Gyovanna Santos Psicóloga

28/08/2021

Muito se ouve falar sobre a terapia, mas pouco se explica sobre ela. É só uma conversa? O psicólogo só ouve ou fala também? Quanto tempo dura? Aproveitando que hoje é dia do psicólogo, essas são algumas das dúvidas que espero responder.
Vamos lá! O processo terapêutico se dá quando alguém procura um psicólogo trazendo suas questões, suas angústias, dúvidas e queixas. O atendimento costuma ser semanal (pode ser quinzenal ou mais de uma vez na semana) e tem a duração de aproximadamente 50 minutos. Pode ser presencial, em uma sala reservada para tal fim ou online (muito comum devido a pandemia, permite o atendimento de vários locais do país) que por sua vez é realizado no ambiente de sua preferência, desde que tenha boa conexão com a internet, que você esteja sozinho (falaremos sobre sigilo em breve!) e que o ambiente seja minimamente silencioso. Quanto ao prazo da terapia, isso costuma ser determinado no decorrer do processo e não é possível já nos primeiros encontros dizer se serão 6 meses ou 1 ano. Sim, psicólogos falam :D mas não damos as respostas, levamos você a chegar até elas através das reflexões que fazemos juntos. E talvez o mais importante, tudo que você diz em sessão, não sai daqui. F**a somente entre nós. Por fim, não tenham medo da psicoterapia. Ela te conduz por caminhos de cura, descobrimento e libertação. Eu topo embarcar nessa jornada com você, vamos?

21/08/2021

O luto passou a ser muito mais recorrente na pandemia, em que tantas vidas foram levadas e tantas famílias e amigos f**aram incompletos, despedaçados. Mas a triste verdade é que sempre existiu o luto, porque sempre existiram perdas. Afinal, o que é mais certeiro na vida do que a morte? Alguns dizem que falar sobre isso atrai coisas ruins. Não os julgo. É recente o avanço nos estudos do luto, ainda é novo falar sobre ele. Nem todos tem condição mesmo, nem todo mundo consegue nem falar sobre o nosso fim. Pode ser porque não queremos o fim, é normal. Nunca se está totalmente preparado para dizer um adeus, por mais doente que alguém esteja, por mais esperado que seja. É sempre um baque, uma dor, um sofrimento, como tem de ser mesmo. Embora cada um lide com a morte a seu próprio modo – e as religiões têm um papel primordial nisso – sempre há de se sentir alguma coisa. Tristeza, medo, dor, raiva, remorso... e não é fácil mesmo. Mas pode f**ar mais fácil, caso o enlutado se permita sentir e elaborar essa perda. Permita que seu corpo expresse o que está sentindo. Fale! Freud foi gênio quando falou sobre a cura pela fala. Falar cura. Chore. Não resolve, mas alivia. Se una a sua família ou a pessoas que possam te dar suporte, te aceitar, te compreender. Eu não posso afirmar quando isso vai passar, mas vai passar. O tempo cura e coloca tudo no lugar. E conte sempre profissionais como os psicólogos que oferecerão escuta e acolhimento sempre. Estou à disposição!

28/05/2021

Esses dias eu vi um meme no Facebook sobre “quando eu fizer 18 anos minha vida f**a mais fácil”. E na hora me veio um estalo de como nós nutrimos essas expectativas quando somos crianças e adolescentes. Eu mesma, com meus 16, 17 anos, achei que f**aria totalmente independente dos meus pais aos 18, que conseguiria logo um emprego e poderia até, quem sabe, morar sozinha. Mas aí aos 18, passei na faculdade e só vieram outras responsabilidades e a dependência dos pais precisou continuar. E que bom que eu tive esse apoio deles!
Mas, como isso é comum não é? Acharmos que a idade é o que faz um processo de amadurecimento e as vezes na nossa cabeça de mágica mesmo acontecer. Tudo vai mudar! E muda mesmo. Passamos a ser legalmente adultos, somos obrigados a votar, também já podemos ser contratados “de carteira assinada”. Teoricamente não precisamos da permissão dos pais para sair(só teoricamente mesmo😂). Mas muitas vezes não é nada comparado com a expectativa que criamos. E vem a frustração, claro. E o que fazer com essa frustração? “Engole ué! Você agora é um adulto!" Nada disso. Até sua frustração faz parte da sua caminhada. Acolha, entenda. Vamos nos frustrar muitas vezes na vida. Mas também vamos realizar, conquistar muitas coisas. E aquele adolescente que sonhava em conquistar o mundo aos 18, teria orgulho de você. Porque você descobriu que a vida não f**a mais fácil aos 18, mas que está nas suas mãos torná-la uma coleção apenas de frustrações.

