12/06/2025
O amor do casal, depois que chega o bebê, passa por algo que parece uma onda. Grande, assustadora.
Não dá pra ver o outro lado, não se engane.
Muitos casais são surpreeendidos, pois a expectativa com os ultrassons era da união, dos bons momentos, da sensação de completude (e sim, ela vem!), mas quando um casal deixa de ser somente conjugal para ser parental, o olhar que antes era direcionado de um para o outro passa a ser dos dois para um terceiro (ou mais), pequeno, indefeso, que clama por atenção a todo segundo.
É trabalho em equipe, é um fazendo, o outro aguardando a vez, é revezamento, é divisão de turnos. São novas preocupações, novas descobertas, novas celebrações.
E é aí que vem a onda. Uma onda gigante, daquelas que soltam as mãos mais entrelaçadas, para que cada um, em meio ao seu próprio mergulho, se conecte com aquele bebê, se perca e se redescubra.
Não é um processo simples. Mas é necessário. E se acontece de forma consciente, traz maturidade!
Mais do que isso, chega um momento, em que essa onda se dissipa e o casal conjugal pode se reconectar, se reencontrar. Volta aos seus interesses, adiciona outros tantos agora descobertos. É quando o amor adquire uma nova fase.
Essa onda foi das grandes. Outras tantas passarão. O olhar cúmplice lembra dos desafios que nem imaginavam serem capazes de atravessar.
Hoje, desejo que você e seu parceiro (ou sua parceira) possam celebrar essa data, independente da fase em que o amor de vocês se encontra.
E um feliz dia dos namorados ao meu parceiro de vida que compartilhou essa onda comigo há 7 anos atrás.
PS: vale lembrar que toda essa separação e reconexão é, a priori, simbólica. Ela é uma expressão do que está ocorrendo mentalmente, e não algo de ordem prática.
Existe ainda uma parcela significativa de casais que se divorciam nos primeiros anos de vida do bebê, mas não é desse fenômeno que se trata o texto.