18/07/2022
TEMA: AUTO-OBSESSÃO NA PERSONALIDADE E A CAPTAÇÃO DE PERSONALIDADES PSÍQUICAS
“Ao buscar as origens dos males terrenos, percebe-se que muitos são a natural consequência do CARÁTER E DA CONDUTA DOS QUE OS SOFREM. Quantos homens caem por causa de sua própria CULPA! Quantos são vítimas do seu DESLEIXO, IMPREVIDÊNCIA, ORGULHO E AMBIÇÃO”. (Cap. V, item 4, do Evangelho Segundo o Espiritismo).
AUTO-OBSESSÃO É A INFLUÊNCIA OBSESSIVA DA ALMA SOBRE SI MESMA. A CRIATURA PASSA A SER “A OPRESSORA DE SI PRÓPRIA”. HÁ UM VERDADEIRO “CAMPO DE BATALHA” EM SEU MUNDO INTERIOR, PROVOCANDO ALTERAÇÕES DE COMPORTAMENTO FÍSICO, EMOCIONAL E MENTAL.
CADA PESSOA PLASMA OS REFLEXOS DE SI MESMA.
SOMOS NÓS MESMOS QUE LIGAMOS OU DESLIGAMOS O FIO CONDUTOR DE NOSSOS SENTIMENTOS E PENSAMENTOS, COM A PROJEÇÃO MENTAL.
A auto obsessão é a obsessão em forma de ideias fixas, negativas, pessimistas, doentias, que vibram no mundo íntimo da criatura e que se exteriorizam causando uma imensa gama de desarmonias que aos poucos vão destruindo a criatura. Podem ser somatizadas desde a simples forma de cansaço até o câncer fatal.
A maioria das pessoas vive atormentada pelos seus próprios dramas e pesadelos.
A auto-obsessão vem acompanhada de complexos de culpa que lhes assediam o inconsciente, traumas de etiologia obscura, que carregam consigo desde o pretérito distante, de autocensura, de recriminação, de complexos de inferioridade e de irresponsabilidades pelo próprio destino. Idéias e estranhos devaneios que não conseguem conter, em sistemáticas articulações.
Esses complexos são conteúdos do inconsciente que causam perturbações na consciência do Ego. São lembranças reprimidas. São vários elementos associados afetivos, mantidos por forte carga emocional. Esses complexos são capazes de irromper súbita e espontaneamente na consciência e de apossar-se das funções do Ego. Demonstraram constituírem como que pequenas personalidades (eus) separadas na personalidade total. São autônomos, possuem força propulsora própria, e podem atuar de modo intenso no controle de nossos pensamentos e comportamentos.
Conforme nos diz Joanna de Ângelis, espírito, em seu livro O Despertar do Espírito, pag. 40: “...na imensa área do ego, surgem as fragmentações das subpersonalidades, que são comportamentos diferentes a se expressar conforme as circunstâncias, apresentando-se com frequência incomum”.
Trazemos múltiplos clichês mentais arquivados no inconsciente profundo, resultado de velhas recordações danosas herdadas das mais variadas épocas, seja na atualidade, seja em outras existências.
Essas fontes emitem, através de mecanismos psíquicos, energias que não nos deixam sair com facilidade do fluxo desses eventos desagradáveis, registrados pelas retinas da alma, mantendo-nos retidos em antigas mágoas e feridas morais entre os fardos da culpa e da vergonha.
Tentamos viver alienados dos nossos ressentimentos e velhas amarguras, distraindo-nos com jogos e diversões, ou mesmo buscando alívio no trabalho ininterrupto, mas apenas estamos adiando a solução da dor, porque essas medidas são temporárias.
É mais fácil dizer que se tem uma úlcera gástrica do que admitir um descontentamento conjugal; é mais fácil também consentir-se portador de uma frequente cólica intestinal do que aceitar-se como indivíduo colérico e inflexível.
Muitas moléstias antes consideradas como orgânicas estão sendo reconhecidas agora como “psicossomáticas”, porque se encontraram fatores psicológicos expressivos em sua origem.
