29/06/2025
Sempre fui uma “fazedora” contumaz.
Daquelas que só se permitia descansar, após a exaustão, fosse física ou mental.
Sempre achei que tinha que provar o meu valor fazendo, aprendendo, indo, assumindo, resolvendo…
A maturidade (meia idade, na verdade) tem me trazido a paz de sentir não precisar provar nada a ninguém.
De decidir ficar, ao invés de ir; enfim, me permitir “escutar a mim mesma” antes de decidir o próximo passo.
De início, minha cabeça achou isso perturbador; aniquilador, para falar a verdade. Precisei assumir essa decisão com coragem para mim mesma e temos (eu e a minha mente), pouco a pouco, entrado em um acordo com relação a esse “novo eu” que vem surgindo.
Confesso que há momentos em que ainda me perco e tendo a querer voltar para aquela agitação frenética, a qual não mais representa quem eu sou, mas que ainda me é “segura e confortável”, por ser uma “velha conhecida”.
Nesses momentos, me valho de práticas que me levam a me voltar para “dentro”, meu novo centro, renovar meus votos com a paz e a leveza e fazer minhas escolhas, mesmo que no início ainda soem um tanto “desconfortáveis”, para o meu antigo padrão.
Invariavelmente o desconforto se converte em conforto, a agitação mental em tranquilidade e, após a desconstrução, um novo vislumbre do que eu quero e escolho para mim vai surgindo.
Agir, no lugar de reagir; modificar antigos padrões; andar por vezes na contramão da multidão, pode parecer aniquilador, mas se essa é a decisão que precisamos tomar para darmos o passo seguinte na nossa história, é o que precisamos ter coragem de fazer.
E, mesmo nos dias em que a coragem parece nos faltar, a mente começa a nos agitar e nos sentimos tragados novamente pelos antigos padrões (situações que acontecem com todos os que estão nesse momento de vida), que conheçamos os recursos que nos fazem retornar ao nosso “centro” e renovar os votos com o que nos traz aquela sensação indefinível mas incontestável, de estarmos no caminho certo.
Isso, para mim, é a verdadeira coragem, disrupção, maturidade, sabedoria e fé!