Hellen Capel- Psicóloga

Hellen Capel- Psicóloga 📚Especialista em Psicoterapia Psicanalítica Contemporânea
🍁Que você possa sentir!

✨ A terapeuta suficientemente boa e a gestação ✨Estar grávida enquanto exerço a clínica é viver, junto com meus paciente...
05/09/2025

✨ A terapeuta suficientemente boa e a gestação ✨

Estar grávida enquanto exerço a clínica é viver, junto com meus pacientes, a presença de um terceiro real: o bebê. Ele não está apenas na fantasia, ele existe, e isso transforma a relação terapêutica.

📖 Winnicott nos fala da mãe suficientemente boa. Na clínica, podemos pensar também na terapeuta suficientemente boa: aquela que não promete perfeição, mas sustenta o processo mesmo nas falhas inevitáveis. A gestação traz ausências, cansaços, limites… e, ao mesmo tempo, abre espaço para que o paciente possa simbolizar a experiência da falta e da reparação.

📖 Bion lembra da função de continente: a capacidade de acolher e dar forma ao que é vivido. Na gestação, continuo sendo continente para meus pacientes, mas também preciso conter a mim mesma e ao bebê. Isso convida o paciente a tolerar uma realidade importante: a de que o analista também é humano, atravessado pela vida.

📖 Ferenczi nos fala da elasticidade da técnica: a possibilidade de criar, junto com cada paciente, formas de atravessar as mudanças sem perder o vínculo essencial.

Cada paciente dá um contorno diferente a essa experiência. Para alguns, pode despertar sentimentos de exclusão ou rivalidade; para outros, pode abrir espaço para participar simbolicamente de um processo de criação e cuidado.

No fim, o que a gestação ensina é que a análise não se apoia na perfeição, mas na suficiência. Suficientemente boa, suficientemente presente, suficientemente humana. 🌷
🍁 Que você possa sentir!

Seja muito bem vinda minha filha, Heloíse, nós estamos transbordando amor aqui em casa para você. 👩‍❤️‍👨🤰🏻
26/08/2025

Seja muito bem vinda minha filha, Heloíse, nós estamos transbordando amor aqui em casa para você. 👩‍❤️‍👨🤰🏻

Temos uma notícia boa sim, agora somos três! 👩‍❤️‍👨🤰🏻❤️
08/08/2025

Temos uma notícia boa sim, agora somos três! 👩‍❤️‍👨🤰🏻❤️

Nas Entrelinhas do TempoHá um silêncio que fala comigo,feito brisa suave ao amanhecer,um tempo que passa devagarinho,com...
17/05/2025

Nas Entrelinhas do Tempo

Há um silêncio que fala comigo,
feito brisa suave ao amanhecer,
um tempo que passa devagarinho,
como quem aprende a florescer.

Cada dia carrega um segredo,
um desejo guardado no peito,
um sonho tecido em silêncio,
com esperança em cada leito.

O corpo sussurra mistérios,
a alma se enche de fé,
e o amor — tão inteiro e sincero —
caminha comigo de pé.

Não há pressa no que é profundo,
não há fórmula para o sentir,
há só um coração aberto ao mundo,
e a coragem de persistir.

É sagrado esse instante que pulsa,
mesmo sem ainda se revelar,
pois a vida se faz em silêncios,
antes mesmo de se anunciar.
Que você possa sentir! 🍁
Psicóloga Hellen Capel.

No princípio, havia uma Mãe.Ela era tudo: alimento, calor, presença — ou a ausência que feria.Para o bebê, essa mãe era ...
16/05/2025

No princípio, havia uma Mãe.

Ela era tudo: alimento, calor, presença — ou a ausência que feria.
Para o bebê, essa mãe era dividida: boa quando satisfazia, má quando frustrava.
Na mente ainda imatura, nascia a mãe arcaica, uma figura mítica formada por fantasias, desejos e angústias.
O bebê não sabia ainda que essa mãe era uma só — aprendia aos poucos, entre dor e amor, a integrar.

Mas esse mundo fechado entre mãe e bebê não duraria para sempre.

Chega o Pai. Mas não qualquer pai: o Pai da Horda.

Um pai antigo, símbolo do poder absoluto, que tudo controla e tudo deseja para si.
Ele proíbe, domina, toma para si a Mãe.
Os filhos, cheios de desejo e raiva, se unem para destruí-lo.
E quando o fazem, surge o remorso, nasce a lei, forma-se o superego:
a voz interior que regula, que pune, que ensina a viver em sociedade.

Assim, entre a mãe arcaica e o pai da horda, nasce o sujeito humano:

Dividido entre amor e ódio, desejo e culpa, vida e lei.
E a psicanálise nos convida a revisitar esses mitos internos,
para entender como o passado psíquico ainda move nossos dias.