As predisposições físicas das pessoas às enfermidades nada mais são do que as tendências morais da alma, que podem modif**ar as qualidades do sangue, dando-lhes maior ou menor atividade, provocar secreções ácidas ou hormonais mais ou menos abundantes, ou mesmo perturbar as multiplicações celulares, comprometendo a saúde como um todo.
Portanto, AS CAUSAS DAS DOENÇAS SOMOS NÓS SOBRE NÓS MESMOS.
Os auto-obsidiados sentem-se tratados de forma injusta pela vida, ressaltando negativamente o modo de ser das pessoas, das coisas e de si mesmos. Experimentam um modo de viver complicado ou embaraçado, perdem o senso de raciocínio. Por isso, é importante tomar consciência do quanto ignoramos a vida dentro e fora de nós.
Os obsessores mais terríveis e mais perigosos residem dentro de nós. São o Egoísmo que engendra o Orgulho, a Ambição, a Cupidez, a Inveja, o Ódio, o Ciúme, a Vaidade, a Perfídia, a Maldade, a Preguiça, a Avareza, a Ignorância e a Má Vontade que o magoam a cada instante, que leva à perturbação em todas as relações sociais, provoca as dissenções, destrói a confiança, e se coloca acima dos outros e contra todos.
É com base na Auto-Obsessão que desencarnados e encarnados, de encarnados sobre encarnados estabelecem laços energéticos, de baixo teor vibratório, de domínio mental em simbiose, de difícil solução.
No processo Auto-obsessivo convém destacar a obsessão de encarnados sobre encarnados, isto é, a influência determinante do resultado das metamorfoses
nas relações humanas que é a construção dos cordões energéticos que prendem criaturas, pais e filhos, esposas a maridos, chefes a subordinados, explorados a exploradores, países a colônias, regendo as chamadas relações colonizadoras de possessividade. É a forma obsessiva vestida da máscara do amor e o cuidado com a segurança, sucesso e bem-estar da vítima. É o controle ciumento, mascarado de afeto e cuidados. Como exemplo, dentre outros: é o caso da mãe que f**a controlando e manipulando o filho, escolhendo sua futura profissão, suas namoradas, roupas que deve vestir, programando sua vida, afastando ou destacando sutilmente os aspectos negativos da namorada ou nora, sempre determinando ou preparando os alimentos que deve ingerir, lugares onde deve frequentar, com quem sair, horários. Tudo de forma ciumenta e extremamente preocupada, torturante e obsessiva, ou sutil e disfarçada. Sempre encontra uma forma de imiscuir-se na vida da pessoa, sempre encontrando maneiras de gerar irritação e descontentamento na nora ou futura nora. Imiscui-se sutilmente na vida do filho, como se este não houvesse crescido e precisasse dos cuidados dela.
Nessas relações humanas constroem-se as chamadas Obsessões Morais ou Afetivas que são estruturadas no compartilhamento, uma busca comum de interesses. Não há a presença de um verdugo e uma vítima, mas sim uma sinergia, um compartilhamento, cuja separação é difícil.
São vinculações humanas nas quais o interesse pessoal é o núcleo central de convergência. O interesse pessoal é o impulso instintivo da alma que promove o desenvolvimento do afeto. O interesse é a mola da afetividade no estágio em que nos encontramos, de instintos e sensações, nas relações de alma para alma. Sem o interesse, o afeto não desperta.
Na questão 895 de o Livro dos Espíritos, O Interesse Pessoal é o sinal mais evidente da imperfeição humana, porque o Egoísmo, como crisálida, o mantém nas faixas do Ego, convertendo-o em prisão e dor. Ele é a causa de todas as tragédias que envolveram cidadãos e coletividades que se consumaram nas sendas da história humana.
Foi por conta de interesses contrariados que nasceram a traição, a mágoa, a vingança, o ódio, o espólio e tantas outras enfermidades da afetividade na vida social. Eles promovem a disputa, estimulam os maus pendores e perturbam a vida mental na direção da exclusividade, do personalismo e da arrogância. Eis alguns quadros da convivência que foram resultados de interesses feridos: amores que derraparam para o ódio; amizades que tombaram no pedregulho do desrespeito e do abuso; sociedades financeiras extirpadas pela avareza; famílias dizimadas pela ambição da posse; elos de afeto sincero corrompidos pela traição. Na raiz de todos esses dramas estão os interesses contrariados gerando a corrupção do afeto sincero. Mesmo aqui, nas tragédias do adoecimento afetivo, o interesse pessoal
lança a alma às lições essenciais do coração, nas quais, ao longo dos tempos, adquirimos a sabedoria emocional. Nada existe no homem que não o conduza a caminhos de aprimoramento e libertação.
