15/07/2025
Obesidade é uma das principais causas de mortalidade e de morbidade no mundo, causando mais de 4 milhões de mortes anualmente.
Mais de 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo estão vivendo com obesidade. Nos EUA, mais de 40% da população adulta é obesa, enquanto na primeira década do século XIX obesidade era rara no país.
Fundamentalmente, o ganho e acúmulo de massa adiposa no corpo é resultado de um desbalanço entre gasto energético e consumo calórico, com fatores genéticos e ambientais favorecendo, em parte, esse processo.
A atual epidemia global de obesidade, com início no século XX, tem sido culpabilizada em similar ênfase tanto pelo maior consumo calórico e quanto pela redução nas atividades físicas.
Porém, um estudo publicado no periódico PNAS (1), ao analisar padrões de queima de calorias e de consumo alimentar em países desenvolvidos, concluiu que a dieta possui um papel muito mais importante do que a inatividade física na epidemia de obesidade.
O estudo incluiu análise de isótopos de hidrogênio na urina - em experimentos com consumo de água deuterada - para medir o nível de gasto energético metabólico.
No geral, foi encontrada uma redução de 6-11% no gasto energético diário que explicava apenas ~1/10 do aumento de obesidade.
Maior consumo calórico (ex: excesso de ultraprocessados, bebidas açucaradas, etc.) mostrou aumentar de forma significativa com o desenvolvimento econômico e parecia explicar de forma mais consistente e importante (~90%) a crise de obesidade.
Foram analisados dados experimentais e observacionais de 4213 adultos de 34 populações ao longo de seis continentes.
Por outro lado, alguns especialistas estão céticos sobre os achados do estudo, citando limitações amostrais (2).
Já um estudo publicado no periódico BJSM (3) encontrou que estar fisicamente ativo de forma consistente na fase adulta está ligado a uma redução de 30-40% no risco de mortalidade por qualquer causa com o avanço da idade, e em especial morte causada por doenças cardiovasculares.
Atualmente, recomenda-se que adultos realizem pelo menos 150-300 minutos semanais de atividade física de intensidade moderada, ou 75-150 minutos/semana de atividades físicas vigorosas (ex.: corrida e musculação), ou uma combinação de ambos.
Mesmo aumento de atividade física abaixo dos limites recomendados mostrou reduzir o risco de mortalidade em 20-25% no estudo.
(1-3) REFERÊNCIAS:
https://www.pnas.org/doi/full/10.1073/pnas.2420902122
https://www.science.org/content/article/new-study-blames-diet-not-physical-inactivity-obesity-crisis
https://bjsm.bmj.com/content/early/2025/07/02/bjsports-2024-109122-0
Global economic development has been associated with an increased prevalence of obesity and related health problems. Increased caloric intake and r...