Referência: Mãe Arcaica ( Klein, 1997);
Pai da Horda ( Freud, 1913).
Que você possa sentir! 🍁

Que eu nunca seja fria, egoísta ou insensível.Que eu saiba olhar para a dor do outro, sem ignorar a minha.Que eu consiga...
06/05/2025

Que eu nunca seja fria, egoísta ou insensível.
Que eu saiba olhar para a dor do outro, sem ignorar a minha.
Que eu consiga desenhar meus limites sem invadir o outro.
Que eu não me machuque e nem machuque o outro para me sentir melhor.
Que eu me acolha quando for preciso.
E que meu refúgio seja sempre voltar para mim — com coragem de encarar o que dói e responsabilidade sobre o que me cabe.

Que você possa sentir! 🍁
Psicóloga Hellen Capel

Ana sempre foi sensível. Pequenas palavras, olhares desviados, silêncios estranhos – tudo parecia atravessá-la mais fund...
27/04/2025

Ana sempre foi sensível. Pequenas palavras, olhares desviados, silêncios estranhos – tudo parecia atravessá-la mais fundo do que ela gostaria. Em sua terapia, ela começou a entender: era preciso aprender a se proteger emocionalmente, não para endurecer, mas para sobreviver sem se perder.
O primeiro passo veio em uma tarde chuvosa, depois de uma discussão boba que a deixou com o peito apertado. Sua terapeuta disse:
1. Dê nome ao que sente.
Ana, respirando fundo, ousou dizer em voz alta:
"Estou me sentindo rejeitada, mesmo sem um motivo concreto."
Dar nome ao que sentia foi como acender uma luz em um quarto escuro. Era diferente de apenas sofrer – era acolher a própria experiência.
E depois aprendeu:
2. Respirações de aterramento.
Quando a ansiedade batia, Ana colocava uma mão no peito e outra na barriga, fechava os olhos e respirava lentamente, sentindo o ar entrar e sair. Como uma âncora, esse gesto a mantinha conectada ao agora, evitando que a mente criasse histórias catastróficas.
Mas não bastava apenas lidar com os momentos difíceis. Era preciso construir refúgios internos. Assim, Ana começou a investir em algo que sua terapeuta chamou de:
3. Crie momentos de reconexão.
Ela se permitia pequenas pausas durante o dia: ouvir uma música que amava, tomar um café na varanda sentindo o vento no rosto, mandar uma mensagem carinhosa para uma amiga. Esses gestos eram como fios invisíveis que a reconectavam à vida, às coisas boas que também existiam.
Nos dias mais pesados, Ana descobriu outro recurso:
4. Escreva para desabafar.
Sem censura, sem preocupação estética. Apenas papel e caneta, e uma alma que precisava ser ouvida. Ela escrevia sobre seus medos, suas raivas, suas alegrias tímidas. Escrever era como colocar para fora aquilo que, guardado, só fazia peso.
Por fim, Ana entendeu algo crucial:
5. Respeite suas dúvidas.
Nem todo sentimento precisa ser resolvido imediatamente. Nem toda pergunta precisa ter resposta agora. Respeitar suas incertezas era, no fundo, respeitar sua própria humanidade. Aceitar o "não sei" como parte do caminho.
Esses passos não apagaram os desafios da vida de Ana. Mas ajudaram a se proteger.
Que você possa sentir! 🍁
Psicóloga Hellen Capel

No dia 10 de abril a vó fez 90 anos. Fiquei em dúvida se postava ou não por aqui.Então eu decidi, acho importante regist...
25/04/2025

No dia 10 de abril a vó fez 90 anos.
Fiquei em dúvida se postava ou não por aqui.
Então eu decidi, acho importante registrar e mostrar a vocês, mesmo que seja um pequeno recorte do dia 10 e pelos dias seguintes.
Importante lembrar a cada um que aqui está lendo, não se esqueça, o fundamental é a presença, nada além, muito que se faz quando chegamos aos 90 anos.
Ao fundo Roberto Carlos, claro!
Se você não entendeu o "claro", um dia te explico por aqui, caso você seja novo nessa página ou simplesmente nunca observou as voltas de Roberto nessa página. ☺️❤️

90 anos da vó mais afiada, engraçada e cheia de presença que a vida poderia nos dar.

As vezes é preciso tempo pra partilhar uma memória feliz. 🙂

“Ser bonzinho custa caro.”Na clínica, é comum encontrar sujeitos que se orgulham de nunca entrar em conflito, de sempre ...
22/04/2025

“Ser bonzinho custa caro.”

Na clínica, é comum encontrar sujeitos que se orgulham de nunca entrar em conflito, de sempre agradar. Mas por trás dessa “bondade”, muitas vezes, está um falso self — conceito desenvolvido por Winnicott — que opera como defesa contra a ameaça de rejeição.

Esse sujeito bonzinho paga um preço alto: engole frustrações, sufoca desejos e vive desconectado do próprio núcleo emocional. A raiva, quando reprimida, não desaparece. Ela retorna em forma de sintomas, angústia e exaustão psíquica.

