15/06/2025
Ontem teve um evento no centro da cidade.
Artistas locais, música ao vivo, pessoas sorrindo, cantando, curtindo a melodia…
E, no meio disso tudo, um senhor — sozinho, com as mãos entrelaçadas à frente do corpo.
Na penúltima música, ele chorou.
Secou um olho, depois o outro.
Ouviu a canção até o fim e foi embora.
Ninguém mais pareceu notar.
Mas eu vi.
Fiquei a música inteira olhando pra ele, imaginando quem tinha vindo à mente: alguém que partiu? Alguém que nem chegou?
Eu não dancei com ele fisicamente, mas dancei com o sentir dele, em silêncio.
E talvez isso tenha sido suficiente.
Nem sempre é preciso tocar pra alcançar.
Às vezes, só sentir já é presença — e é um tipo de amor que o mundo anda esquecendo.
🎶🎵
“Eu sei
Não é sempre
Que a gente encontra alguém
Que faça bem
Que nos leve deste temporal
O amor é maior que tudo
Do que todos, até a dor
Se vai quando o olhar é natural”