Seja em que aspecto se apresente, a obsessão é a ilusão humana de querer que alguém faça ou venha a ser aquilo que gostaríamos que fizesse ou fosse. É a coação que tentamos impor a outrem em razão de vantagens pessoais.
As obsessões morais ou afetivas consolidam-se, inicialmente, no corpo mental inferior como viciações emocionais, ao longo da caminhada milenar, e vão se adaptando em metamorfoses sucessivas na órbita do períspirito, depois no duplo etérico e, por fim, atingem o corpo físico com as chamadas doenças orgânicas de variadas expressões.
Gravitamos na esfera das concepções pessoais sem o mínimo desejo de avançar para as vivências que ultrapassam esse limite. Nesse ponto, nasce a compulsão pelo domínio mais cobiçado de todos os tempos: o ilusório domínio da vida alheia, a colonização do outro. Dizendo amar, queremos que o outro seja e faça conforme nossos desejos, que nada mais são que motivações para vantagens particulares. É o afeto individualista. Só queremos dominar ou manter domínio sobre quantos nos tocam afetivamente a alma conforme os interesses próprios.
Enquanto muitos encarnados procuram seus obsessores na dimensão astral, mal sabem que, na maioria das vezes, a obsessão mora em sua própria casa ou está bem ao seu lado. Os casos têm aumentado muito, de cordões energéticos que não têm sequer um espírito desencarnado pesando sobre a estrutura dos conflitos e problemas que atingem muitos grupos no mundo físico.
O Livro dos Espíritos, na questão 388, assevera: “Entre os seres pensantes há ligação que ainda não conheceis. O magnetismo é o piloto desta ciência, que mais tarde compreendereis melhor”.
Os laços energéticos que circulam nossa vida mental assemelham-se a imensurável oceano de ondas no qual nos achamos mergulhados. Respiramos no halo energético coletivo o campo energético que mais se afiniza com a natureza de nossas emissões.
No mundo físico, o homem, ao estudar a obsessão verif**a a importância superlativa da influência dos desencarnados sobre os encarnados, ignorando que as obsessões de encarnados sobre encarnados sobrepõem, em muito, os resultados infelizes desse consórcio de forças exploradoras de uns sobre os outros.
O Magnetismo Pessoal é capaz de criar elos que influenciam, mais do imaginamos, o campo vibratório com quem tenhamos construídos os chamados cordões energéticos.
Os cordões energéticos são fios mento-eletromagnéticos nascidos do teor sutil das forças afetivas do espírito. Por eles nos mantemos imantados uns aos
outros conforme o teor das relações que criamos no cadinho das relações humanas. A rigor, na Terra, a maioria dos cordões é tecida por energias sugadoras decorrentes, principalmente, da mágoa, da inveja, da soberba, da culpa e do medo, construindo elos de dependência, abuso, poder e desrespeito mediante relações destrutivas.
A base de quaisquer desses sentimentos que sustentam os cordões é uma emoção primária fundamental para o equilíbrio do ser humano: A RAIVA. A força da emoção de raiva é um pr********vo na evolução humana. É uma emoção primária de defesa. Não sabendo lidar com esse instinto defensivo, permitimos as mais variadas lesões no campo emotivo.
Grande maioria das pessoas contém a raiva que sente sem saber como extravasá-la de modo sadio, criando, assim, no cosmo energético um acúmulo que não permite a transmutação. Essa transmutação poderia se dar de várias maneiras, conforme a personalidade de cada um. Uns apenas expressariam sua raiva, outros a transformariam em crueldade, e outros poderiam canalizá-la por um processo terapêutico. Os caminhos são infinitos, sendo que retê-la ou represa-la seria o caminho mais indesejável.
