
27/08/2025
“Por muito tempo, eu vivi a Psicologia como se fosse um voto de Madre Teresa de Calcutá: abrir mão de mim mesma, do meu corpo, da minha energia, da minha vida, para olhar apenas para o outro.
Eu acreditava que ser uma boa psicóloga era quase um ‘juramento de pobreza’: não ter tempo para mim, não descansar, não cuidar das minhas próprias dores. Eu orientava meus clientes a se cuidarem… mas eu mesma me colocava no último lugar da fila.
E isso parece nobre, parece altruísta. Afinal, Madre Teresa dedicou sua vida ao outro. Mas nós não somos Madre Teresa. Nós somos psicólogos, seres humanos que precisam estar inteiros para sustentar o espaço de cuidado. Se eu me abandono, se eu não olho para mim, cedo ou tarde eu não consigo mais olhar de verdade para o outro.
Com o tempo, eu percebi que a Psicologia não é sobre sacrifício, mas sobre coerência. Porque não existe saúde mental sem autocuidado. Não existe acolhimento sem limites. Não existe escuta se a minha própria mente está gritando por descanso. Ser psicólogo também é se valorizar: respeitar o próprio corpo, a própria mente e a própria vida.
No Dia do Psicólogo, minha homenagem é um convite: que a gente quebre esse ‘juramento de pobreza’ e ressignifique nossa profissão. Cuidar do outro é lindo, mas cuidar de si também é ser psicólogo.
Se essa mensagem tocou você, compartilhe com um colega que precisa se cuidar hoje e sempre.”😘🥰