12/05/2021

Essa semana me ocorreu um episódio no mínimo inusitado. Um rapaz, obviamente não citarei nomes aqui, me procurou aqui no Instagram querendo tratar sobre questões de cunho se***is. Eu não atendo esse tipo de demanda, então prontamente me ofereci para procurar colegas que tivessem experiencia com o assunto e pudessem melhor assisti-lo. Pois bem, ao encaminhar contatos de colegas, ele achou que seria uma boa ideia exemplif**ar qual era seu problema e me enviou uma foto de seu órgão ge***al. Imediatamente denunciei e bloqueei o sujeito, e ao comentar sobre isso com algumas colegas percebi como isso é comum. Só foi a minha primeira (e última, sinceramente espero) experiencia nesse sentido. Então hoje, esse texto é mesmo um desabafo e um pedido: respeitem a gente. Qualquer profissional, qualquer mulher. Sim, pois eu me senti desrespeitada com profissional e como mulher. Você tem total direito de usar suas redes sociais como você quiser, mas também precisa entender que há o limite do outro. Aqui, neste perfil, é meu trabalho. E eu gostaria de verdade que você se sentisse livre pra entrar em contato comigo, mas de uma maneira respeitosa sabe? Nem sempre vai dar certo, nem sempre o vínculo terapêutico se estabelece e está tudo bem, a gente segue em frente. Mas não precisa terminar como uma lembrança ruim. Então, para finalizar, eu gostaria de dizer que procurar ajudar para qualquer questão sexual não motivo de vergonha. Mas seja sempre sincero quanto as suas intenções, pois do lado de cá você encontra profissionais sérios que estão dispostos a te ajudar, não nos faça perder tempo como esse tipo de coisa.

Foto de Anete Lusina no Pexels

10/05/2021

Chegou o dia das mães!
Sim, sim, nós sabemos (e elas também) que todos os dias do ano são delas.
Mas é bem verdade que no amor a gente gosta mesmo é de repetir todos esses clichês. E tá tudo ótimo. Vale tudo para deixar quentinho o coração daquela (ou daquelas) que possuem o nosso coração por completo. Então no dia de hoje usem de todas as formas conhecidas para dizer a sua mãe o quanto é ela é amada, querida, o quanto a gente também quer proteger e guardar e como elas nos inspiram. Digam tudo. Escrevam tudo. Façam tudo. Hoje. Pois como dizia Paulo Gustavo "Amar é ação". Nesses tempos tão difíceis que estamos vivendo se tornou urgente falar o quanto se ama.
Feliz dia do "leva um casaco que pode esfriar"

05/05/2021

Quantas vezes na nossa vida tudo o que a gente precisava era chorar? Sabe, aquele choro que marca o rosto, molha a fronha do travesseiro e deixa o nariz entupido. Ou aquele que é curtinho, mas traz grandes alívios. E quantas vezes também isso nos foi negado? “Você TEM que ser forte!” “Homem “macho” não chora!” “Chorar não vai adiantar nada!” Será mesmo que não adianta mesmo?
Agora a pergunta vai pra você, contrariando tudo e todos, chorou. Como você se sentiu depois de chorar? Tomarei a liberdade de presumir que seu problema não desapareceu, mas você sentiu-se mais leve. O choro não tem mesmo a função de resolver problemas e nem te dá um certif**ado de fraqueza. Muito menos serve para atestar qualquer coisa que seja sobre sua masculinidade. Chorar é uma resposta natural do nosso corpo, e algo que aprendemos é que quando a gente não deixa o corpo falar ELE GRITA. Então que tal aceitarmos e permitirmos o nosso choro? É bem verdade que ele lava a nossa alma! Faça, se quiser é claro, essa experiencia: quando tiver vontade de chorar faça isso. Depois, se quiser também (aqui, você sempre decide) volte aqui para me contar como foi.
Se for uma questão muito forte e voce sentir que tem necessidade de cuidar disso com mais atenção, pode me procurar. Será uma honra fazer parte do seu processo de descobertas!

05/05/2021

A análise do comportamento é uma abordagem da psicologia que busca, a partir do que o paciente (você no caso, eu espero!) traz como queixas comportamentais, compreender o que te leva a emitir esse comportamento, o que mantem esse comportamento, e principalmente, como modif**ar esses comportamentos. E o que seriam essas tais queixas comportamentais? Seriam aqueles comportamentos que você percebe como problema. E a partir daí, nós analisamos juntos quais os comportamentos que precisarão ser extintos, reforçados, modelados e etc. Mas aí sobre tudo isso a gente conversa na sessão. Bora?

20/04/2021