28/12/2020
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Uma criança não deixa de amar os pais porque foi castigada física ou emocionalmente. Por alguns instantes pode ficar extremamente chateada e com raiva dos pais, mas o mínimo sinal de que podem abandoná-la faz com que se desespere.
Os pais significam casa, abrigo, segurança. Para a maioria, também significam momentos de carinho. Os pais significam alimento físico e emocional. Os pais parecem necessários como ar. E no meio de toda a dor que as agressões e palavras causam, é mais seguro culpar a si mesmo. Na realidade, culpar a si mesmo é o caminho mais direto depois de ouvir "Você tira a minha paciência!", "Você me fez te bater", "Doeu mais em mim que em você. ". A criança deixa, então, de amar a si mesma.
Quantas pessoas você conhece que se amam de verdade? Que se respeitam, que acolhem a própria dor, que demonstram os limites com assertividade?
Quantas pessoas você conhece que naturalmente escutam os sinais do próprio corpo, que se acham merecedoras de amor e respeito? Em uma busca rápida em minha memória, não lembrei de ninguém. É difícil crescer amando a si mesmo quando sua integridade física é violada como se fosse algo natural. É difícil escutar a próprias necessidades e respeitá-las quando o foco, por anos, é não deixar o papai e a mamãe com raiva. Nos atrapalhamos com as nossas emoções, nos envolvemos em relacionamentos nocivos - conosco e com o outro.
Nos meus atendimentos individuais sempre escuto: "Apanhei dos meus pais e os amo muito.". Sim, amaremos os nossos pais, eles fizeram o que podiam com a ferramentas que tinham. Salvo raras exceções, sustentaremos esse amor até a morte. Mas a pergunta que não quer calar, e cuja resposta reverbera em absolutamente tudo que você faz: "Você se ama?"
Se você se identifica com essa questão, fraturas emocionais podem estar doendo e trazendo disfunções em sua vida! Agende uma sessão de Análise, me chame no direct 😉