29/10/2025
Quando expressamos um sentimento, um pensamento ou um plano em voz alta, estamos tornando o invisível visível. Nosso cérebro registra não apenas o pensamento, mas a voz, o som, o corpo em ação. Estudos indicam que esse “auto-discurso” externo ativa múltiplos sistemas cerebrais e assim transforma ideias abstratas em experiências mais concretas.
💡Além disso, essa prática pode:
- Ajudar a organizar pensamentos e clarificar o que está se passando dentro de você, melhorando o foco e o raciocínio.
- Auxiliar no controle emocional: ao ouvir sua própria voz você se distancia levemente do tumulto interno e consegue dar um passo atrás e observar o que sente com mais calma. Isso facilita a autorregulação, ou seja, gerir emoções e reações de modo mais consciente.
- Potencializar a autocompaixão: quando você fala para si no tom de apoio, reconhecimento, carinho, está promovendo uma voz interna mais gentil, reduzindo críticas severas ou automáticas. Estudos apontam que o auto-discurso positivo está associado a níveis mais elevados de autocompaixão.
Na prática, isso significa que, em vez de apenas “pensar” que está ansioso ou triste, você pode verbalizar algo como: “Estou sentindo ansiedade agora, e isso faz sentido” ou “Você fez o que pôde, e está tudo bem”. Este ato de exteriorizar dá voz ao que estava sufocado ou implícito.
⚠️ Não se trata de substituir a fala com outras pessoas ou a terapia, mas de usar esse recurso como ferramenta cotidiana de apoio interno. Se você percebe que a voz que surge sempre é crítica, julgadora ou você se pega falando sozinho de forma que gera mais angústia, esse pode ser um indicador de que está na hora de buscar ajuda profissional.