22/04/2025
🗨 Você já se deu conta de que a forma como olha para sua história pode mudar?
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Isso não significa esquecer o que aconteceu.
Nem romantizar o que doeu.
Muito menos negar a dor.
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Mas sim reconhecer que *a percepção também passa por transformações internas.*
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A psicologia e a neurociência explicam: nosso olhar é moldado por emoções, crenças, estados mentais — e, especialmente, pelo que estávamos sentindo quando vivemos ou lembramos de algo.
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Em momentos de dor, o cérebro tende a focar no que foi mais difícil. É um mecanismo de proteção, conhecido como viés de negatividade.
E ele faz sentido — principalmente em contextos de trauma.
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Por isso, é importante dizer:
*Essa reflexão não serve para invalidar vivências difíceis ou complexas.*
Em situações de abuso, violência ou relações tóxicas, a percepção pode se tornar fragmentada, confusa, dissociada… e só aos poucos se reorganiza, com o tempo, a segurança e o apoio certo.
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O convite aqui não é para acelerar esse processo.
É para trazer um olhar gentil e curioso:
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**De onde você está olhando agora?**
Será que essa percepção ainda está te protegendo?
Ou já está te impedindo de seguir?
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Porque quando a dor se integra, o olhar também muda.
E aquilo que parecia impossível de encarar pode, um dia, ser visto com mais clareza — e, quem sabe, com mais compaixão por quem você foi.
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**Com tempo. Com cuidado. Com suporte.**
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Psicoterapia faz bem.