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Dr Bruno Cortez

Pediatra com pós-graduação em neuropediatria.

05/12/2025

Algumas crianças mergulham tanto no que estão fazendo que parecem “fora do mundo”. Elas não respondem na hora, não entram nas brincadeiras, não percebem o ambiente e f**am presas em detalhes que só elas enxergam.

Isso pode acontecer por diferentes motivos:

🧠 IMATURIDADE
Crianças pequenas têm foco estreito.
Quando estão envolvidas em algo, é realmente difícil “sair” rápido.

🧠 PROCESSAMENTO MAIS LENTO
A criança escuta, mas demora para entender, organizar a resposta e mudar de foco.
Ela responde só que fora do tempo.

🧠 NEURODIVERGÊNCIA
Quando esse padrão é intenso, frequente e aparece junto de: • pouca troca de olhares
• pouca reciprocidade social
• brincar repetitivo
• dificuldade de entrar nas brincadeiras dos pares
• preferir objetos a interação
• respostas demoradas ou ausentes
• interesse excessivo em detalhes

… aí vale investigar sinais de TEA leve, dificuldades de linguagem social ou processamento sensorial. Isso não é preguiça, não é falta de interesse, é o cérebro funcionando de um jeito diferente.

04/12/2025

TBT porque esse congresso foi daqueles dias que passam rápido, mas deixam a cabeça cheia. Teve correria, aprendizado, reencontro com colegas, pausa pra saúde e vários insights pra trazer pro consultório. A rotina volta, mas com um olhar mais alinhado e atualizado.

01/12/2025

Toda criança se distrai.
Mas quando a distração começa a atrapalhar a rotina, a aprendizagem e a convivência, vale olhar com mais atenção.

O TDAH não é falta de vontade nem de limites, é uma forma diferente de o cérebro funcionar.
E quanto mais cedo a gente entende isso, mais leve f**a a vida da criança e da família.

Observar não é rotular.
É cuidar.

💬 Você já teve essa dúvida aí na sua casa?

24/11/2025

Tem dias que parece que nada dá certo, né?
A roupa incomoda, o brinquedo quebra, o copo vira no chão…
E, de repente, a casa inteira parece explodir junto com a criança.

É grito, choro, desespero, e no fundo, um adulto tentando entender o que está acontecendo aqui?
A gente chama de birra.
Mas a verdade é que a birra é só o jeito da criança dizer: ‘eu não sei lidar com isso ainda’.

O cérebro dela ainda está aprendendo a colocar cada emoção no lugar. E esse aprendizado não vem com castigo, vem com exemplo. Ela aprende observando.

Aprende quando o adulto respira, quando fala baixo, quando mantém o olhar firme, mas acolhedor. Aprende que o mundo pode estar caindo, mas que ela não precisa cair junto.

E quando isso acontece, a birra deixa de ser guerra… e vira construção. Vira vínculo. Vira aprendizado emocional. Então, da próxima vez que seu filho explodir, tenta olhar por outro ângulo: ele não está te desafiando.

Ele está pedindo ajuda pra se organizar por dentro. E é nesse momento que o adulto mostra o que é calma de verdade.

17/11/2025

Brincar não é só diversão.
É o ensaio da vida real.

É na brincadeira que a criança aprende a esperar, negociar, imaginar, resolver conflitos, lidar com frustração e celebrar conquistas.
É ali que ela treina a criatividade, a atenção, a linguagem e principalmente, a autonomia emocional.

Quando o adulto protege o brincar, ele está protegendo o desenvolvimento.
Porque no fim das contas, brincar é a forma mais séria que a infância tem de amadurecer.

💬 O que o brincar já ensinou aí na sua casa? Compartilha comigo nos comentários.

14/11/2025

Crianças com TDAH já passam o dia inteiro tentando acompanhar um mundo que nem sempre acompanha o ritmo delas.
Tentam lembrar do que esqueceram.
Tentam parar quando o corpo não para.
Tentam se controlar quando o impulso vem antes do pensamento.

