
30/07/2025
Ainda leio na mídia sobre a remoção do ácido hialurônico ser uma tendência, no sentido de ser uma nova ordem na estética. Sobre isso, faço questionamentos.
Será mesmo que o movimento de dissolver preenchedores virou moda ou seria apenas o reflexo de anos de uso inadequado desse produto?
A verdade é que o retorno à naturalidade não surge do nada: ele é consequência direta de intervenções feitas sem critério que deixam de olhar para o paciente como um indivíduo.
Quando a técnica não respeita a anatomia, o resultado pode até agradar no início, mas cobra seu preço com o tempo. Muitas complicações tardias, como o ETIP (edema tardio intermitente por preenchedor), têm se tornado mais frequentes, e exigem a remoção do ácido hialurônico como forma de tratamento.
E engana-se quem pensa que essa dissolução é simples: nem sempre é fácil, nem sempre é resolutiva de imediato, e sempre exige um olhar experiente. Por isso, mais do que seguir modismos, é hora de refletir sobre o uso responsável dos preenchedores e sobre quem está conduzindo esse processo.