A Raiva é uma defesa contra nossa não aceitação da realidade. Analisada como instinto natural foi colocada no homem para o bem e leva-nos a vencer a acomodação, evitando a injustiça e a passividade diante da vida. Por outro lado, avaliada em seus aspectos doentios, pode ser a base da revolta e da rebeldia.
Costuma manifestar-se de três modos: a mágoa, a neurose de controle e a tristeza. Uma pessoa magoada é alguém que sentiu raiva de ser lesada e não soube o que fazer com o conjunto de seus sentimentos diante desse fato, tornando-se indefesa. A raiva guardada inevitavelmente transforma-se em mágoa, porque não foi transmutada. Diante da raiva, as pessoas confusas e com baixo conhecimento do seu mundo emotivo reagem com extrema necessidade de controlar ou manifestam tristeza e apatia.
A questão dos cordões é muito comum em quaisquer ambientes onde haja a presença de relações humanas, lá teremos os cordões energéticos sem maior ou menor intensidade. E o que determina essa intensidade são muitos fatores, mas é pelo sentimento que os cordões ganham vida, natureza, cor, cheiro, som, movimento e consistência. As pessoas f**am “amarradas” umas nas outras.
As pessoas, por meio dos cordões, aprisionam ou se alimentam de energias que sugam ou nutrem o cosmo fluídico dos diversos corpos que possuímos. As ligações são mantidas chacra a chacra, de conformidade com o tema que liga as criaturas envolvidas.
Se o assunto é mágoa, o centro de força de imantação é o cardíaco. Se a questão envolve ódio, o chacra mais atacado é o solar. Se o assunto é ciúme e possessividade, o chacra de vinculação é o genésico.
Em cada caso, isso varia. A rigor, quando mantidos longamente e retroalimentados por atitudes insanas, esse cordão é o canal de inúmeras doenças que a medicina dos homens nem sequer desconfia das causas sutis.
Dessa forma, em alguns casos de pessoas magoadas, sob pressão da possessividade de alguém, podem desenvolver diabetes e diversas dermatites. Em outros, alguém que sustente o ódio por alguém que o feriu, ou é odiado por alguém que tenha ferido, pode avançar para variados processos degenerativos, incluindo alguns carcinomas mais conhecidos.
Alguns sintomas corriqueiros no mundo moderno têm como causa os cordões energéticos, tais como: cansaço injustificável, adoção do medo como estilo de vida, culpa intensa e estressante, alterações no sistema endócrino, ansiedade desproporcional, angústia com lugares e pessoas, náuseas, inflamação de tendões, enxaquecas crônicas, impotência sexual e até quadros severos de câncer.
Sem a presença alguma de espíritos desencarnados, os mais variados episódios de transtornos físicos, emocionais e mentais podem ter causa nos cordões energéticos. É muito comum pessoas ligadas por essa teia vibratória desenvolverem sintomas, doenças, sentimentos e sensações semelhantes ou passar por alguma ocorrência que assegure a influência de uma sobre a outra. Verif**a-se que algumas pessoas já aprenderam a auscultar seus sintomas, sabendo prever quando alguém com quem não simpatizam vai aparecer para cobrar algo ou desgastá-las com alguma provocação. Outras vezes, determinadas pessoas muito submissa aos progenitores, mesmo à distância, sofrem desesperadamente as angústias dos lares paternais sem saber detalhes do que lá acontece.
Temos um capítulo adicional no terreno dos cordões energéticos, que são os laços que podemos criar com alguém por meio da intenção deplorável. Existem pessoas que sabem ser capazes de prender outras aos seus propósitos, e disso abusam, chegando a buscar a manipulação de diversos recursos para garantir sua loucura dominadora ou atender a seus interesses mais mesquinhos.
Esses laços energéticos na intenção deplorável, em razão de nossas mazelas, criam elos de destruição e dor, é um movimento diário nos campos sutis da alma, podendo perdurar por anos e milênios, dependendo do contexto em que é gerado. O que muitos chamam de magia, isto é, manipulação de energias.
A Raiva, base emocional dos cordões, é o alimento das relações entre pessoas. Onde a Arrogância comparece, o Sentimento de injustiça é despertado. E com essa sensação de lesão pessoal brota o conflito íntimo e, posteriormente, o conflito relacional.
