Psiquê

03/11/2025

A Avaliação Neuropsicológica com Realidade Virtual utiliza ambientes imersivos em 3D, nos quais o paciente interage por meio de óculos de RV e sensores, permitindo observar o comportamento cognitivo em situações mais ecológicas e realistas do que os te**es tradicionais de papel e lápis.

Objetivo

Avaliar funções cognitivas e executivas de forma mais naturalista, simulando contextos do cotidiano (como uma sala de aula, supermercado ou escritório).

Funções avaliadas

Dependendo do protocolo e do software, podem ser avaliadas:
• Atenção sustentada, seletiva e alternada
• Memória de trabalho e episódica
• Planejamento e flexibilidade cognitiva
• Inibição e impulsividade
• Tomada de decisão e tempo de reação
• Funções sociais e emocionais

Principais instrumentos de RV usados na Neuropsicologia no Brasil:

1. Nesplora Suite (Espanha)
• Nesplora Aula → atenção e impulsividade (crianças 6–16 anos)
• Nesplora Aquarium → atenção e funções executivas (crianças pequenas)
• Nesplora Aula School / Aula College → adolescentes
• Nesplora Memory → memória de trabalho e atenção (12–90 anos)
• Nesplora Ice Cream → funções executivas (planejamento, decisão)


Vantagens

• Alta validade ecológica (reflete melhor o funcionamento real).
• Permite registro automatizado de tempos de resposta e erros.
• Aumenta o engajamento do paciente, inclusive em crianças e idosos.
• Pode detectar comportamentos espontâneos (olhar, movimento, distração).

Na prática clínica

A avaliação com RV não substitui os te**es tradicionais, mas complementa a bateria neuropsicológica.

É especialmente útil em:
• TEA
• TDAH
• Traumatismo cranioencefálico
• Demências iniciais
• Transtornos de ansiedade e depressão

A utilização da Realidade Virtual na Avaliação Neuropsicológica demonstrou-se um recurso complementar valioso para a compreensão das funções cognitivas em contexto mais naturalista, favorecendo uma análise integrada do perfil neuropsicológico.
Os dados obtidos reforçam a importância de combinar te**es padronizados e ferramentas tecnológicas para uma avaliação mais abrangente e precisa.

Fernanda Vilarino Neuropsicologia
CRP:22/06330

03/11/2025

29/10/2025

🧠 Importância da Avaliação Neuropsicológica nos Transtornos Específicos de Aprendizagem

A avaliação neuropsicológica é um processo clínico-científico que investiga o funcionamento cognitivo, emocional e comportamental do indivíduo. Nos transtornos de aprendizagem, como dislexia, discalculia e disortografia, essa avaliação é essencial para identificar os perfis cognitivos, compreender a origem das dificuldades e direcionar intervenções adequadas.

Principais Objetivos
1. Diferenciar dificuldades de transtornos de aprendizagem — Nem toda dificuldade escolar é um transtorno. A avaliação permite distinguir se o problema é pedagógico, emocional, atencional ou neurológico.
2. Investigar funções cognitivas envolvidas — Memória, atenção, percepção visual, linguagem, funções executivas, velocidade de processamento e consciência fonológica.
3. Estabelecer hipóteses diagnósticas precisas — Por exemplo: Dislexia (leitura), Discalculia (matemática), Disortografia (escrita).
4. Identificar comorbidades associadas — Como TDAH, ansiedade, dificuldades emocionais ou déficits intelectuais.
5. Orientar o plano de intervenção — A avaliação serve de base para professores, fonoaudiólogos, psicopedagogos e psicólogos elaborarem estratégias personalizadas.

Contribuições Práticas
• Favorece intervenções precoces, evitando o agravamento das dificuldades escolares e emocionais.
• Ajuda na adaptação escolar (provas diferenciadas, tempo extra, apoio pedagógico).
• Promove autoconhecimento e autoestima, reduzindo o sofrimento emocional do aluno.
• Facilita o trabalho interdisciplinar entre escola, família e profissionais da saúde.