E, no meio desse esforço, algumas frases machucam mais do que qualquer bronca.

“Você não se esforça.”
“Você é difícil.”
“Você nunca presta atenção.”
“Você não aprende.”

Para o adulto, pode ser um desabafo.
Para a criança, vira identidade.

As palavras que ela escuta todos os dias vão moldando quem ela acredita ser:
bagunceira, preguiçosa, incapaz.
Mas nada disso é verdade.

O que ela precisa é de alguém que enxergue o que está por trás do comportamento:
um cérebro que funciona diferente,
e uma criança que está tentando, mesmo quando parece que não está.

Quando o adulto muda a forma de falar,
a criança muda a forma de se ver.
E isso transforma tudo: a relação, o aprendizado, a autoestima.

Criança com TDAH não precisa ouvir quem ela “nunca será”.
Precisa de adultos que mostrem tudo o que ela pode ser —
com apoio, compreensão e orientação certa.

13/11/2025

Muita coisa que os pais interpretam como “não quer”, “não escuta” ou “não aprende”
na verdade é o cérebro com TDAH tentando acompanhar um ritmo que pra ele é difícil de sustentar.

O problema não é falta de vontade.
É um cérebro que funciona em outra velocidade, mais rápido pra agir, mais lento pra frear.

Quando a gente entende isso, a relação muda.
O tom muda.
A cobrança vira orientação.
E a criança deixa de se sentir “errada” pra se sentir compreendida.

💬 Você já viveu isso aí na sua casa?

10/11/2025

Toda explosão tem um motivo.
Às vezes vem rápido, com gritos e choro.
Às vezes demora, a criança engole, engole… até não caber mais.
Nenhuma dessas formas é birra.
É a criança dizendo: “eu não sei lidar com o que sinto sozinho.”

E aqui está o ponto: não basta repreender.
É preciso ensinar.
Nomear as emoções.
Emprestar calma.
Mostrar como respirar, esperar, pedir ajuda.

👉 Na sua casa, o que você vê mais: quem explode na hora ou quem guarda até não aguentar?

07/11/2025

Educar não é escolher entre ser firme ou ser carinhoso.
É unir os dois.

O estilo autoritativo faz isso: acolhe o sentimento, mas mantém o limite, ensina a criança a se responsabilizar sem medo.

Quando o adulto fala com calma, estabelece regras claras e dá autonomia na medida certa, a criança aprende a se regular, não por obediência, mas por consciência.

💬 Como é o equilíbrio aí na sua casa: mais firmeza ou mais afeto?

03/11/2025

Muitos pais se perguntam: “Mas crianças assim têm o quê?”
Quando a reação parece exagerada, choro com corte de unha, dor com etiqueta da roupa, desespero com barulho, muitas vezes não é birra. Pode estar ligada a uma alteração no processamento sensorial.

Isso acontece quando o cérebro sente os estímulos de forma diferente:

✨ O som normal vira ensurdecedor.
✨ A textura simples pinica como espinho.
✨ O cheiro comum enjoa.

Essas alterações podem aparecer sozinhas ou associadas a outros quadros, como TDAH e autismo. Por isso, olhar com atenção e buscar avaliação especializada é tão importante.

Quando entendemos que o comportamento é um pedido de ajuda, a criança deixa de ser rotulada de “fresca” ou “difícil” e passa a ser apoiada de verdade.

👉 Salve este post para lembrar: o que parece exagero pode ser um sinal que merece ser ouvido.

29/10/2025

Nem toda rigidez é teimosia.
Algumas crianças precisam que as coisas sigam um padrão pra se sentirem seguras.

No autismo, a rigidez está ligada à dificuldade de lidar com o imprevisível.
No TDAH, aparece quando o cérebro tenta se manter no controle.
E nas altas habilidades, vem do perfeccionismo e da necessidade de fazer tudo “do jeito certo”.

Compreender isso muda tudo, o tom da fala, a forma de ensinar, a paciência no olhar.
Porque quando o adulto entende o porquê, a relação deixa de ser conflito e vira apoio. 💬

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