18/02/2025
Tenho visto um movimento nas redes sociais que vem me causando um grande desconforto: mães que expõe, sem qualquer cuidado, situações de seus filhos no contexto escolar.
Algo acontece na escola e a mãe não concorda ou não coompreende e, antes de procurar entender o que aconteceu, se valem das redes sociais, não para resolver a situaçao, mas para expor a escola e muitas vezes o professor.
Mas esquecem que quem realmente está sendo mais exposto, é o próprio filho.
Trabalhando em escolas há mais de 20 anos, posso falar com certeza que não está fácil para o lado de cá. Tudo é motivo de contestação.
Se coloca o recado relatando uma situação, reclama, mas se não são comunicadas, reclamam também.
Se avisa o que está acontecendo com o filho, falam que estão jogando a situação para elas, mas se não avisam, a escola é omissa.
Se o professor cobra a tarefa que não está feita, não está respeitando o tempo da criança. Mas se não cobrar, “a escola deixa o aluno fazer o que quiser”.
Enquanto isso, os professores e equipe pedagógica que já enfrentam desafios consideráveis, seguem adoecendo cada vez mais.
Sei que existem problemas, existem falhas. A escola não é perfeita assim como não somos. A educação dentro de casa mudou e a educação formal também exige mudanças. Mas não precisa virar um campo minado ou uma guerra pessoal.
A escola que você escolheu para seu filho estudar, não precisa e não deve ser vista como inimiga, mas parceira e aliada.
Infelizmente, o que tenho percebido é o contrário: pais cada vez mais em posição de confronto com a escola. E, muitas vezes, até mesmo a escola, ao se sentir atacada, adota uma postura defensiva.
Se você escolheu uma escola para o seu filho, é porque, acima de tudo, confia nela. Então, se há um problema busque resolver de forma pacífica. Traga suas queixas e preocupações de forma pontual, sem expor publicamente todos os envolvidos e principalmente a criança. Será que alguns likes realmente valem esse preço?
Além de não resolver o problema, apenas expomos desnecessariamente nossos filhos, além de criar uma narrativa que pode ser interpretada de forma distorcida por quem vê de fora.
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