16/11/2025
O impacto da respiração no estado emocional.
Quando estamos ansiosos, estressados ou acelerados, o corpo entra em modo de alerta, também conhecido como ativação do sistema nervoso simpático. O coração bate mais rápido, os músculos ficam tensos e a mente começa a pensar em excesso. Em situações assim, tentar “se acalmar” apenas pela força de vontade costuma não funcionar, porque o corpo está reagindo antes da mente.
A respiração é uma das poucas funções que são simultaneamente automáticas e voluntárias, e é exatamente isso que torna ela uma ferramenta de regulação tão poderosa. Quando respiramos de forma lenta e profunda, ativamos o nervo vago, responsável por acionar o sistema nervoso parassimpático, que é o sistema do “descansar e recuperar”. Em outras palavras: mudar a maneira de respirar muda a presença do corpo no momento — e isso se traduz em clareza mental.
Uma técnica simples, a respiração 4-6, funciona assim:
• Inspire pelo nariz contando 4 segundos,
• Solte o ar lentamente pela boca contando 6 segundos,
• Repita esse ciclo de 6 a 10 vezes.
Essa relação entre inspiração menor e expiração mais longa envia ao cérebro um sinal físico de que não há ameaça, reduzindo a liberação de adrenalina e cortisol. Em menos de alguns minutos, é comum que o batimento cardíaco diminua gradualmente e a sensação corporal mude.
Pode ser feita no ônibus, no carro, no banheiro, antes de uma conversa difícil, sentado na mesa de trabalho ou até parado na fila do mercado. Justamente por isso, ela é uma ferramenta real para o cotidiano.
Para quem vive com ansiedade frequente, crises de pânico, estresse crônico ou dificuldade para dormir, aprender a usar a respiração como ferramenta é uma forma de recuperar parte do controle sobre o próprio corpo — sem depender da mente, que muitas vezes está cansada, acelerada ou sobrecarregada.
Se existe um início possível para criar mais clareza, ele passa por algo simples: Respirar com intenção.
Receba meu amor,denisemercer