A avaliação neuropsicológica é essencial para compreender o porquê das dificuldades de aprendizagem e não apenas o que está difícil. Ela transforma o diagnóstico em um guia para intervenção eficaz e personalizada, promovendo o desenvolvimento acadêmico e emocional do indivíduo.

Fernanda Vilarino Neuropsicologia
CRP:22/06330🧠🍀

24/10/2025

Avaliação Neuropsicológica no TDAH

A Avaliação Neuropsicológica é um dos principais recursos para investigar o Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), pois permite analisar:

Funções cognitivas
• Atenção sustentada, seletiva e alternada
• Controle inibitório (inibir impulsos)
• Memória de trabalho
• Velocidade de processamento
• Planejamento e funções executivas

Aspectos comportamentais e emocionais
• Impulsividade
• Autorregulação emocional
• Organização e desempenho acadêmico

📌 Impacto funcional
• Em casa, na escola/trabalho e no comportamento social

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O que a avaliação ajuda a responder?
• Há realmente um quadro compatível com TDAH?
• Existe outra condição explicando os sintomas?
(ex.: ansiedade, dificuldades emocionais, TEA, DI)
• Quais são as forças e fragilidades cognitivas da pessoa?
• Quais intervenções e apoios são necessários?

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Conclusão

A avaliação não serve apenas para dar diagnóstico, mas para compreender o perfil cognitivo e comportamental do indivíduo com suspeita de TDAH, orientando tratamentos, adaptações escolares e acompanhamento multiprofissional.

Fernanda Vilarino Neuropsicologia
CRP:22/06330🍀

22/10/2025

A avaliação neuropsicológica em idosos tem como principal objetivo investigar o funcionamento cognitivo, emocional e comportamental, auxiliando na detecção precoce de declínios, diagnóstico diferencial e planejamento de intervenções que promovam qualidade de vida e autonomia.

🔹 1. Detecção precoce de declínio cognitivo
• O envelhecimento normal pode causar pequenas alterações de memória e atenção, mas o exame neuropsicológico ajuda a distinguir o envelhecimento típico de um possível Transtorno Neurocognitivo Leve (TNC-L) ou Maior (Demência).
• Permite identificar mudanças sutis que ainda não aparecem em exames de imagem, sendo essencial para intervenção precoce e acompanhamento longitudinal.

🔹 2. Diagnóstico diferencial

A avaliação é fundamental para diferenciar:
• Transtornos neurocognitivos (como Alzheimer, vascular, misto, frontotemporal);
• Quadros psiquiátricos que podem simular declínio cognitivo (depressão, ansiedade, uso de medicações);
• Comprometimentos específicos (memória episódica, linguagem, funções executivas, atenção, visuoespacial, etc.).

Assim, evita diagnósticos precipitados e permite compreender o perfil cognitivo do idoso de forma abrangente.

🔹 3. Planejamento de tratamento e reabilitação

Os resultados orientam:
• Estratégias de reabilitação cognitiva;
• Adaptações ambientais e de rotina;
• Orientação familiar e psicoeducação;
• Indicação de acompanhamento médico e psicológico adequado.

🔹 4. Avaliação emocional e funcional

Além da cognição, o processo considera:
• Aspectos emocionais (tristeza, ansiedade, apatia, irritabilidade) que interferem no desempenho cognitivo;
• Comportamento adaptativo e funcionalidade, fundamentais para avaliar o impacto na vida diária e o grau de autonomia.

🔹 5. Acompanhamento evolutivo

A reavaliação periódica permite:
• Monitorar a progressão do quadro clínico;
• Avaliar resposta a intervenções terapêuticas ou farmacológicas;
• Registrar de forma objetiva o curso do envelhecimento cognitivo.

