04/01/2021
A minissérie já é o maior sucesso da Netflix, sendo a mais vista da plataforma de streaming. A obra é baseada no livro de mesmo nome e que foi escrito por Walter Tevis, sendo publicado em 1983.
Narra a história de uma órfã (Elizabeth Harmon), que na década de 1950 nos Estados Unidos, aprende a jogar xadrez com o zelador da instituição no porão do orfanato. Logo sua grande habilidade no jogo ganha notoriedade e ela vivencia uma grande ascensão como enxadrista, principalmente após ser adotada.
Sua história de sucesso é experienciada ao mesmo tempo em que ela tem que lidar com conflitos procedentes de seu passado, uso abusivo de álcool e calmantes, além dos julgamentos inerentes a sua brilhante atuação como jogadora de xadrez, campo predominantemente ocupado por homens.
O xadrez assume na vida de Beth a possibilidade que ela encontrou para elaborar a decadência afetiva, subjetiva e material que a acompanhava até então.
Dentre várias questões importantes que vão surgindo no decorrer da história, aqui escolho me ater ao momento em que Beth decide usar como estratégia de jogo, naquele momento o mais importante de sua história, a entrada em jogo chamada “Gambito da Rainha”. Essa manobra exige do jogador a renúncia ao sacrificar uma peça, buscando a obtenção de algumas vantagens durante o jogo.
Esse ponto da minissérie eu considero como importante, porque podemos ver em cena um aprendizado que nos custa caro e por vezes passamos a vida tomando essa lição, que é o fato de que para poder ganhar é preciso perder.
É comum que a gente esteja sempre focado em ganhar, que nossa orientação seja sempre evitar a falta, mas o fato é que toda escolha exige de nós uma denúncia. Repito, TODA ESCOLHA EXIGE DE NÓS UMA RENÚNCIA!
Essa lição é importante para a psicanálise, e também para o psicanalista e o paciente, em razão de que em nossa vida a gente sempre vai perder. Nunca será possível realizar o que foi desejado, o que foi sonhado, não em sua completude, pois sempre a falta vai aparecer.
(CONTINUA NOS COMENTÁRIOS)
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