Bion nos ajuda a entender que pensar é doloroso, mas necessário. O “bonzinho crônico” evita pensar o que sente, evita entrar em contato com a própria agressividade legítima — elemento essencial na constituição do self saudável.

Enquanto isso, aquele que é rotulado de “vilão” pode, paradoxalmente, estar mais próximo da autenticidade: ele sustenta o desconforto de não agradar a todos, mas preserva a integridade de si mesmo.

Não se trata de defender a agressividade desmedida — mas de reconhecer que maturidade psíquica exige capacidade de frustração, enfrentamento e limites.

Ser inteiro exige mais coragem do que ser bonzinho.
E coragem, na psicanálise, é o que constrói saúde mental.
Que você possa sentir! 🍁
Psicóloga Hellen Capel.

Aquela sensação de segunda-feira... O fim de semana acabou e somos confrontados novamente com as demandas, incertezas e ...
21/04/2025

Aquela sensação de segunda-feira... O fim de semana acabou e somos confrontados novamente com as demandas, incertezas e frustrações da rotina. Como lidar com esse recomeço semanal que muitas vezes nos desafia?
Wilfred Bion, psicanalista britânico, nos oferece uma perspectiva valiosa através de seu conceito de "capacidade negativa" - a habilidade de permanecer na incerteza, no mistério e na dúvida, sem a necessidade irritante de buscar fatos e razões.
Segundo Bion, é justamente nossa capacidade de tolerar o não-saber e as frustrações que permite o desenvolvimento do pensamento. Quando evitamos a frustração ou buscamos respostas rápidas e superficiais, perdemos a oportunidade de crescimento.
As segundas-feiras podem ser vistas como um convite para exercitar essa capacidade.
Em vez de resistir à ansiedade que o início da semana traz, podemos:
1.Acolher as incertezas como parte do processo;
2.Transformar a frustração em curiosidade;
3.Permitir que o não-saber abra espaço para novas descobertas.
Bion também nos ensina sobre a importância do que chamou de "função alfa" - nossa capacidade de metabolizar experiências emocionais brutas (elementos beta) em elementos que podem ser pensados, sonhados e aprendidos.Talvez a verdadeira arte de enfrentar as segundas-feiras esteja não em evitar o desconforto, mas em transformá-lo em algo que nos faça crescer.E você, como tem lidado com suas segundas-feiras? Consegue transformar as frustrações do início da semana em oportunidades de crescimento?
Que você possa sentir! 🍁
Psicóloga Hellen Capel.

🍃A paz não é ausência de conflito, mas a capacidade de estar presente e integrado mesmo diante das tempestades internas....
18/04/2025

🍃A paz não é ausência de conflito, mas a capacidade de estar presente e integrado mesmo diante das tempestades internas.Donald Winnicott, pediatra e psicanalista inglês, nos ensinou que é no "espaço potencial" – aquela área intermediária entre nossa realidade interna e o mundo externo – que encontramos a verdadeira criatividade e expressão do self autêntico.Quando conseguimos habitar esse espaço com tranquilidade, sem ansiedade excessiva ou defesas rígidas, experimentamos uma paz que não depende das circunstâncias externas, mas da nossa capacidade de integração.Na correria do dia a dia, você tem cultivado esse espaço potencial? Tem permitido que seu verdadeiro self se manifeste, ou tem vivido através de um falso self adaptativo que apenas responde às demandas externas?A psicanálise nos convida a esse mergulho interno, a encontrar paz não na ausência de conflitos, mas na capacidade de estar presente com eles, compreendê-los e integrá-los à nossa experiência..
Que você possa sentir! 🍁

Nem toda violência grita. Muitas vezes, ela se disfarça de zelo, de afeto, de "proteção". Nas relações entre pais e filh...
16/04/2025

Nem toda violência grita. Muitas vezes, ela se disfarça de zelo, de afeto, de "proteção". Nas relações entre pais e filhas, o abuso pode se apresentar de forma sutil — como o controle travestido de cuidado, a invalidação sistemática disfarçada de orientação, o silenciamento das emoções da filha sob o argumento da autoridade paterna.

Do ponto de vista psicanalítico, essas dinâmicas podem mascarar desejos inconscientes, identificações mal elaboradas e repetições de padrões transgeracionais. O pai que, sob o pretexto de proteger, invade o espaço psíquico da filha, pode estar inconscientemente tentando aprisioná-la em um lugar de objeto narcísico — não por maldade consciente, mas por uma carência que não reconhece.

A filha, por sua vez, pode crescer sem nomear o desconforto, culpando-se por desejar autonomia ou por sentir raiva de alguém que supostamente a ama. Esse tipo de abuso é invisível aos olhos sociais, mas profundamente corrosivo para o desenvolvimento da identidade e do desejo.

Reconhecer essa sutileza é o primeiro passo para romper com ela. A psicanálise oferece um espaço onde o não-dito pode finalmente ser dito, e onde o amor, para ser verdadeiro, não precisa mais carregar a marca da dominação.
Que você possa sentir! 🍁
Psicóloga Hellen Capel

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