O conflito relacional é o estado mental responsável por uma das doenças energéticas mais presentes na vida terrena: A DEPRESSÃO POR PARASITISMO. É o estado mental de desorganização, um choque de forças do subconsciente com o consciente sob a tutela do “self” ou superconsciente.
Esse estado, que caracteriza a esmagadora maioria das criaturas no planeta, gera matéria astral. Essa matéria do conflito é mensurável, tem cor, cheiro, peso específico. É como uma infecção a purgar ininterruptamente sobre o cosmo vibratório dos corpos, ao mesmo tempo, gera um movimento inflamatório, uma pressão sobre todo o conjunto energético, provocando ações desencadeantes de doenças físicas recorrentes. Sob sua ação desorganizadora, a anatomia dos chacras sofre múltiplas alterações, subtraindo a capacidade normal de absorção, metamorfose e transmutação das forças que atuam sobre a vida mental do ser.
Alguns sintomas verificáveis desse quadro são: confusão mental, falta de vitalidade física, angústia, ansiedade intermitente, tristeza crescente, insônia, diminuição da libido e outros. Os chacras mais afetados são o coronário, o cardíaco e o solar, como foi visto anteriormente, cujas desarmonias ocorrem na vida mental, nas emoções e no campo energético, respectivamente.
Denomina-se depressão por parasitismo porque, depois de consolidado o “habitat” energético, diversas formas vivas etéricas se agregam ao ecossistema em formação, tornando-se predadores em regime de vampirismo, retroalimentando a cadeia de efeitos desastrosos para a vida corporal do homem terreno.
Estudando os cordões energéticos e os fenômenos magnéticos que circulam em nossa vida, f**am evidentes duas conclusões: a primeira, é que se torna dispensável a presença de obsessores fora da matéria para que se processem as obsessões. A segunda, é que a medicina sanitarista do mundo jamais fará progressos preventivos e curativos caso não se abra para estudar a fenomenologia vibracional.
“A criação dos cordões de AMOR será a garantia de libertação, paz e avanço na evolução. Sem tolerância, não nos suportaremos. Sem misericórdia, não nos amaremos de verdade”.
Os elementos psíquicos perversores do Egoísmo engendrando o orgulho, a vaidade, a perfídia, a maldade, a preguiça, a avareza, a ignorância e a má vontade são criados e alimentados por nossas crenças, pelos nossos medos, nossas culpas, nossos traumas e nossa covardia, apesar de serem mecanismos de defesa psíquica minimizando nossos erros, deixam-nos cegos e surdos à voz da consciência e impedem-nos de ver com clareza a luz divina e o amparo que recebemos.
Todavia, por outro lado, temos também os elementos psíquicos, na outra polaridade, que são orientadores e residem em nosso psiquismo. São criações nossas, que nos alertam, nos fazem encarar a verdade, mostram-nos como realmente somos, e nos forçam a corrigir os desvios. São eles: a humildade, a modéstia, a lealdade, a bondade, a diligência, o desapego, a sabedoria e a boa vontade.
Entretanto, como consequência da negação, repressão e pela má formação educacional na alimentação dos elementos psíquicos perversores, ocorre um entrechoque de forças antagônicas dentro do nosso campo psíquico, gerando e acordando personalidades múltiplas e subpersonalidades. De um lado a imposição, de outro a negação. Numa área a imobilidade, na outra, a atividade.
“As personalidades psíquicas secundárias assomam com frequência, conforme os estados emocionais, dando origem a transtornos de comportamento e distúrbios diversos no campo físico e mental”. “Certamente, muitos fenômenos ocorrem nessa área, decorrente das frustrações e conflitos, favorecendo o surgimento de personif**ações parasitárias que, não raro, tentam assumir o comando da consciência, estabelecendo controle sobre a personalidade, e que são muito bem estudadas pela Psicologia Espírita, no capítulo referente ao Animismo e suas múltiplas formas de transes”.
“O trabalho e integração das subpersonalidades é de magna importância para o estabelecimento do comportamento saudável”.
