22/09/2025
Só quem se prepara pra correr uma maratona sabe o quanto de disciplina, renúncias e constância é demandado de treino.
E quando chega o grande dia, a sensação antes da prova é uma mistura de “acho que não foi o suficiente” X “bora acabar logo com isso”.
É dada a largada e a adrenalina toma conta: coração a mil e vc sai correndo, mas aí se lembra que se forçar demais logo no começo, não vai aguentar até o fim. Então, o foco é achar o ritmo confortável que favoreça o tempo que vc espera fazer.
Até os 21km é pura diversão: apesar do calor, a gente se encanta com a paisagem, com os corredores fantasiados, com atletas de todas as nacionalidades e as bandas que tocam todos os estilos de músicas. Muitas pessoas vão pra assistir, levam cartazes de incentivo e vc se sente um superstar.
E então vem a 2ª metade da prova. O corpo começa a dar algum sinal de cansaço. Vc toma seu 2º gel e pensa: “bora que só falta mais 21km”.
Em torno do quilômetro 30, as pernas já estão bem cansadas, o o glicogênio acabou e o corpo em pânico começa a gritar que é melhor parar, mas daí vc pensa: “o que é 12km pra quem já correu 30km”? E vc toma mais um gel.
Aos 35 km o corpo já está querendo colapsar e então começa o verdadeiro trabalho mental para atravessar o muro e controlar os pensamentos intrusivos.
Último gel e vc só continua pq se lembra de tudo o que fez pra chegar até aqui.
E então vc avista o Portão de Brandemburgo, símbolo da história de Berlim e se dá conta que conseguiu, que é só passar pelo monumento e completar os 195 metros finais.
As dores e o cansaço amenizadas pela dopamina e serotonina produzem uma inebriante sensação de vitória e não tem como as lágrimas não virem à tona. Vc checa o tempo, cruza a linha de chegada em puro êxtase e recebe sua medalha. 🥇
Felicidade explode e vc pensa: “Eu sou maratonista de novo, obrigada Meu Deus, pela minha saúde e por me permitir chegar até aqui!”🙏🏻🙌🏼🙌🏼♥️🥰🏃♀️🏃♀️🏃♀️