18/01/2025
A dor é a principal queixa no pós-operatório de cirurgias plásticas, sendo agravada por desconforto musculoesquelético, edema e equimoses, que afetam a qualidade de vida das mulheres. A Fisioterapia Dermatofuncional tem ganhado destaque por suas intervenções no pré e pós-operatório, com técnicas como o taping, amplamente utilizado para acelerar a reabilitação.
O taping, devido à sua elasticidade e forma de aplicação, apresenta possíveis benefícios, como controle da dor (via impacto sensorial e teoria das "comportas" de Melzack e Wall), melhora da circulação de fluidos, sangue e linfa, e redução de processos inflamatórios locais.
O procedimento cirúrgico causa um trauma inicial nos tecidos, desencadeando um processo inflamatório e a formação de tecido cicatricial, que não é idêntico ao tecido original. Esse processo ocorre tanto nos bordos da cicatriz quanto no "espaço morto" da região subcutânea.
Segundo a resolução nº 394/2011 do COFFITO, o fisioterapeuta é o profissional qualificado para conduzir o pós-operatório, promovendo cicatrização, minimizando complicações e otimizando os resultados cirúrgicos. Durante a fase inflamatória, caracterizada por edema devido ao desequilíbrio do fluxo sanguíneo e linfático, a dor é frequente e requer controle com medicação e recursos terapêuticos.
O taping tem sido amplamente utilizado nesse contexto para reduzir dor, edemas e equimoses. Seus efeitos fisiológicos baseiam-se na resposta à tensegridade e à mecanotransdução celular, que convertem estímulos mecânicos em atividades celulares. Tensões altas no taping auxiliam na contenção de inflamação e edema, enquanto tensões leves promovem descompressão tecidual e melhoram o fluxo linfático e sanguíneo. Evidências indicam sua eficácia no controle de sintomas no pós-operatório. Contudo, os estudos que comprovam a eficácia do taping no pós-operatório de cirurgias plásticas ainda são escassos.
"Martines LC, Reiche PTG, Schweich-Adamp LC, Pegorare ABGS. Efeito do uso do taping no pós-operatório de cirurgias plásticas: Uma revisão sistemática. Rev. Bras. Cir. Plást.2024;39(3):e0851"