“A própria personalidade, não poucas vezes, apresentando-se fragilizada, fragmenta-se e dá surgimento a vários ‘eus’ que ora se sobrepõe ao ego, ora se caracterizam com identidade dominante”. (O Despertar do Espírito, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psic. Por Divaldo Franco, pág. 31 a 42).
Isso faz parte do processo evolutivo. Não evoluímos somente na relação com as outras pessoas. Evoluímos também no relacionamento com os próprios “eus”, se acertando conosco mesmo, aprendendo a conviver consigo mesmo para poder conviver com o outro.
Por isso, dito acima, é que se diz que ninguém tem o poder de fazer o outro feliz, pode até colaborar. Isto porque, se estivermos infelizes não tem quem conserte a não ser a própria pessoa. E existem pessoas que estando só já estão mal acompanhadas.
Existem alguns dos vários tipos de elementos psíquicos ativos, “eus negativos”, no campo psíquico das pessoas: são personalidades dominantes, neutras, dominadoras, antagônicas, conflitadas, litigiosas, ociosas, infantilizadas, envelhecidas, orgulhosas, deficientes, viciosas, devassas e outras.
Para tratamento dessas personalidades psíquicas negativas, utiliza-se uma técnica anímica terapêutica denominada Captação Psíquica que é um procedimento psicoterapêutico investigativo e exploratório. Realizado por terapeutas e sensitivos, para acessar conteúdos inconscientes que causam dificuldades de ordem emocional, física, psíquica e espiritual que interferem no comportamento da personalidade atual. Possibilita o acesso a estados dissociativos de consciência ou de personalidades. Praticada por uma dupla, um esclarecedor e um captador, ou várias duplas, na presença do atendido.
Essas personalidades são sintonizadas, captadas e “incorporadas” no sensitivo ou médium-sensitivo. São personalidades múltiplas (de vida passada) e as subpersonalidades (da vida atual) inconscientes, ignorantes, apegadas em crenças, memórias ou hábitos ultrapassados e vícios.
Para nos libertarmos das prisões da auto-obsessão, é necessário exercitarmos a auto-observação e aprendermos a testemunhar nossos próprios sentimentos, pensamentos, emoções, atos e atitudes.
O autodescobrimento, o autoconhecimento nos leva ao auto-amor e nos ajuda a despertar a consciência. Saindo do intrincado labirinto no qual vivemos nos permite desenvolver nossas habilidades adormecidas.
Desenvolver uma visão interior que não acusa nem julga, mas unicamente observa de maneira imparcial e objetiva, permitindo-nos conhecer a verdade tal como é. Aquietarmo-nos numa aceitação serena e honesta, admitindo o que somos e o que sentimos, sem nos condenarmos ou punirmos.
A auto-aceitação nos facilita à conscientização de nossos desacertos e de nossa ignorância e se for progressiva e constante, descobriremos dentro de nós as fontes que nos perturbam a existência.
Enfim, assumindo a responsabilidade total por nosso equilíbrio, não passamos mais a atribuir à ação direta dos espíritos, nem tampouco a lançar culpa nos outros – na família, nas pessoas com quem convivemos, nas existências do passado ou nas regras injustas da sociedade.
A RIGOR, AQUI ESTÁ O INÍCIO DA CURA DE TODA A AUTO-OBSESSÃO E QUIÇÁ DA OBSESSÃO.
REFERÊNCIAS:
1 – O Livro do Evangelho Segundo o Espiritismo, por Allan Kardec;
2 – O Livro dos Espíritos, idem;
3 – A Imensidão dos Sentidos, pelo Espírito Hammed, 2000, por Fco. Neto;
4 – Senhor e Mestre, pelo Espírito Irmão José, por Carlos Bacelli, 2008;
5 – Terapêutica das Personalidades Psíquicas, por J.S Godinho, DVD 001, 2009;
6 – Refletindo a Alma, pelo Núcleo de Estudos Psicológicos Joanna de Ângelis,20011;
7 – Quem Perdoa Liberta, pelo Espírito José Mário, por Wanderley Oliveira.
Montagem e Adaptação por: Jorge Vieira – Psicólogo, Psicanalista, Apômetra, Hipnoterapeuta, Master Trainer em PNL, pela SBPNL.
Brasília, df., em 13 de novembro de 2013.