares!
_Vencidos não. Mas será uma guerra. Não temos registros, ou ao menos conhecidos e relatados, de uma desonra em minha família. A menos que...
_Exatamente minha amada. Este é o ponto. Os segredos ocultos que toda família tem e guarda a sete chaves, seguindo a hipocrisia social. Tenho sérias suspeitas de que existem alguns casos, que por julgamento moral excludente, os nossos viventes, ou antepassados nossos podem ter sido excluídos, esquecidos e sofreram muitas proibições.
_Que choque, Lorenzo. Estou trêmula e sinto o chão fugir debaixo dos meus pés.
_Te tomo em meu colo. E descobrindo ou não, se houve o que percebo, cuidaremos de nós, buscando saber da verdade. Há como fazer isto. Confia!
_Porque este assunto importa agora, amado meu?
“Tudo isso, os desalinhos, conflitos de interesses, a opressão e a supressão da verdade que gera a exclusão familiar, para aqui. Para em mim. Para em ti. Nosso filho ou nossa filha não pagará o preço de tudo isso. Já parou. Parou aqui!”
_Vamos até e edícula e me explique isto. Não compreendo do que falas. Orei tanto e pedi tanto perdão à Deus, de joelhos; por conta do meu pecado. Tu és um homem, o que torna tudo normal e corriqueiro. Fui eu que pequei ao ceder ao desejo carnal. Estive muito mal. Mas não pude me arrepender de verdade, por ter sido por amor.
_Te acalme. Deita-te em meu colo. Se te ajuda vou te dizer:- Então o pecado teria sido nosso. Somos humanos e pecar por amor, gerando vida, não, Catarine! Não posso concordar com essa ideia ultra conservadora. Precisamos quebrar com estes ditames das velhas crenças a nós impostas. E falaremos disto noutro momento.
_Não o compreendo Lorenzo, meu querido. Também acreditavas nisto tudo.
_Aparentemente. Apenas aparentemente. Por vezes, a hipocrisia também se faz presente em nós. Não sendo assim, a convivência familiar ou social seria impossível!
_Cansaço e emoção. Uma certa confusão me trouxeste agora, de pronto chegar. Estou exausta.
_Descansemos minha bela Catarine. Estou aqui, para agora e para sempre. Descansemos!
Enquanto ela dormia em seus braços, Lorenzo traçava algumas estratégias para o dia que logo amanheceria. “Devo poupar-te de todo e qualquer desgaste. Para ter a certeza e mostrar a todos que temos um fruto do nosso ato amoroso, deverás passar por um exame médico/laboratorial.”
Relaxado e com sua amada em seus braços,ele sabia o que teria pela frente. Este estava sendo o primeiro momento de paz e calmaria que, num silêncio absoluto agradecia pelos sinais recebidos, como também por estar ali. “Logo mais estarei com minha família, em seguida com a tua. Disto não abro mão e sou um homem de uma só palavra. Com permissão ou não,nos uniremos pelo vínculo inquebrantável do amor que nos une. Esta batalha enfrentarei sozinho e me perdoe minha bela,mas tu somente saberás depois. Teu bem estar, também será o bem estar deste ser que nos unirá pra o restante de nossas vidas.

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Francisco Beltrão, PR

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