Fernanda Vilarino Neuropsicologia
CRP:22/06330🧠🍀

21/10/2025

🍀A importância da avaliação neuropsicológica em pacientes com TEA nível 3🍀

A avaliação neuropsicológica é uma ferramenta essencial no acompanhamento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nível 3, pois permite compreender de forma mais detalhada o funcionamento cognitivo, emocional e comportamental do indivíduo.

Pacientes com autismo nível 3 apresentam maiores prejuízos na comunicação, interação social e comportamento adaptativo, o que pode dificultar o entendimento de comandos e a realização de atividades estruturadas. Por isso, a avaliação neuropsicológica deve ser adaptada, considerando o nível de funcionamento, o uso de instrumentos adequados e a observação clínica minuciosa.

Além de confirmar e caracterizar o perfil cognitivo, a avaliação tem papel fundamental na identificação de comorbidades, que são muito frequentes nesse público. Entre elas, destacam-se:
• Deficiência Intelectual (DI) — a investigação da capacidade adaptativa e do raciocínio global ajuda a diferenciar os efeitos do autismo dos déficits cognitivos associados.
• Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) — sintomas de desatenção e impulsividade podem coexistir com o TEA e impactar significativamente o aprendizado e o comportamento.
• Transtornos de linguagem, ansiedade e dificuldades sensoriais — também comuns, e que interferem diretamente no desempenho diário e acadêmico.

Com os resultados, é possível traçar um perfil neuropsicológico individualizado, orientando intervenções mais eficazes nas áreas de maior necessidade — seja no contexto escolar, terapêutico ou familiar.

A Avaliação Neuropsicológica em pacientes com TEA nível 3 não busca apenas medir desempenho, mas compreender possibilidades, limitações e potencialidades, contribuindo para um planejamento de cuidado mais humano, direcionado e funcional.

Fernanda Vilarino Neuropsicologia
CRP:22/06330

06/10/2025

Hoje celebramos os profissionais que unem ciência e sensibilidade para compreender o funcionamento da mente humana.
Através dos te**es, observações e escuta qualificada, o neuropsicólogo contribui para o diagnóstico, a reabilitação e o desenvolvimento de cada indivíduo, promovendo qualidade de vida e autonomia.

Ser neuropsicólogo é integrar razão e empatia, traduzindo dados em compreensão e cuidado.
Parabéns a todos que, com ética, conhecimento e dedicação, fazem da avaliação neuropsicológica uma ponte entre o cérebro e o comportamento humano! ❤️🍀

Fernanda Vilarino Neuropsicologia 🧠

06/10/2025

Os te**es neuropsicológicos são instrumentos padronizados e cientificamente validados que permitem avaliar o funcionamento cognitivo, emocional e comportamental do indivíduo, possibilitando a compreensão da relação entre o cérebro e o comportamento. A aplicação desses te**es auxilia na identificação de alterações em funções como atenção, memória, linguagem, percepção, funções executivas e habilidades visuoespaciais.

Esses instrumentos têm papel fundamental no diagnóstico diferencial de transtornos neurológicos e psiquiátricos, no planejamento de intervenções clínicas e educacionais e no acompanhamento da evolução cognitiva do paciente. Além disso, a utilização de te**es reconhecidos e aprovados pelo Sistema de Avaliação de Te**es Psicológicos – SATEPSI (CFP) garante a qualidade técnica, validade e fidedignidade dos resultados, assegurando o cumprimento das normas éticas e científicas na prática psicológica.
(Lezack et al.,2012).

Fernanda Vilarino Neuropsicologia
Psicóloga/Neuropsicóloga
Analista Comportamental
Especialista em Autismo e TCC.
CRP:22/06330
Dessa forma, a avaliação neuropsicológica, fundamentada em instrumentos aprovados pelo SATEPSI, oferece dados objetivos que subsidiam decisões clínicas mais precisas e intervenções adequadas às necessidades do avaliado.