24/09/2020
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É importante te contar que a TEORIA DO APEGO não surgiu de mera ideologias. Crianças morreram para que um alarme importantíssimo fosse disparado em favor delas.
No período de pós guerra, bebês órfãos eram depositados em locais que tinham o objetivo de “ampara-los”. Dezenas deles f**avam sob os cuidados de poucos cuidadores que forneciam alimento, roupas e cuidados básicos de higiene.
Por um motivo não compreendido, bebês “saudáveis” começaram a MORRER.
John Bowlby, criador de tal teoria, sugeriu que as crianças fossem alimentadas no colo e que o contato físico com os cuidadores fosse intensif**ado.
Então, as crianças pararam de morrer.
O que até então eram só teorias, foi implementado por pesquisas cientif**as. - Então quer dizer que todas recomendações sobre criar nossos filhos com bastante colo, amor, respeito às suas necessidades são realmente importantes?
- Sim! Agora sabemos que não são questões opcionais, mas sim, incondicionais, necessárias e VITAIS para uma criança.
Portanto, JAMAIS deveriam ser relativizadas como vem acontecendo.
É inconcebível que, daqui, do outro lado do século, desde tal descoberta, validada por tantas figuras importantes que passaram a vida estudando desenvolvimento humano, eu continue vendo crianças sendo massacradas.
Crianças morrem, um pouco, todos os dias, nas técnicas das encantadoras de bebês, de choro controlado, de treinamento de sono, de noites, de amamentação com hora marcada, com creches sem qualidade em períodos integrais, com desmame precoce, com babás despreparadas e sem supervisão, morrem na indisponibilidade dos pais...
Morrem de medo, de abandono, de solidão, de indiferença, de desrespeito.
Morrem uma parte delas. Da esperança, da confiança, da inocência e da entrega.
Só não são enterradas.
Texto: Julieta Franco ( )
Contracapa do meu livro O PODER DO APEGO.