15/07/2025
A falta de um serviço de emergência especializado em otorrinolaringologia (ORL) no Sistema Único de Saúde (SUS) em Goiás está comprometendo o atendimento à população. Segundo a presidente da Associação Goiana de Otorrinolaringologia (AGORL), Dra. Juliana Caixeta, o estado possui profissionais qualificados, mas carece de uma estrutura pública adequada para atender urgências, como casos de sangramentos, infecções agudas ou obstruções respiratórias.
A problemática ganhou visibilidade após a morte de uma criança de 2 anos, que teve um caroço de milho alojado no nariz e não recebeu o atendimento especializado a tempo. A Dra. Caixeta explica que, embora procedimentos como a remoção de corpos estranhos possam parecer simples, eles exigem o conhecimento técnico e a formação específica de um otorrinolaringologista.
Atualmente, muitos casos de urgência são tratados de forma improvisada, sem o espaço, os materiais ou a equipe apropriados, o que leva os pacientes a esperarem dias por uma consulta, mesmo em situações críticas. A AGORL está trabalhando para formalizar propostas junto às autoridades de saúde do estado para a implementação de um serviço de emergência especializado. A associação também destaca a importância de treinar continuamente os profissionais da atenção primária para que possam encaminhar os casos corretamente até que uma estrutura consolidada seja estabelecida. A iniciativa visa garantir que a população tenha acesso rápido e seguro a cuidados de saúde essenciais.