
02/01/2025
CIÊNCIA
Por que a bebida alcoólica torna algumas pessoas mais agressivas
por
George Dvorsky
Mudanças dramáticas de humor enquanto se ingere bebida alcoólica são normais, mas para algumas pessoas, a ingestão as conduz a um comportamento agressivo, desagradável e violento. Ao estudar exames de homens bêbados, cientistas australianos encontraram as partes do cérebro que são enfraquecidas quando bebemos, tornando essas pessoas mais maldosas que o normal. Mas como muitos aspectos da psicologia humana, é tudo muito mais complicado do que parece.
Nosso córtex pré-frontal — a parte do cérebro responsável pelo planejamento, personalidade e moderação do comportamento social — adormece quando bebemos álcool, segundo uma nova pesquisa.
Essa não é a primeira vez que o córtex pré-frontal é envolvido em estudos sob a agressão causada por consumo de álcool. No entanto, cientistas da Universidade de New South Wales, que conduziram os estudos, produziram evidências empíricas tangíveis na forma de imagens de alta qualidade de ressonância magnética funcional do cérebro que reforçam essa concepção.
Aproximadamente de 35% a 66% dos crimes violentos envolvem consumo de álcool — essas infrações vão de assassinatos, violência domésticas a agressões físicas. De forma menos grave, a bebida nos torna um pouco mais maldosos que o normal, nosso senso crítico se torna mais incisivo, nossa raiva se torna mais palpável, e nossa tolerância para frustrações desaparece. Quando estamos bêbados atacamos as pessoas, e as pessoas bêbadas nos atacam de volta.
Por conta própria, no entanto, o álcool não nos torna violentos ou maldosos. O responsável por isso é a combinação de bebida com situações potencialmente hostis, indesejadas e tensas — soma-se a isso uma personalidade que tem “disposição a agressividade” (ou seja, um impulso para um comportamento violento). O álcool age como um lubrificante que facilita esta agressão subjacente. Este novo estudo foi um esforço de aprender mais sobre este “lubrificante”, onde ele está localizado no cérebro e como funciona.
Para o estudo, o pesquisador responsável Thomas Denson usou imagens de ressonâncias magnéticas funcionais para medir o fluxo sanguíneo no