05/09/2024
Algumas pessoas acreditam que a consciência é a voz de Deus em nós, e que a pessoa que tem uma boa consciência é porque já está de acordo com os mandamentos de Deus.
Acreditam que a pessoa faz algum mal, e se sente com má consciência, ou faz algo bom, e se sente com boa consciência.
E então Bert Hellinger percebeu que não é assim: que o sentimento de boa e de má consciência é uma percepção da pessoa em relação ao grupo ao qual ela pertence. Uma reação, de acordo com o vínculo que cada um tem.
Há uma necessidade primitiva de pertencimento. As pessoas precisam se sentir pertencentes a algo. Em primeiro lugar à família, e depois a outros grupos, a uma religião, a um time de futebol, a um partido político, a uma nacionalidade, a uma instituição, a um grupo profissional.
E dá uma sensação de conforto e segurança quando nos sentimos conectados, quando estamos de acordo com esse grupo.
É aí que nasce a boa e a má consciência.
A boa consciência é uma consciência tranquila, porque nos sentimos pertencentes.
O problema é que essa boa consciência age também no sofrimento, nas tragédias e em destinos que a pessoa, às vezes, passa a vida sofrendo, para se sentir pertencente. Porque cada vez que ela coloca em risco esse pertencimento, ela se sente culpada.
Essa culpa equivale a uma sensação de má consciência. Ela se sente insegura, por estar se distanciando de uma tradição, de um padrão, de uma crença, de uma cultura.
Nesse afastamento, ela se sente ameaçada, sente medo. E a boa consciência a chama para retornar ao seu grupo, para pertencer, para ser mais uma.
E é assim que os filhos tendem a repetir as dificuldades e os destinos trágicos dos seus pais.
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