05/12/2019
Papai Noel foi ao Osteopata logo após o Natal do ano passado; estava na época com dores nas costas, bem aonde começa a coluna lombar. Atribuía a muitas horas sentado, dirigindo (ou seria pilotando?) o trenó, pois se ficasse mais de 5 minutos nessa posição tinha que se mexer, do contrário a dor vinha e se tornava insuportável.
Tinha ido no ortopedista, tomado uns anti-inflamatórios, via oral e injetável. Tinha um certo alívio no começo, mas depois... voltava. Achava que estava piorando pois agora os mesmos remédios "eram como água" , ou seja, não traziam mais alívio. O ortopedista falou que o problema era o peso, recomendou dieta ferrenha (que ele não era propenso a fazer), pediu exames, encaminhou para o endócrino, cardiologista para o mesmo liberar o exercício na hidroginástica (ou quem sabe uma futura bariátrica) e por fim disse que o problema era a idade, o tempo... Papai Noel estava se convencendo que, assim como Vovô Noel tinha dores nas costas e Bisavô Noel, antes dele, tinha também, era coisa genética (e se é genético, se conforme pois não tem solução).
O Osteopata, muito sagaz, tratou o problema seguindo a estratégia do caracol: abortou o plexo nervoso, dessaturou, desiderou musculo e ganhou amplitude no TMG. Viu que a pelve estava enfraquecida e bloqueada na sua articulação sacral e a liberou, dando um folga para a já sofrida região lombar do Papai Noel. Tinha também o Rim direito. Aliás, não era bem o rim, era a suprarrenal. Tensa, motilidade e mobilidade reduzidas. Uma olhada na loja do timo e no baço mostraram que o peso de muitos natais tinha bagunçado o sistema neuro-imuno-endocrinológico do São Nicolau. Afinal, não é para menos... brinquedo é o que ele entrega, mas a logística de fazer isso no mundo todo EM UMA NOITE.... não é brincadeira.
Fez um _lumbar roll_ só para manter a fama de manipulador e conversou um pouco com o bom velhinho, falando dessas coisas, fisiologia e o motivo anímico das doenças... explicando e habilmente mudando os arquivos supra mentais que condenavam o generoso ancião a resignar-se às suas dores.
Papai Noel gostou muito da sessão e da conversa, principalmente porque experimentou alívio das dores e alento da pressão que impunha a si mesmo, pressão essa que parecia impedir as coisas se normalizarem no seu corpo! Iniciou um tratamento com o jovem terapeuta, que conseguiu oferecer e convencer o _Saint Nick_ a fazer uma dieta livre de glúten, o que acertou o sistema imunitário, tratou a suprarrenal e o pâncreas, introduziu exercícios físicos de forma leve e divertida, hoje ele até pratica Karatê, veja só!
Aconselhou se reaproximar da Mamãe Noel, ter umas noites de namoro com ela (antes ela o mandava dormir com as renas!) depois de jantar (palio) e cinema (pipoca com pouco sal mas muita diversão!) e isso incrivelmente o desinchou de tal forma que não achava ser possível! Adaptou uma palmilha naquelas botas pretas reluzentes, mas o que ele gosta mesmo é andar descalço pela oficina de duendes.
Hoje passa uma vez a cada mês no seu grande Amigo Osteopata, confere a motilidade dos órgãos, sincroniza o que é preciso e a mobilidade do crânio, que aliás, não lhe pesa mais sobre os ombros.
Nesse Natal, teremos um Novo Papai Noel, que reencontrou a sua verdadeira essência, habitando um corpo que parece que encontrou o seu caminho na vida. Afinal, osteopatia acaba sendo sobre isso mesmo... liberar os caminhos para que a Vida possa ocorrer.
Feliz Natal, meus amigos osteopatas!