05/01/2023
Primeira semana de 2023.
Não tenho nada a dizer.
Não falei sobre o Natal, nem sobre as festas de fim de ano, nem fiz retrospectiva, tampouco escrevi textão de metas de Ano Novo. Bem diferente dos últimos anos.
Não abri caixinha de fim de ano para os seguidores, não fiz exercícios de constelação de fim de ciclo, não tirei as cartinhas de liberação sistêmica conforme me pediram. Não fiz. Não deu. Me programei, mas as circunstâncias foram outras, surpreendentes. Então, escolhi que não faria. A manutenção da saúde e a presença da família me colocaram em recolhimento. Me priorizei. Relaxei. Me rendi.
Eita, 2022! Bye-bye!
Obrigada por me ensinar a executar a minha própria filosofia de vida, na parte que me coloca como humana falível, que precisa de autocuidado e que é digna de receber amor.
E, por hora, a verdade é que não tenho nada a dizer.
Estou ocupada demais vivendo, me relacionando, amando, maternando, servindo, contribuindo através do meu trabalho com as pessoas que me procuram e valorizam minha jornada. Por vezes, não há espaço para entregas extraordinárias e grandes feitos. E isso é bom, também. Transbordar é diferente de esvaziar-se.
Hoje compreendo que posso contribuir através das minhas próprias experiências e conhecimento adquirido, mas também pela minha vivência com consciência, presença, escuta ativa, e uma postura sistêmica diante da realidade. E assim estou à disposição da vida. No meu ritmo. Respeitando meu corpo e minhas necessidades emocionais.
Tenho desejos e planos para 2023, para mim, para meus amores e para vocês todxs. Mas a vida tem me mostrado que há muitas outras possibilidades para além desses desejos que alimento e dos planos que me movem. Meu campo de visão, por mais amplo que seja, é limitado. E, portanto, não tenho nada a dizer.
Apenas, estou aqui.
Viver o comum, o mundano, o simples, o essencial; é extraordinário.
Pode fluir 2023, já mergulhei.